Mais um dia de tortura

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Olá!

Desculpa a demora. Espero que gostem.

Bjs!

( espero que gostem da música,  acho ela linda)

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POV Peeta

Cinza.

Tudo ao meu redor é cinza.

Para mim o mundo perdeu totalmente a cor, a partir do momento em que os meus olhos se perderam dos seus.

O meu coração foi destruído junto com aquela arena, no momento em que eu vi o seu corpo desfalecido sendo erguido pelo aeroplanador. E esta foi a minha última lembrança daquele dia macabro. Desde então não possuo mais um coração, porque o meu coração era dela, estava com ela e se foi com ela.

Hoje sou o resto do homem que fui um dia. Sou um ser sem vida, sem vontade de viver nem de lutar por liberdade.

Eu quero o fim.

Desejo ele incessantemente.

Em todas as sessões de tortura que eu participo, que convenhamos, são muitas, eu sempre espero ansiosamente pelo fim. Pelo fim de todo o sofrimento que eu estou passando, e não é o físico não, porque este eu aguento, eu suporto. O meu corpo já nem sente mais a dor causada pela tortura, ele já está calejado das agressões sofridas. Ele sofre mais por saber que não tem mais um coração batendo contente em seu peito. Ele sofre por saber que não verá mais aqueles olhos tempestuosos que tanto amo.

- Levante-se!

Ouço a voz de um ser com vestes brancas parado a minha frente. Acho que é um pacificador.

- Levante-se! - brada ele novamente.

Tento abrir os meus olhos, mas devido ao cansaço e extrema debilidade, eles se negam a abrir.

Ouço passadas firme e impacientes se aproximar de mim. Sinto-o pegar em meu braço direito e me levantar em um só solavanco. Estou tão magro e debilitado que isso não é nenhum esforço para ele.

Ele me tira da cela úmida,  pequena e mau-cheirosa em que eu me encontro desde a última sessão de tortura, que não me lembro bem se foi a alguns minutos ou horas, mas certamente não foi a dias. Meu corpo ainda sente todo o desprazer causado pela última tortura: choque elétrico. 

Qual será a de agora?

Afogamento? Açoitamento? Ou ficar mais dias sem água ou comida? Nem me lembro quando foi a última refeição. Lembro que se tratava de um pão velho e um copo de água com aspecto bem duvidoso, mesmo assim eu não me encontrava em condições de exigir nada, e meu corpo aceitou a precária refeição de bom grado.

- Ande! Levante-se do chão! Imundo.

Eu sei que ele berrava comigo pela fúria que via  em seus olhos e a forma que me puxava, mas pra mim a sua voz não passava de um chiado distante.

Tento me equilibrar sobre os meus pés,  mas não consigo e caiu no chão em um baque forte. Sinto um gosto de sangue invadir a minha boca e ele me faz lembrar que apesar de tudo eu ainda estou vivo, e isso só faz a minha raiva crescer mais.

Mesmo antes de conseguir me reerguer novamente, a pessoa que me tirou da cela, pega e minha mão e me arrasta pelo corredor afora.

Minha cabeça pende pro lado esquerdo me dando uma visão das outras cela, que estão,  em sua grande maioria vazias, a não ser pela minha ( que a última do corredor ), a da menina ruiva, acho que se chama Annie  ( que fica a três celas em frete a minha) e a de Joanna Mason que é a primeira cela do início do corredor, do mesmo lado que o meu.

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