Cap 14

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Na minha casa subo para o banheiro e tomo um banho quente, mas assim que a água bate em meus machucados grito de dor, a cura dos lobos não está fazendo efeito por algum motivo, possivelmente porque eu me esqueci que o único real modo de matar um lobo, além de ser mordido por um vampiro, é ser atingido por carvalho, não sei o porque, mas ele nos torna imunes a nossa magia, então minhas mãos teram que se curar com o tempo.
Saio do banho com lágrimas nos olhos, lágrimas de dor e raiva, coloco qualquer roupa que encontro pela frente e vou procurar algo para minhas mãos.
Ouço a campainha tocar, quando atendo vejo Evan parado na minha frente, dou passagem para ele que quando entra olha para minhas mãos, que voltaram a sangrar, e me olha com uma cara de interrogação muito engraçada, se não estivesse chorando de dor teria rido.
--Descontei tudo num saco de pancadas, por tempo de mais.
--Quer ajuda?--Ele me pergunta receoso, como se sentisse que eu quisesse ficar sozinha.
--Sim.
Ele me leva para o sofá para examinar melhor minhas mãos.
--Você tem kit de primeiros socorros aqui?
--Meu quarto.
Ele só me levanta do sofá e eu vou para meu quarto com ele logo atrás, a porta estava aberta então só fomos entrando e eu me sentei na minha cama enquanto falava para ele o de o kit estava.
--É melhor fazermos isso no banheiro Emma.
--Tudo bem, e já falei pra me chamar de Emms
--Até com dor implica com isso Emms.--Ele diz exibindo um sorriso.
--Vamos logo?
--Vamos.
Ele me pega no colo e me leva até meu banheiro, desnecessário, mas quem sou eu para reclamar.
--Sabe eu só machuquei minhas mãos, ainda consigo andar--Digo quando ele me coloca sentada na pia do banheiro para que eu fique na sua altura.
--Eu sei, mas não podia perder a oportunudade.--Ele me responde me dando um sorriso
--Está querendo se aproveitar de minha deficiência temporária Sr. Lewis?--Digo fingindo estar ofendida profundamente.
--Sou um rapaz muito puro.
Começo a dar risada, mas percebo que ele falou isso para me distrair, olho para Evan vejo que ele esta jogando alguma coisa parecida com álcool na minha mão, a dor me atinge violentamente mas já senti tanta dor na vida que estou acostumada, solto somente um gemido de surpresa.
Ele me olha com uma cara confusa, mas balança a cabeça e volta a cuidar de minhas mãos, e meus pensamentos são levados aos anos de treinamento de combate corpo a corpo, a dor se tornou uma amiga minha naquela época, mãos, pés e outras partes do corpo quebradas, fui aprendendo a perder a sensibilidade com o passar dos anos, agora bem percebia mais, a pior dor que já senti foi quando me iniciei no treinamento de perda de sensibilidade das mãos, água fervente era jogada em minhas mãos e eu não podia gritar, eu não podia sentir dor, até que um dia eu perdi quase totalmente a sensibilidade das mãos, hoje eu não sinto nada além do calor valor da água fervente sendo derramada sobre minhas mãos, então aquilo que Evan fazia não era nada.
Quando ele terminou, me desceu da pia e fomos para a sala para conversar.
--Emms por que você saiu daquele correndo do refeitório?
--Era isso ou eu quebrava a cara daquele filho da puta do Michael.
--Seria engraçado.
--E ai Evan, o que aconteceu depois que eu saí?
--O Jesse acabou com o Michael e a Hyuna também eles devem estar brigando com ele até agora, se aconteceu mais coisa eu não sei, eu saí correndo atrás de você, mas você estava de carro então não deu pra te acompanhar, aí eu peguei minhas coisas e fui pra minha casa, tomei um banho fiquei pensando onde você poderia estar mas como eu não te conheço direito não sabia muita coisa fiquei em casa uns vinte minutos, ai eu peguei minha moto e vim pra cá ver se você estava e agora estamos aqui.
-- Okay, e só por curiosidade até quando você pretende ficar?
--Está me mandando embora Emms?
--NÃO! Nada disso era só que eu preciso saber se faço almoço pra uma ou duas pessoas.
--Fico o tanto que você quiser que eu fique Emms
--Pra sempre é muito tempo?
--Olha eu preciso estar em casa no domingo.
--Então você fica aqui até lá.
--Mandona você.
--Eu sei.

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