6:A dor te faz forte!

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"Não me julgue por minhas decisões, 

elas são apenas o reflexo de suas ações.

Não significam que não te amo,

significam que quero me proteger."

"Suelen Pessoa"

Capitulo Não Revisado!

Alice.

Assim que Ricardo desapareceu, eu quis correr atrás dele e implorar que ficasse, mas sabia que tinha que refletir sobre tudo o que ele me disse.

Ele tinha razão, eu não conseguiria viver casada com ele caso sua ex ainda o cercasse, eu sabia que Ricardo ainda a amava e não conseguia perdoá-la, assim como eu a Geórgios. Sempre fomos sinceros um com o outro e sabia que o que nos unia era apenas o carinho e a cumplicidade um pelo o outro. Tinha esperanças de que esses sentimentos um dia pudesse crescer e chegar a amor, pois fazíamos bem um para o outro. Era incrível a confiança mútua que dividiamos, até de olhos fechados.

Desisti de ir atrás dele e fui cuidar de meu filho, a babá que trabalhava para mim na parte da tarde já estava de saída. Ela era a única em quem eu confiava para cuidar de Georginho, Helena, era uma mulher de 45 anos, veio trabalhar comigo depois que descobri que minha última babá maltratava meu filho. Helena foi indicada pelo meu noivo, era de confiança de sua família, hoje, posso dizer que também é de minha. Ela ficava com ele na parte da tarde, pois tinha outro trabalho no período da manhã, para que eu pudesse dar conta dos pedidos do ateliê e cuidar da documentação da casa de modas de Saphira e Zenon. No início, pouco depois de minha vinda para o Brasil, recebi muitos convites para desfilar, mas não podia, estava grávida e sem vontade de seguir em frente, fiquei um bom tempo sem trabalhar, apenas quando meu príncipe nasceu é que me animei para fazer algo. Então, aceitei a proposta de Saphira para continuar a ajudando de longe e, com isso, logo passei a ter vontade de abrir um pequeno atelie para e assim o fiz e venho seguindo minha vida, mas faço questão de na parte da tarde estar sempre com meu filho, junto a mim e a babá, no atelie, sou uma mãe muito coruja e depois que vi meu filhote ser maltratado, aumentei o cuidado.

Depois de dar banho em George, uma das coisas que fazia de questão de fazer eu mesma, e também alimentá-lo, coloquei-o para dormir, falei um pouco de seu pai, e ele apenas escutava, como em todas as noites. Deito-me em minha cama e me sinto exausta durmo pensando nas palavras do Ricardo. 

A semana passou, Ricardo veio conversar comigo no sábado, no entanto, não me abalei, passei a semana toda trabalhando nos preparativos do meu casamento, depois de colocar minha cabeça no lugar, cheguei a conclusão que era isso mesmo o que eu queria, me casar com o Ricardo. Ele era muito especial na minha vida. Nessa semana tive uma discussão com Geórgios sobre a creche, talvez tenha me alterado um pouco, mas não iria permitir que ele desse palpites, insinuando o que era melhor ou não para o meu filho. Eu mais do que ninguém sei o que passei esses dois anos, só eu sei o quanto sofri com sua ausência, com o que senti quando soube dos mal tratos de meu filho, eu quis morrer ao sentir que não pude protegê-lo. Hoje procuro ter tudo sob controle. Não quero mais sofrer e nem quero que George sofra. Esses são os dilemas de um coração quebrado como o meu, que jamais seria o mesmo, por isso, sábado, quando Ricardo veio falar comigo, eu dei minha palavra de que não iria desistir desse casamento, só desistiria caso ele não quisesse mais. Ele disse que não manteria sua palavra também, ele sabia que não era o mesmo tipo de amor que sentíamos por nossos ex, porém, nos amamos, sim. Tínhamos uma cumplicidade incrível e sabíamos que estávamos tão quebrados que precisávamos ter esperança de sermos felizes, já que os donos de nossos corações, tinham quebrado nossa confiança, pelo menos sabíamos que teríamos um ao outro e não ficaríamos sozinhos.

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