A Fronteira - parte 1

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Nicolau agarrou a mulher pelo braço, empregando mais força que o necessário, sua maneira de puxá-la chegou a ser rude e agressiva. Ele queria sair logo do meio daquele amontoado de pessoas que considerava ser a escória do mundo. Olhou para os lados a fim de se certificar de que ninguém lhe dispensava uma atenção especial.

"Venha, vamos logo."

A mulher saiu tropeçando em seus próprios pés, e com olhar assustado parecia procurar por alguém no meio de todo aquele caos. Ela tinha a pele clara, cabelos negros e olhos castanhos. Media aproximadamente 1, 70 de altura e seu corpo desfrutava de curvas bem agradáveis que podiam ser apreciadas apesar de suas vestimentas sujas e surradas. Ela usava um lenço na cabeça que prendia parte de seu cabelo, uma blusa de botões e uma saia que chegava um pouco abaixo de suas canelas. Seus sapatos simples e gastos se encontravam cheios de lama. O homem, levou a mulher para dentro de uma salinha onde a decoração contemporânea desfrutava de móveis bem arrumados e livros organizados em prateleiras, a iluminação precária fazia com que a vista necessitasse de alguns segundos para se acostumar com o clima do ambiente. Ali o guarda se sentiria seguro já que seu superior se ausentaria aquela noite. Bateu a porta atrás de si, a pancada soou forte e um porta retrato que se achava em cima da mesa tombou para trás, mas nem isso o preocupou, ele só queria ficar a sós com aquela beldade que estava a sua frente. Não havia possibilidade de alguém estragar seu divertimento. Nicolau pegou a mulher pelos ombros, os traços no rosto dela não conseguiam disfarçar o medo que se apossava de seu ser, ele forçou os braços dela para baixo e o corpo da mulher se arqueou, seus joelhos dobraram e sua face ficou rente a cintura dele.

"Espere," Pediu ela com a voz trêmula. "Você vai cumprir o que me prometeu?"

Ele se divertia com a situação e procurou controlar seus impulsos para responder de modo convincente "Claro que vou." Suas mãos buscaram a frente de seu quadril e seus dedos tentaram abrir o zíper de sua calça. A tarefa se mostrava bem complicada já que o fecho parecia estar enroscado, dominado pela impaciência, deu um puxão desajeitado e o objeto metálico quebrou em sua mão.

"Mas que merda!" Amaldiçoou ele. Mesmo assim usou de sua força para abrir a parte de 'correr' do objeto e quando assim o conseguiu, enfiou a mão pela abertura e tirou seu membro para fora. Balançou o órgão a poucos centímetros do rosto da mulher. "Vamos, chupe!" Ele avançou seu quadril, fazendo com que seu pênis tocasse na bochecha dela, ao sentir o contato com a cabeça do membro imediatamente ela virou o pescoço para o lado.

"Você quer ou não quer, cruzar a fronteia com seu filho e seu marido?"

"Sim meu senhor, eu quero, é tudo o que desejo." Ela colocou as mãos no chão e abaixou rosto, se prostou repleta de vergonha e ressentimento. "Mas sou casada e nunca traí meu marido."

"Pois bem, se não fizer o que estou lhe pedindo logo será uma viúva. Pois os soldados do Leste pelo que fiquei sabendo não costumam ter muita paciência com os homens que ajudam a milícia." E a mulher sabia que aquilo era verdade, eles fugiram de sua vila por que os soldados do governo invadiram o local, alegando que a vila abrigava vários rebeldes escondidos, e quando isso acontecia as mulheres eram presas e os homens executados por serem considerados cúmplices. Tudo isso para desencorajar os cidadãos a ajudar os rebeldes. E para infelicidade dela o lugar mais próximo para ficar em segurança, seria ultrapassar a fronteira. Ela voltou o rosto para cima, encarando-o com uma expressão de súplica.

"O senhor promete que vai nos ajudar?"

"Eu jamais deixaria uma família desamparada. Apesar de sermos de territórios vizinhos, somos todos da mesma raça, não?" Os traços dele pareciam se compadecer com a situação dela, porém foram necessários poucos segundos para tudo se alterar e a impaciência imperar em seu comportamento. "Agora ande logo." Mexeu seu quadril e seu pênis balançou solto no ar.

A fronteira - (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora