Broken Mirror + Cameron Dallas

8.7

Começamos um beijo quente, joguei seu corpo na cama o fazendo arfar.
Mordi os lábios enquanto ele puxava meu cabelo para que me aproximassem.

Ele estava deitado, me sentei em seu colo com cada perna em um lado de sua cintura, arqueei minhas costas colocando meu rosto próximo do dele.

"Eu trouxe um presentinho" Disse com a voz sexy.

Tirei do bolso uma aljema

"Então você agora é malvada?"

"Eu sempre fui."

Prendi um de seus pulsos na cabeceira da cama.
Abri o ziper da sua calça a tirando.
Assim como a minha, eu rebolava e o deixava louco.

Cameron ja estava excitado e gemia alto.
Quando ele puxou minha calcinha com uma das mãos eu logo a parei.

"Sabe Cameron? Você me fez sofrer muito quando eu era menor"

Ele me olhou completamente confuso.
Continuei.

"Você fazia eu me sentir totalmente errada por ser do jeito que eu era"

"Sai de cima de mim Madson" se zangou.

"Não, Não"

Ele tentou vir para cima de mim mas seu pulso estava preso fazendo um barulho alto das algemas.

"Eu quase morri, por causa do que você fez comigo"

"Faz muito tempo"

"Não importa!" Gritei alto dando um tapa em seu rosto

"Vai se fuder"

"Eu fiquei presa naquela clínica durante tres meses! Por causa do que vocês fizeram!"

Tirei a faca da calça e ele me olhou assustado.
Com um movimento brusco coloquei a faca em seu pescoço.

"É isso que você quer? Me matar?"

Eu chorava.

Em um movimento brusco ele me jogou para longe, pegando uma arma na sua gaveta e apontando para mim com a mão disponível.

Mas logo voltou um cano da arma contra sua cabeça.

"Atira" Ele gritou.

Fiquei por cima dele com o dedo no gatilho.

Sim
Ou
Não?

"Você acabou com a minha vida!" Gritei sem voz

"Então acaba com a minha"

"Eu me senti um lixo minha vida toda por sua culpa!"

"Me mata"

Ele dizia totalmente sério e controlado, enquanto eu me despedaçava em lágrimas e soluços.

"Você merece morrer"

"E nosso filho merece viver sem o pai, Madson?"

Gelei

"C-como?"

"Eu sei de tudo"

Minha mão tremeu mais do que já tremia.
Minhas pernas estavam bambas e eu sentia aquele desconforto na barriga, mas ao mesmo tempo a adrenalina corria em minhas veias.

"Não é seu filho"

"Então é de quem Madson?" Ele desafiou "Nate?"

"Pode ser"

Ele soltou uma risada

"Você sabe que não"

Solucei.

"Meu filho teria nojo de ter um pai como você"

"Meu filho teria nojo de saber que sua mãe matou seu pai"

"Cala a boca!"

Gritei.

"Atira"

"Cala a boca" Eu dizia em tom de sussuro.

"Atira logo Madson"

"Cala a boca, cala a boca"

"Você não consegue"

Eu chorava.
Fechei os olhos tentando me acalmar, sem êxito.

"Você é uma fraca"

Peguei a arma atirando a alguns centímetros de seu rosto, perfurando a cama.

"Você é doente!" Ele gritou.

"Sim eu sou!" Gritei mais alto "Eu passei três anos em um hospital psiquiátrico! Por sua culpa! Eu sou doente porque você me deixou assim!"

Ele puxou o braço com força quebrando a algema.
Me assustei mas ele ficou imóvel sem me atacar.

"Me mata, agora Madson"

Criei forças para puxar o gatilho
Solucei mas uma vez jogando a arma no chão.

Me joguei na cama de barriga para baixo chorando.
Eu estava exausta.
Exausta de tudo.
Não aquela exaustão física, era uma exaustão emocional.

Cameron respirava forte, seu peito subia e descia.

"Eu te odeio" Disse no meio do choro "Mesmo depois de tanto tempo, você ainda me controla" Virei de barriga pra cima pegando a faca em meu bolso.

"Mad" Ele disse fraco.

"Eu não quero viver presa a alguém do jeito que eu sou a você"

Passei a faca nos pulsos vendo o sangue jorrar manchando toda a cama branca.

"Madson!" Cameron gritou vindo por cima de mim.

Minha visão comecou a escurecer.
Eu estava pronta.

Ele segurava meu pulso tentando estancar o sangramento.

Eu não sentia dor, senti um alívio.
Finalmente seria livre.
Livre de tudo nesse mundo.

Não precisaria me obrigar a comer,
Me importar em continuar magra ou bonita.
Não precisaria me importar com o que as pessoas pensariam de mim.

Estava livre, livre de tudo.
Principalmente dele.

Fechei os olhos pela ultima vez e logo eu não podia mais ouvir o garoto por cima de mim.