Festa

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A gente estava arrumando tudo. Hani, iria ter uma festa surpresa. Eu sempre lembro, quando ela era pequena, depois da morte deles, nunca fizemos mais festas para ela. Agora, eu quero fazer. Eu preciso ser um irmão melhor, já que vou morrer uma hora. Zelo ajudou, tinha que atrasar ela. Tenho certeza que Hani não desconfia de nada, ela acha que nunca vou fazer uma festa de novo, para ela. Sun estava fazendo o bolo, ela era boa nisso. Jiyong e seus amigos, cuidavam da decoração. Eu, das fotos. Sim, eu precisava achar alguma foto nossa, quando éramos pequenos. É impossível eu não ter pelo menos uma. Que tipo de irmão eu sou?

Peguei o álbum de fotos. Nossa, tinha milhares de fotos. Todos com a mamãe e o nosso pai, não, ela vai ficar triste. Preciso de uma, só de nós três, onde está? Achei!

O parquinho, Hani adorava aquele lugar. Nessa foto, estamos sentados no gramado. Eu, com um skate e jaqueta de couro preta. Jin, com seu sobretudo rosa, ele adora essa cor. Tinha na cabeça, uma espécie de presilha, também rosa, foi Hani que colocou na cabeça dele. Eu sorri, ao lembrar desse momento. Hani, ainda pequena. Com seu vestido vermelho, sapatilhas preta. O cabelo grande, castanho. Com um sorvete na mão. Achei outra foto, já tínhamos crescido um pouco. Eu, agora meio adulto, por volta dos vinte e quatro anos. Jin, jovem, com o cabelo mais arrumado. Hani, entrando na adolescência. Esse momento foi muito difícil, não tínhamos mais ajuda da nossa mãe. Jin que lidava com as desilusões amorosas dela. O dia que ela chegou com um chupão no pescoço. Aquilo foi um absurdo para Jin, dizia que ela era muito nova para isso.

Peguei uma lágrima escorrendo dos meus olhos. Foi nessa fase, que comecei a desandar. Deixar ela de lado, para curtir minha vida com besteiras e amigos falsos.

Tínhamos uma foto de agora, do último aniversário de Seokjin.

Jin, sorrindo, todo alegre. Hani, forçando um sorriso. Eu, mexendo no celular. Na outra foto, Jin desesperado, Hani tinha afundado minha cabeça no bolo. Já na terceira foto, Hani rindo, como uma criança feliz. Jin, também, com o dedo sujo de bolo retirado da minha cara. Eu, parecendo um monstro, com a cara toda suja de cobertura rosa e branca. Dei um riso alto, jogando a cabeça para trás. Meu Deus, aquilo foi divertido, só agora notei.

- Heechul? - Suho apontou a cabeça dentro do meu quarto.

- Entra - disse, rindo.

Ele fez isso, se sentou ao meu lado, na cama.

- Nossa, que fotos legais - ele disse, pegando da minha mão. - Olha o rosto do hyung.

Suho riu alto, encarei ele, o garoto parou. Rimos juntos.

- Eu quero reviver esses momentos que perdi - disse. - Será que dá tempo?

- Claro que sim, hyung - ele respondeu, deu um leve sorriso. - Eu vou ajudar você.

- Obrigado Suho - disse.

Deitei minha cabeça no ombro dele, pode sentir Suho suspirar, ele deve me achar um velho escorado. Passei minhas mãos nas costas dele, subindo e descendo. Nossa, que tecido bom é esse? Onde ele comprou?

Senti a mão de Suho invadir meus cabelos. Isso é tão bom.

- Hyung - ele disse, baixo.

- Sim? - disse.

- Cuide de mim - ele respondeu.

Suho era tão fofo, a garota que casasse com ele, seria sortuda.

- Claro, eu cuidarei - sorri.

Me afastei de seu corpo, segurei as mãos dele, Suho estava vermelho. Me aproximei de seu rosto, beijei sua testa.

- Você é um bom garoto. Por que está quente? Está bem? - perguntei.

- Ah, estou - ele respondeu, meio nervoso.

Ele se levantou, iria sair do quarto, puxei a mão dele. Suho caiu, de joelhos, na minha frente. Ele abaixou a cabeça.

- Suho, tem algo te incomodando? - perguntei, erguendo seu rosto.

Ele parecia que iria desmaiar. Ele estava muito vermelho.

- N-Não - ele respondeu, de uma forma manhosa.

- Eu sei o que você tem - disse, ele franziu a testa. - Cansaço. Você trabalha muito. Precisa de uma massagem garoto, vem, eu faço.

- O que? - Suho arregalou os olhos. - Não, não quero.

- Não diga nada, sou profissional nisso - pisquei.

Puxei o garoto para a cama. Tirei a camisa dele, Suho parecia sem jeito, coitado, trabalha demais. Passei minhas mãos no pescoço dele. Suho arrepiou. Eu tenho mãos de bebê, sério. Toda vez que eu movia minhas mãos pelos ombros nu dele, o garoto se movia, inquieto. Desci até as costas dele, nossa, a pele dele é melhor que a minha, que absurdo. Suho respirava pesado, estava suando. Minhas mãos foram até o abdômen dele, cara, eu acho que estou fora de forma.

- Suho, você não para de se mexer, deite de barriga para baixo - disse.

- O-O que? - ele perguntou.

- Deite logo - disse firme.

O caso dele é mais sério do que eu pensei. Ele só pode ter crise de ansiedade. Suho deitou e afundou a cara na cama. Subi em cima dele, peguei um pouco de creme e passei nas costas dele. Voltei a mexer minhas mãos sobre o corpo tenso do garoto.

Me movi para frente, minhas mãos não estavam alcançando o pescoço dele.

- Heechul... - Suho sussurrou, baixo.

Estranhei, será que estou pesado? Não pode ser. Sai de cima dele, virei o corpo de Suho para cima, espero que ele esteja vivo.

Suho estava mais vermelho que pimenta, vixi, matei o garoto. Ele estava suado e respirava rapidamente.

- Ah...Eu cheguei ao meu limite - ele sussurrou. - Eu...Você me machucou.

- Meu Deus, desculpe, onde foi? - perguntei, assustado.

- Aqui - ele apontou para as partes íntimas e segurou, fechou os olhos, emitindo um gemido.

- Foi mal - disse.

Esses lugares não são muito legais quando se machucam.

- Eu, preciso de algo, está doendo - ele disse, passando a mão sobre o local machucado - Ai...

- SUN, TRAGA GELO - gritei.

Suho revirou os olhos, parecia cansado. Eu não sirvo para ajudar as pessoas com ansiedade.

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Comentem e deixe uma estrela. Nossa,Heechul,inocente kkkkkk ninguém merece.
Suho kkkkkk nuss
Querem mais capítulos de bromance?
Bjs.

Ele Tem Que CasarOnde histórias criam vida. Descubra agora