Coreia do Sul, Seul 05/03/2017
Querido diário, meu nome é Taehyung mas todos me chamam de Tae ou Tae Tae. Ando meio solitário então minha psicóloga me recomendou escrever cada santo dia da minha vida e cá estou. Sou filho único de uma mãe solteira já que meu pai inventou de ir pra guerra.
Se eu sofro com isso? Claro. Muito. Mas para todos eu sou uma pessoa sorridente, às vezes forço um sorriso e às vezes não, vejo um lado bom em tudo e evito desabar na frente dos meus amigos porque quero ser um exemplo para eles, quero ser forte!Eu tenho amigos normais, uma vida normal. Porém sou triste pela minha mãe que mesmo não demonstrando vejo a depressão em seu olhar. Evito sair de casa para que ela não cometa nenhuma besteira, ela já tentou se suicidar assim que leu " morto em combate" .
Até me recordo desse dia.Estava um dia lindo. Minha mãe e eu estávamos tomando um sorvete de chocolate com creme de nozes. Era o sabor favorito do meu pai. Estávamos animados porque depois da última guerra que ele teria ia finalmente voltar pra casa. Pra nós seria o melhor dia de nossas vida desde que ele disse " Eu prometo que tudo vai ficar bem. Cuide de sua mãe enquanto eu estiver fora". Meu pai era um exemplo de pessoa, não só como pai como também marido, eu shippava meu pais.
Depois de chegarmos em casa, uma carta amarela chegou.- Mamãe chegou uma carta!! - Falei segurando o envelope.
Ela estava na cozinha cantando preparando o jantar.
- Não é uma cara meu filho. É amarelo, é um telegrama! - Ela explicou abrindo o envelope amarelo - É do Comitê de Guerra!
Ela estava meio preocupada. Assim que leu o telegrama, se sentou na cadeira quase desmaiando.
- Mãe! Mãe! Você tá bem? Perguntei preocupado a ajudando a não cair da cadeira.
Peguei a carta e comecei a ler.
- " Kim Noragato está morto em combate" - Eu li mentalmente.
Ela começou a chorar. A desabar no meu colo. Eu a abracei e deixei lágrimas caírem. Eu nunca chorei por nada, aquela era a primeira vez, a primeira vez que sentia dor psicologicamente.
Isso aconteceu há 3 meses, mas ainda carrego a dor comigo. Depois disso tudo mudou.
Ainda ouço da porta do quarto dela choros e gritos de dor, de sofrimento. Na maioria das vezes eu a deixo só e outras eu entro para abraçá-la , mas parei quando passou a trancar a porta. Estava óbvio que ela não queria chorar na minha frente, ela não queria se mostrar fraca para mim e eu a entendo e não a culpo de nada.1 mês depois do acontecido minha mãe marcou psicóloga pra mim, ela dizia que não merecia ficar desse jeito. Ela me dava conselhos mas eu tinha problemas como os dela que acho que nenhum profissional pode resolver. No início eu rejeitava essa ideia, mentia dizendo que estava bem mas logo me acostumei com a ideia e me convenci de que eu realmente precisava. Minha psicóloga, Doutara Anuki conversou comigo e me aliviou um pouco.
Nas primeiras semanas depois do ocorrido Min Yoongi que era meu melhor e único amigo permaneceu do meu lado. Ele me aconselhava e até dormia na minha casa, ele sempre foi um irmão pra mim. Ele também ficou abalado com a morte do meu pai, eles também eram muito próximos devido Yoongi ir todas as noites na minha casa. Já até viajamos juntos para a Coreia do Norte que meu pai nos levou.
Minha mãe sempre me pergunta se eu tô gostando de alguma menina da escola. No começo ela era contra eu namorar nessa idade, mas depois que eu fiquei sozinho só vendo animes e escutando música me isolando totalmente do mundo acho que se ela quis que eu arrumasse uma para não me sentir tão sozinho. Ela acredita que tem uma pessoa especial no mundo lá fora me esperando mas eu não acredito. Quem ia querer um cara sozinho, que vive na bad e não é forte o suficiente? Exatamente. Ninguém!Eu não sou mais o que era antes. "Pô Tae, passa pra frente velho! " isso eu nunca consegui. Eu não tinha ninguém a não ser Yoongi que agora estava difícil falar com ele por problemas da família, minha mãe? Ela estava pior que eu, nenhum de nós dois passava. "Mas você tem uma psicóloga!" Sim, eu tenho só que ela é paga para me entender, ela estuda muitos anos pra me aconselhar e saber que rumo devo seguir, ela não é minha amiga e não é uma pessoa que eu quero me abrir. Meu pai? Ele tá morto como diz o telegrama. Eu não tenho ninguém.
Eu não sou dramático e nem nada só apenas estou me abrindo, abrindo com um objeto chamado diário. Você pode não ter vida diário mas escrever tudo o que sinto e passo é como tirar um peso das costas, do coração. Acho que isso é saudável.Bem, eu acho que por hoje é só. Amanhã se tiver algo pra contar, eu prometo que te direi. Pode confiar em mim e espero confiar em você! Obrigado!
Até outro dia!
Kim Taehyung
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O Diário De Kim Taehyung
RomanceEla era tudo o que eu queria e eu era tudo o que ela precisava, mas ela não sabia que quem ela estava apaixonada era por mim e não por ele... Eles não sabiam o que eu sentia e tudo o que eu queria era que eles pudessem sentir o mesmo. Confuso? Um p...