A vizinha na janela

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Era quase meia noite quando minha vizinha apareceu na janela do seu quarto.

Eu havia acabado de me deitar, parando pela primeira vez após um dia especialmente conturbado. A luminária acesa entregava que eu ainda não tinha adormecido. Pisquei sonolento e bocejando antes de perceber a silhueta de Alice me fitando em sua janela com uma expressão completamente séria, embora exatamente sensual.

Senti um calafrio eriçar os pelos do meu braço.

Alice era a mulher mais linda de toda a vizinhança - talvez do bairro inteiro. Era linda do estilo que fazia você perder horas admirando sua beleza, sem nem precisar tocá-la. E desde que ela havia se mudado para o apartamento em frente, há uns seis meses mais ou menos, não trocamos mais que uns sorrisos e uns bom dia. Entretanto, compartilhávamos uma espécie de hobbies que me fazia fantasia-la secretamente todas as noites no banheiro.

Ela costumava se exibir para mim através da sua janela. Me fazia observa-la, me provocando de diversas maneiras: se despindo na minha frente, aparecendo de lingerie ou passando óleo em seu corpo lentamente, parte por parte quando acabava de sair do banho. Na maioria das vezes sorrindo enquanto eu a espionava com cara de taxo, boquiaberto com aquela maravilha; me torturando com os fetiches rolando solta na imaginação, da mesma maneira que estava preparada para fazer naquela noite.

Eu ainda não sabia o que Alice tinha reservado para mim quando chamara minha atenção na janela. Apenas me levantei na cama, arrumando as costas contra a cabeceira na parede. Observei ela me fitando com cautela feito uma tigresa concentrada em sua caça. Seu rosto sério parecia um pouco avermelhado e inchado pelo o jogo de luz da lâmpada - percebi involuntariamente. Ela ostentava um vestido preto na altura dos joelhos que contornava completamente as curvas do seu corpo. Os cabelos cor de ébano caiam em cascatas ao redor dos seus ombros, emolduravam seus lindos peitos apertados contra o decote tomara-que-caia.

Minha vizinha sorriu e por uma fração de segundo eu senti o ambiente ao redor esquentar. Tinha tanta dose de malícia naquele sorriso quanto em seu olhar penetrante. Ela se afastou um passo da janela, virando-se de costas para mim. Acompanhei suas mãos buscando o zíper prateado na lateral do seu vestido sexy. Ela virou o rosto sobre o ombro enquanto abria o feixe lentamente, fazendo o vestido se desprender de seu corpo em direção ao chão.

Engoli em seco com a visão da nudez parcial da minha vizinha. Alice não trajava nada em baixo do vestido. Nenhuma peça de roupa íntima. Ela permaneceu de costas por alguns instantes, me dando a chance de contemplar seu dorso nu. Sua bunda deliciosa, redonda e lisa me deixou excitado. Já podia sentir o calor e a pulsação apertando dentro da minha cueca, doendo meus testículos. Parecendo perceber, Alice virou-se de frente outra vez... para completar de foder o meu psicológico.

Graciosamente, minha vizinha jogou os cabelos para trás com um movimento de cabeça. Eu senti minha respiração acelerar quando ela começou a emoldurar seu rosto com as mãos, alisando a curvatura do pescoço esguio. Continuou descendo até o colo onde encontrou os seios desnudos. Ela os segurou firme, os apertou. Tive um breve devaneio com eles em minhas palmas, os mamilos durinhos apertados contra a ponta da minha língua. Isso fez meu pênis latejar de desejo, mas eu não me importei. Permaneci quieto e atento a cena dela arrastando as mãos pelo abdômen lentamente, contornando seu quadril e se encontrando no meio das coxas.

Fixou-se ali, entreabrindo as pernas. Deixou escapar um breve sorriso vitorioso quando encontrou meu olhar hipnotizado. Tirou sua mão da intimidade e lambeu dois dedos lentamente antes de levá-los a boca.

Mordi o maxilar com força, sem acreditar quando ela começou a chupar os dedos na minha frente. Os chupou com vagareza, me seduzindo enquanto tinha a outra mão repousada entre as pernas. Estava ajoelhada em meus pensamentos, engolindo meu pênis com fervor, me arrancando sensações inexplicáveis de prazer. Eu faria questão de olhar em seus olhos durante todo o momento. Seguraria seus cachos escuros em minhas mãos.

Fiquei tão perdido na imaginação que quase não reparei quando ela tirara os dedos da boca, e trouxe para baixo.

Alice tocou seu clitóris. Dedilhou-se com toda a calma do mundo. Seu corpo estremeceu brevemente de prazer. Ela precisou se apoiar na parede com a mão livre para manter o equilíbrio na medida em que intensificava o ritmo dos seus dedos. Esfregou-se com movimentos circulares e delirantes.

Há essa altura eu já podia sentir minha própria ereção apertando contra o jeans. Alice me encarou enquanto se masturbava, soltando gemidos que eu não consegui ouvir do meu apartamento. Remexeu o quadril junto ao ritmo do seu toque, jogando a cabeça levemente para trás. Em algum momento ela deixou um pouco seu clitóris de lado e afundou os dedos na vagina, se penetrou até precisar dobrar o pulso, mal conseguiu permanecer de pé.

Foi quando seu corpo ficou rígido. Minha vizinha estremeceu fortemente sobre os ritmos intensos das estocadas na vagina. As pernas dela vacilaram sutilmente ao encontrar seu clímax. Chegou ao orgasmo com grito mudo e demorado.

Tive a impressão de ter gozado junto com ela. Meus olhos estavam vidrados na janela em frente. Observei Alice respirando pesadamente, se recuperando do orgasmo que tivera. Tirou os dedos encharcados da vagina e os chupou outra vezes, agora se deliciando com o gosto do seu próprio gozo. Não pareceu constrangida ou arrependida quando voltara a me encarar. Assim como permaneceu muda.

Alice não formulou nenhuma palavra. Simplesmente piscou para mim e se escondeu atrás das suas cortinas.

Observei a sombra dela desaparecendo atrás das cortinas da sua janela. Logo seu quarto ficou escuro e quieto como se nada houvesse acontecido. Teria o show acabado?

Toquei meu pênis rígido por cima do short buscando aproveitar enquanto a cena ocorrida ainda permanecia fresca em minha mente. No entanto meu celular vibrou sobre a escrivaninha de madeira ao lado da cama, me fazendo estremecer surpreso.

Pensei em ignorar a ligação, mas estava difícil me concentrar num momento de prazer com aquele troço berrando. Joguei as pernas para fora da cama e me estiquei para pegar o aparelho já no quinto toque.

Número desconhecido - aparecia no visor.

- Alô?

- O que você acha de aproveitarmos esse pau duro da melhor maneira possível? - perguntou a voz feminina do outro lado da linha.

Meu queixo caiu.

- A-A-Alice? - reconheceria aquela voz em qualquer lugar. Corri os olhos para a janela imediatamente, procurando qualquer sinal da minha vizinha atrás das cortinas suspensas. - Eu...Eu... O quê? Espera aí, como você...?

A risada de Alice era tão gostosa de ouvir quanto de ver.

- Eu estou lhe esperando, ok? Apenas venha até minha casa. Acho que você sabe onde fica.

Chamada encerrada.

Olhei incrédulo para o meu telefone. O registro da ligação na tela não parecia ser prova suficiente do que tinha acabado de acontecer. Voltei-me mais uma vez para a janela, imaginando o que minha vizinha queria de mim. Meu sangue borbulhou dentro das veias quando a visão de Alice se masturbando invadiu minha mente, bloqueando qualquer raciocínio pela cabeça em cima.

Me apressei para fora do quarto, calçando os chinelos na entrada de casa.

Nem me certifiquei se tinha realmente batido a porta. Voei sobre os dois lances de escada do apartamento. O ar frio da noite acertou me rosto em cheio quando rompi pela saída, praticamente correndo em direção ao prédio de Alice. Ela já havia autorizado minha entrada na portaria - logo o porteiro não teve tempo de notar minha alteração, eu acho.

O apartamento dela ficava no terceiro andar. Eu hesitei frente à porta, mal contendo a ansiedade. Respirei fundo e me estiquei para tocar a campainha com a mão trêmula.

Por um segundo eu pensei que estivesse dentro de um sonho. Alice apareceu usando nada mais que um roupão de seda perolado que não havia nem se dado o trabalho de fechar. Tirando isso ela estava nua, completamente nua. De perto, ela conseguia ser ainda mais linda. Não pude controlar meu olhar sobre seu corpo maravilhoso, vasculhando cada centímetro de pele desnuda da cabeça aos pés e subindo lentamente ao seu rosto.

Ela sorriu sedutoramente, me permitindo admirá-la por alguns segundos. Seus olhos escuros me prenderam feito imãs, me fitaram com certa cautela e presunção. Como se preparasse para dar o bote.

- Fico feliz que tenha encontrado o caminho, Daniel. - isso foi tudo o que ela disse, antes de soltar a porta aberta e montar em mim.

Cambaleei surpreso com o corpo de Alice pressionado ao meu, colando seus lábios nos meus. A segurei pela cintura quando tomei consciência disso e a carreguei para dentro do apartamento. Empurrei a porta com o pé, não me dando o trabalho de concentrar em algo que não fosse a boca daquela morena gostosa. Ela tinha gosto de uva e álcool. Vinho, talvez?

Nossas línguas se entrelaçaram explorando pontos até então desconhecidos. As mãos da minha vizinha passearam em meu cabelo, enterrando os dedos nos fios - os mesmos dedos que estavam em sua vagina mais cedo - as unhas dela arrancaram minha nuca sem querer, me arrancando arrepios.

Nos esbarramos em algumas coisas de alcançar o sofá. Deitei Alice nele ainda nos beijando. Ela me separou por um instante para retirar minha camisa, ajudei a passá-la por cima da cabeça. Com isso ela segurou o olhar brevemente em meu abdômen nada sarado e alisou meu tórax com uma mão, parando no cós do meu short provocantemente.

Senti meu sangue correndo para baixo. Me encurvei em direção ao colo desnudo de Alice e abocanhei seus peitos fazendo-a arfar. Toquei seus mamilos durinho com a ponta da língua. Ela era tão gostosa. Seus peitos cabiam perfeitamente em minhas mãos como se houvessem sido feitos a medida. Me revezei chupando um deles enquanto esfregava meu polegar no outro realizando movimentos circulares.

Minha vizinha ainda gemia quando me puxou pelo pescoço, voltando a me beijar. Tentei me arrumar sobre ela na medida do possível sob o sofá pequeno. Notei as mãos dela correndo em baixo de mim, passeando por meu abdômen em direção ao short. Ela agarrou meu membro duro e o alisou por cima do tecido fino. Soltei um gemido contra a boca dela, que sorriu contra a minha. Agilmente encontrara as barra do meu short e o trouxera para baixo um pouco e bastante para descer minha cueca.

Meu pênis soltou para fora feito um boneco de mola. Alice agarrou meu membro liberto e movimentou a mão. Ofeguei tentando controlar os gemidos na medida que ela aumentava a intensidade de vai e vem. Havia enterrado o rosto em meu pescoço, trabalhando as mãos ao mesmo tempo que sua boca empenhou-se em morder, lamber e chupar minha pele sensível.

Pensei que fosse segurar, mas gozei sem sequer pestanejar. Alice não se importou e continuara me masturbando até a última gota sair de mim. Ela sussurrou perto do meu ouvido que fossemos para o seu quarto. Mas antes me empurrou sentado e se ajoelhou em minha frente, terminando de tirar meu short preso nos tornozelos. Olhou nos meus olhos com um ar de safadeza. Segurou meu pênis e o limpou com a língua.

Agarrei o estofado do sofá quando uma onda de prazer inundou meus sentidos. Minha vizinha sorriu passeando a língua pelo comprimento do meu membro. Se deteve na glande e a chupou com vagareza enquanto massageava meus testículos com a mão livre.

Não se aprofundou na oral, infelizmente. Ela se levantou limpando o canto da boca com a língua e me puxou pela mão até seu quarto - que eu já conhecia mais ou menos através da janela.

Somente largou minha mão quando chegamos em sua cama de casal. Descartando o robe de lado Alice se jogou de costas no colchão com as pernas abertas e dobradas num pedido implícito; ergueu os braços atrás da cabeça. Seu rosto era um misto de tesão e provocação. Cravei meus olhos em sua vagina rosada e lisa, admirando aquela maravilha antes de me encurvar sobre ela.

Toquei seu clitóris com a ponta do dedo do meio e do indicador. Alice gemeu e flexionou a pélvis. Estava bastante molhada e excitada. Continuei estimulando-a com movimentos circulares antes de descer minha boca nela. Tomei seu clitóris na língua e o chupei enquanto ela gemia e se contorcionava, enterrou a mão no meu cabelo. Suplicando que eu não parasse.

Eu obedeci. Não tirei minha língua do seu clitóris nem quando usei os dedos para explorar a entrada da sua vagina completamente molhadinha. A penetrei com eles, sentindo sua musculatura interior se contraindo de prazer. Minha vizinha gritou sob minhas carícias, movimentou os quadris, apertou as pernas me pressionando contra ela. Continuei cada vez mais rápido, me baseando na intensidade dos seus gemidos.

Ela gritou quando alcançou o orgasmo, estremeceu com a onda de prazer. Ainda assim permaneci mais alguns instantes com a boca em sua intimidade. Passei minha língua por toda sua vagina provando o gosto do seu gozo da mesma maneira que fizera comigo.

De repente eu senti Alice me puxando e me ergui de encontro a sua boca. Ela me beijou, sugando meu lábio inferior com os dentes. Me aconcheguei em cima do seu corpo, enterrando os cotovelos ao redor da sua cabeça. Ela prendera as pernas em torno da minha cintura no momento que eu comecei a penetra-la. Gememos contra a boca um do outro. Eu metia por cima enquanto minha vizinha balançava os quadris, arranhava minhas costas desnudas.

Tive a sensação de estar preso em uma das minhas muitas fantasias. Quando senti que estava perto de gozar outra vez Alice simplesmente me empurrou para o lado e montou em mim. Agora ela estava por cima e cavalgava selvagemente em meu pênis apoiando as mãos no meu peito, apertando os olhos com a cabeça pendendo para trás.

Eu tentei me controlar para não gozar logo. A visão dos peitos dela balançando enquanto subia e descia foi o que estragou meus planos. Gozei primeiro, me derramando dentro dela. Cada parte do meu pênis pulsava, latejando com a ultra sensibilidade de maneira quase dolorosa.

Alice me acompanhou logo em seguida, gozando pela terceira vez na noite. Cessou os movimentos em cima de mim, puxando grandes lufadas de ar. Observei enquanto seu corpo relaxava e saia de cima, se jogando ao meu lado na cama de casal.

Apenas nossas respiração ofegantes eram audíveis enquanto nos recuperávamos daquela transa maravilhosa. Os dois cobertos de suor e fluidos. Não notei quanto tempo se passou quando Alice resolvera quebrar o silêncio.

- Isso... foi muito bom. - dissera, a voz rouca e entrecortada.

- Bom é pouco - virei o rosto na direção dela. - Isso foi incrível.

Alice estava de costas para o colchão, os braços esticados ao lado do corpo enquanto encarava o teto vazio, o peito subindo e descendo rapidamente.

- Você me surpreendeu, Daniel. Se soubesse que era tão bom assim já o teria convidado antes.

Fiquei lisonjeado.

- Bem, não se pode julgar um livro pela capa, não é mesmo? - notei Alice desviar sua atenção para o meu rosto. Encontrei seus olhos penetrantes. Ela sorriu.

- Tem razão. Talvez você mereça um pedido de desculpas. - ronronou, passando um braço ao redor do meu peito. Fiquei tenso por um segundo, então relaxei e enlacei minha vizinha nos braços, sentindo sua pele quente sob o toque.

Ela afundou o rosto na curva do meu pescoço; seu cabelo me fazendo cócegas no queixo. Não dissemos nada por enquanto. Por incrível que pareça Alice conseguia ser ainda mais linda suada e descabelada. E desse jeito, quieta e sem toda aquela áurea de provocação e malícia, ela parecia quase uma adolescente.

Me peguei abestalhado admirando-a quando reparei algo em sua pele que não tinha visto antes.

Uma mancha arroxeada pouco abaixo do ombro dela, ressaindo sobre sua pele branca feito tinta néon. Toquei o hematoma levemente com a ponta dos dedos para me certificar de que era real. Alice se retraiu na mesma hora.

- O que é isso, linda? - perguntei com curiosidade. - Eu te machuquei ?

Minha vizinha se ergueu do meu peito rapidamente, sentando-se na cama. Olhou para o machucado em seu ombro como se não tivesse visto antes. O cobriu com uma mão.

- Não. Não é nada demais.

- Como não é nada? - eu quis saber. - Isso está bem feio. Parece até que levou uma surra...

- Eu já disse que não é nada! - interrompeu, bruscamente.

Levantei as mãos imitando um gesto de rendição.

- Tudo bem então. Morreu quem perguntou. Agora vem cá. - puxei seu braço, tentando trazê-la para mim de novo.

Alice se esquivou do meu aperto como se eu fosse tóxico. Jogou os pés para fora da cama, se enrolando num lençol enquanto se levantava.

- Acho que você deve ir embora. - falou.

- Mas, já? - perguntei sem entender. Fitei o dorso de Alice se cobrindo. - Pensei que pudesse ficar mais um pouco... poderíamos repetir a dose mais tarde, hein...

- Não vai dar. - ela não me deixou nem terminar a frase. Estava séria quando se virou novamente para mim. - Eu sinto muito, isso foi um erro. Você precisa ir.

Franzi o cenho sem entender.

- Alice, o que foi? Eu fiz algo errado? Eu disse alguma coisa?

- Não, Daniel, você não fez nada.

- Então porque está agindo assim? - perguntei amargurado.

Ela suspirou, apertando a ponte entre os olhos.

- Deixa eu te explicar uma coisa. Eu queria uma transa e você estava disponível. E se te conforta, foi uma das minhas melhores. Porém, agora que já terminamos... - ela gesticulou para a porta do quarto com a mão que não segurava o lençol no corpo. - você já pode me deixar sozinha.

- Eu não acredito - segurei o olhar de Alice na espera de ver algum lapso de brincadeira. - É sério isso?

Ela arqueou uma sobrancelha.

- E porque não seria?

Tem razão.

Engoli qualquer protesto e me estiquei para fora da sua cama. Recolhi minhas roupas pela sala e deixei a casa dela ainda me vestindo. Alice permaneceu no mesmo lugar, não foi capaz nem de me acompanhar até a saída. Mais tarde, de volta ao meu colchão, eu procurei sua silhueta pela janela, mas não consegui enxergá-la por causa das cortinas.

Dei de ombros e apaguei a luminária.

No fundo eu já estava acostumado. Alice sempre foi e sempre seria a tigresa. E no fim das suas contas, eu acabei sendo sua caça.

Pelo menos ela tinha me feito gozar. Gozar de verdade, não através de fantasias no banheiro. E convenhamos, sem sombra de duvidas, foi o melhor orgasmo da minha vida.




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