Capítulo I

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P.O.V. Amber Coleen 

Desde adolescente, sempre tive dificuldade em me apaixonar. É claro, teve os cara da escola que eu gostava, mas coisa típica de High School. Eu até gostava dos meninos, mas sempre que achava que finalmente ia dar certo, algo me impedia. Parecia que havia um bloqueio em mim; meu cérebro virava um bloco de concreto e eu caía fora. Isso durou muito, até que aos 17 anos eu descobri algo para aliviar essa dificuldade é toda tensão: a escrita. O papel e caneta me libertava, me transformava em outra pessoa. Devia ser por isso que as minhas redações eram tão boas na época do colégio.  

Levei o dom a sério. Administrei o jornal da escola, escrevi contos, ajudava professores na correção de redações e provas. Isso meio que me diferenciava das minhas amigas "hollywoodianas": enquanto elas saiam à shoppings, eu estava na escola; elas estavam em festas e eu em casa, lendo livros; elas estavam viajando nas férias enquanto eu estava fazendo visitas quase que diárias à principal biblioteca de Los Angeles.

Com notas excelentes no GPA e o no SAT, fui uma das melhores alunas da escola, principalmente no último ano. E aí entrei na faculdade. Stanford. Meu sonho de consumo desde os 13 anos. Meu pai era empresário, e minha família sempre teve dinheiro,as eu queria conquistar minha vaga em Stanford sozinha. E consegui.  Sai do colégio direto para a universidade e comecei a cursar Letras. Exceto pelo fato de eu ter perdido quase todos os meus amigos da escola, eu era uma das pessoas mais felizes do mundo. Estava cursando o que queria, conhecendo pessoas novas e deixando de ser a menininha que costumava ser até um ano atrás.  

Até que eu fui convidada para uma festa e conheci ele. Nós estudávamos no mesmo lugar, com o mesmo turno de aulas, mas eu nunca havia notado ele pelo campus ou pelos corredores dos predios. Mas lá estava ele. Eu estava na festa há quase duas shoras e mal conseguia tirar os olhos do garoto loiro. E ele deve te percebido porque 40 minutos depois, nós estávamos conversando como se nós conhecêssemos há anos e anos.  

23 anos. Primeira faculdade. Filho de um engenheiro com uma psicóloga. Cabelo castanho-dourado, um sorriso incrível e dezenas de tatuagens. Tentamdo seguir os passos do pai e se tornar um engenheiro também, Justin Bieber era um tanto instigante.  

E então nós conversamos. E conversamos. E conversamos. Trocamos nossos números e, depois de muita insistência, aceitei uma carona para casa. Juntei que tentei não me iludir e me convencer de que nada iria acontecer, mas eu não era burra, nunca fui. Eu sou aquele tipo de pessoa que sabe que ela coisa vai acontecer ou está acontecendo, mas finge que não sabe. E aí quando "descobre", se faz de surpresa.

Mas eu não tentei parecer surpresa quando ele me beijou antes de eu sair do carro; no fundo, acho que nós dois queríamos aquilo. E então, já que havia acontecido, eu quis apenas aceitar isso e não me iludir de que iria acontecer de novo. Mas foi difícil. Uma hora depois é ele já havia me mandado mensagens.  

E então nós fomos ficando cada vez mais próximos. Primeiro, não se passavam o de mensagens. E então nós começamos a nos encontrar na faculdade. E então fora da faculdade. Festas, restaurantes e bares. Cada vez mais próximos, não deixavam os de nos falar um dia sequer. Justin Bieber era incrível. Eu estava, definitivamente, me apaixonando. E então eu me casei. E não foi com ele. 

 • • •

Eu estava saindo da universidade no final dá tarde quando recebi uma mensagem de meu pai, Christopher. 

"Amber, preciso falar com você. É um assunto sério. Passe aqui em casa hoje."

Era uma quinta-feira fria, e a jaqueta que eu usava não era o suficiente. Assim que entrei no carro e li a mensagem de meu pai, recebi outra. Era de Justin. 

Love Through The Hills // j.b.Onde histórias criam vida. Descubra agora