Capítulo 01

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O Algoz de Sanguinários

Em uma noite fria e chuvosa ouve-se os passos apressados e pesados nas poças de água em uma rua escura e gritos de pavor de uma jovem garota, ela corre desesperada fugindo de um homem com afiadas e enormes presas e com peculiares olhos vermelhos, ela entra sem ao menos perceber em um beco sem saída e percebe que já não há mais o que fazer, o homem estranho se aproxima dela enquanto saliva escorre pelo canto de sua boca ele ofega muito e com um sorriso amedrontador repete as palavras... SANGUE e PODER, quando se aproxima o suficiente do pescoço de sua vítima a cena que se vê é de longe extremamente brutal, pois sangue espirra para todos os lados a moça grita horrorizada e quando leva sua mão ao pescoço sente que não houve mordida alguma, ela então com muita coragem decidi abrir os olhos e levanta seu rosto e vê o homem que a perseguia caído ao chão encostado em uma parede ao lado ferido, e agora já não se via mais saliva no canto de sua boca, mas sim sangue, muito sangue, havia tanto do fluido que várias manchas na roupa dele e inclusive no vestido dela podia se notar mesmo de  longe, ela perplexa se dá conta que existe próximo a eles um rapaz bem calmo porém com a expressão fria e olhos serenos com uma cor que lhe hipnotizava, pois ela sabia que aqueles olhos cor de púrpura eram de pessoas de uma família nobre em sua província, porém o que mais lhe chamava a atenção não eram seus olhos, mas sim a palma da mão dele que se via aberta e acima dela uma esfera de fogo vibrando e que não se apagava nem mesmo com a chuva, chamas que iluminavam o ambiente trazendo uma certa paz e segurança a ela, o rapaz volta seu olhar a ela e lhe pergunta se ela está bem sem reação ela balança sua cabeça em sinal de confirmação o jovem sorri pra ela e diz que é melhor ela voltar pra casa então, a moça concorda de imediato agradece a ele com um lindo sorriso e diz obrigada quando ela vira a esquina o rapaz volta a encarar o homem caído no chão com o seu olhar frio de antes e pergunta.
~Por que vocês sanguinários são tão desprezíveis e medíocres ?
O homem rebate a questão.
Por que você luta contra sua própria espécie ? Não acha que deveríamos nos manter unidos ?
O rapaz de olhos púrpura se revolta.
~Não sou da sua espécie e nunca serei, você mata por poder sendo que existem tantas outras maneiras de se fortalecer mas não, vocês sanguinários idiotas sempre procuram o caminho mais fácil, uma escória nojenta assim não merece permanecer nesse mundo lembre-se quando partir que quem te tirou desse mundo foi Victor Valentine O Algoz de Sanguinários, sei que não se arrependerá de seus atos mas espero que meu fogo o purifique Adeus.
Victor então estende seu braço com a palma da mão voltada ao homem e em poucos segundo o incinera por inteiro deixando apenas cinzas no local, logo após deixa o beco e sai pela rua principal e ouve uma voz tranquila e simpática atrás de si que lhe perguntava.
–Mestre, o senhor já acabou por hoje ?
Victor se vira pra trás e diz para a sombra que se via atrás dele.
–Garius já lhe disse pra parar de me chamar de mestre!
Garius diz num tom de clemência.
– Mas mestre foram ordens expressas de seu pai.
Victor suspira profundamente.
–Tudo bem eu entendo, vamos fazer um acordo você me chama de mestre apenas na presença dele porque mesmo você sendo o braço direito do meu pai e um dos cinco generais dele, sabe que eu te vejo também como um grande amigo  e não gosto que meus amigos me chamem de mestre, me chame de Victor temos um acordo ?
Garius sorri simpaticamente.
~Está bem mes... digo Victor.
Um sorriso de aprovação vem ao rosto de ambos.
~Assim é bem melhor, agora diga pra que veio atrás de mim hoje.
Victor disse isso com um olhar ressabiado
–Seu pai pede a sua presença nesse exato momento no Salão Imperial.
Victor se espanta um pouco com o pedido do pai.
–O que acha que ele quer comigo? Foram raras as ocasiões em que meu pai me convocou ao Salão Imperial.
Uma expressão séria surge no rosto simpático de Garius.
~Ele vai enviá-lo a uma missão.
A surpresa de Victor dessa vez foi extremamente nítida ele não conseguiu disfarçar, mas aos poucos o olhar de surpresa se transformou em um olhar de alegria.
–Victor não se empolgue tanto afinal de contas é apenas uma missão.
Garius é impactado com uma onda de animação e entusiasmo.
–Garius, você não entende? Isso não é apenas uma missão, isso é confiança e reconhecimento finalmente meu pai me acha digno não irei decepciona-lo.
Já no Castelo Valentine, Victor entra com Garius num salão enorme o qual é chamado de Salão Imperial, ao entrar por uma porta suficientemente grande pra entrar dois elefantes lado a lado Victor vê seu pai Altair Valentine o mestre soberano de sua família sentado num trono negro com manchas rajadas de escarlate, um homem com uma aparência de alguém na meia idade e com muita saúde uma barba relativamente grande trajando um manto com a mesma cor do trono com algumas pregas dourados como exceção.
–Boa noite pai no que posso servi-lo ?
Altair se levanta de seu trono.
–Seja bem vindo meu filho mandei chamá-lo para uma missão.
O filho de Altair se emociona e é tomado por um breve instante de reflexão imaginando qual seria a missão que lhe seria dada, pois sempre esperará por aquele momento, então seus pensamentos são interrompidos quando Altair diz.
–Serei direto, a missão que lhe darei é muito difícil pensei muito antes de tomar essa decisão, juro que queria que fosse outro em seu lugar mas tem que ser você, como bem sabe há uma grande incidência de vampiros sanguinários recém-criados vagando pela nossa província a mais de dois meses, e sabemos que isso não é nada comum, pelo que temos percebido estes ataques são mais decorrentes ao norte creio então que esses sanguinários estejam vindo de apenas um lugar... Nightville!
A reação de todos os presentes no salão  é a mesma ESPANTO.
–Nightville, Porque quer que eu vá pra lá ?
Este é o território da família Sedrick nenhum Valentine pode entrar lá existe um acordo entre as nossas famílias que diz que nenhuma fronteira pode ser atravessada por ambas as partes e...
Um grito de fúria ecoa no salão.
–VICTOR... Eu sei muito bem o que diz o acordo mas não há outra maneira eu queria ir pessoalmente investigar mas tem vampiros demais aqui em Candle Hills, sem contar os ladrões e assassinos que vagueiam a noite por isso preciso estar aqui para manter a paz e a ordem, pois como tenho percebido nem mesmo as nossas patrulhas tem dado conta, até porque se dessem você não estaria fazendo o trabalho delas, mas não me entenda mal, pois foi por notar a sua força e inteligência pra lidar com essas questões que eu resolvi tomar a decisão de enviar você para essa missão tão delicada.
Com um tom de voz relutante Victor fala.
–Entendo, quando devo partir ?

–ESSA NOITE MESMO E CHEGARÁ LÁ ANTES DO PRIMEIRO RAIO DE SOL...

O Algoz de SanguináriosOnde histórias criam vida. Descubra agora