Prólogo

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O sol beirava o horizonte, prestes a se pôr e dar espaço à noite. Celestia voltava para casa com a sua pequena Sunny que dormia tranquilamente no banco de trás. Faltava pouco para elas chegarem em casa, não estavam tão longe da entrada da cidade, a mulher contemplava as árvores com suas camadas de neve, que se erguiam às beiras da estrada. Apesar da tranquilidade da filha ao dormir, a mãe encontrava-se inquieta, ela não dormira bem na noite passada, algo que sua mãe havia lhe dito a deixava confusa, e principalmente a última ligação que recebeu do marido dizendo que sua outra filha, Luna, não estava bem.

  Distraída em seus pensamentos ela não percebeu que havia um homem parado no meio da estrada. Celestia freou bruscamente, acordando Sunny, agora olhava confusa para os lados.

  - Ainda não chegamos, mamãe?-perguntou a menina ainda sonolenta.

  A mãe não respondeu, estava olhando para o homem vestido num terno preto com uma gravata borboleta vermelha , que com um gesto fez aparecer duas cópias dele mesmo. Essas duas cópias começaram a mudar, os braços se alongavam assim como as pernas, a cabeça crescia até chegar ao tamanho de uma bola de praia. A menininha já aterrorizada chorava encolhida no banco, dessa vez a mãe tentava acalma-la. As criaturas andaram em direção ao  carro, arrancaram as portas traseiras e um deles segurou a menininha enquanto ela gritava. Celestia desesperada tentou atacar o monstro, mas algo a segurou pela gola da camisa sufocando-a. Ela tentou olhar para trás e teve o vislumbre do homem segurando a sua gola.

  Nesse momento o que sua mãe havia falado voltou a sua cabeça "Não pare por nada, atravesse os portões o mais rápido possível. Cuidado com o que encontra nessas estradas.". Ela já estava ficando sem ar, sua visão enuviada, ela não sabia mais se o que via era verdade, um grande pinheiro na floresta se curvou até a ponta tocar o chão formando um arco, o interior do arco começou a brilhar como se fosse uma porta para um lugar iluminado. Desse arco três pessoas saíram, uma moça que aparentava ter uns 18 anos, e dois homens que pareciam mais velhos, mais ou menos 35 anos, esse trio estranho corria em direção ao estranho acontecimento.

  A moça e um dos homens sacaram longas espadas e foram em direção a Sunny, e com apenas um golpe a moça fez um dos monstros virar cinzas, dessas cinzas veio o fogo. Já o segundo homem duelava com o segundo monstro que segurava a menina. O terceiro homem apontava para o senhor do terno, de sua mão saiu uma fina faísca emanando um calor absurdo que foi desviada com um simples gesto do homem de terno, que afrouxou o aperto na gola da camisa de Celestia e falou:

  - O Equilíbrio não é a resposta.

  Terminando a frase o homem em uma velocidade inumana enterrou uma pequena faca ,que tirou de dentro do terno, no coração de Celestia, a jogou no carro, que agora estava em chamas por conta da morte dos monstros. E num piscar de olhos, antes que qualquer um dos três pudesse impedir desapareceu.

  Sunny, que havia percebido o que o homem fez com a mãe, chorou nos braços da moça que a abraçava e dizia com uma voz doce:

  - Você ficará segura agora conosco, pequena.
 
  E juntas atravessaram o portal criado pela árvore.

***

  No mesmo dia horas depois

  O pai observava a filha contar os pesadelos amedrontadores para Daniel, seu melhor amigo. Quando o telefone tocou na sala de estar. Antes do pai sair alertou a filha:

  - Luna, cuidado não se exalte, você ainda não está bem.

  - Mas papai, eu já tomei aquele remédio com gosto de chiclete ruim.- respondeu a menina.

  - Está bem filha.- Assim o pai caminhou do quarto da filha até a sala de estar e atendeu o telefone.

  Pacientemente o homem ouviu a mulher do telefone informar a morte da esposa e da filha, e na hora que desligou o telefone lágrimas começaram a percorrer o rosto. Ele caminhou até o quarto da filha e abraçou ela e o amiguinho.

☆☆☆

Olá pessoas! Essa é a minha primeira obra. Se gostaram comentem e coloquem uma estrelinha, eu ficaria muito grata.

Até a próxima.

Mitos de Statera - As irmãs de Winterland Onde histórias criam vida. Descubra agora