Pandora sempre foi curiosa.
Queria descobrir tudo o que pudesse. Todas as espécies de plantas e criaturas existentes no planeta, todas as poções e feitiços criados, mesmo que fossem apenas protótipos. As teorias mais bizarras por trás da história da magia, e até mesmo sobre a história trouxa.
Queria conhecer cada mínimo detalhe do mundo trouxa, que tinha coisas até mais complexas e interessantes que o mundo bruxo. Todas as línguas, do parseltongue ao serêiaco, não importava o quão difícil fosse.
Ela sabia que era capaz, e foi isso o que levou-a à Ravenclaw, a casa dos inteligentes e sedentos pelo conhecimento.
Em seu quinto ano, ela sentiu a decepção. Cada matéria dada em Hogwarts já não era mais o suficiente para despertar a sua atenção e curiosidade. Se pudesse fazer os exames, a qualquer momento, o faria sem hesitar ou errar.
Devia ser uma das bruxas que mais tinha matérias matriculadas dentro do colégio. Uma profissão só não era o suficiente para ela, não sabia o que escolher, queria inventar as coisas, descobrir a função de cada ingrediente de cada poção.
E, no meio daquela confusão toda, surgiu Xenophílius.
Todos os seus outros colegas tratavam o companheiro de casa como um louco, que ele não deveria ter ido parar na Ravenclaw, já que não era nada racional. Mais uma vez, Pandora sentiu curiosidade pelo que ele dizia.
Talvez ele não pudesse provar, mas a teoria da vida dela era que acreditaria em algo até que provassem que não era real. Ou, pelo menos, na maioria das coisas.
O que provava que zonzóbulos não existiam?
Só por que ninguém falava sobre eles?
A criatividade era uma dádiva da Ravenclaw, mas quem poderia inventar algo tão genial e mágico como isso? Era fantástico demais para que ela não acreditasse.
E, mesmo que fosse mentira, só faria admirá-lo ainda mais. Tinha a criatividade que ela nunca viu igual em outro homem, ou mesmo em outra mulher. Não era fácil criar uma criatura e fazer com que parecesse minimamente verídica, eram tantos detalhes, tanto físico quanto psicológicos. Talvez ela fosse um pouco suspeita para dizer aquilo, mas alguém com um nome tão peculiar e único só despertava cada vez mais o seu interesse.
Quando terminou os estudos, ela uniu-se a ele para provar a existência dessas criaturas fantásticas, através da revista The Quibbler, enquanto continuava com suas experiências em feitiços e poções. Ela amava o que fazia, viajavam bastante, até que ela engravidou e Luna nasceu. Eles decidiram dar uma pausa, mas não desistiram de suas pesquisas.
Um dicionário de latim e um livro de feitiços antigo estavam em cima da mesa, no dia em que a "caixa de Pandora" foi aberta. Ela esteve presa, procurando libertar-se de alguma forma por muito tempo e, por fim, testando um feitiço criado por si, a sua vida foi ceifada.
Pandora não podia ser contida, e a sua curiosidade teve um preço.
Ela fazia jus ao seu nome, e isso foi a causa de seu fim.
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Caixa de Pandora
Fanfiction"1. Pandora Da mitologia grega (a que possui todos os dons) filha de Zeus. Caixa de Pandora: referência a algo que gera curiosidade, porém não se aconselha mexer sob pena de mostrar algo terrível." Ela fazia jus ao seu nome, e isso foi a causa de se...