Já estava a noite, eu tinha que sair daquele banheiro, já chorei, ninguém viu. Eu vejo as pessoas comentando que abraço diminui a dor, mas eu infelizmente não sei o que é um abraço apertado de um amigo me estedendo a mão, ninguém mesmo se importa de verdade comigo, até mesmo minhas próprias irmãs que limpei as fraldas vivem me menosprezando, eu só sirvo pra ajudar, nunca pra ser ajudada. Eu tenho sentimentos como qualquer outro alguém, eu necessito de AMOR. Mas tenho plena consciência que não devo o mendigar, porque amor é algo que todos queremos que seja reciproco, mas tem todos sabem o seu verdadeiro significado, e eu não sou de ferro, tenho minhas falhas e crises, meus diversos defeitos. Quando erro, todos julgam, quando acerto, ninguém diz nada, e a todo tempo sou a doméstica-burra da casa, a menos bonita, peitão e chulada, esse tipo de comentário que recebo de amor da minha mãe. Eu sair daquele banheiro podre, eu nem sabia que horas são, já que a burra não pode ter lazer, nem mesmo um celular, só as mais novas. Estava indo pra casa com presa, rezando baixo para que meu pai n chegasse em casa antes de mim, não queria ficar na porta apanhando, era um dor que urinava, depois era jogada na porta da coxinha para que Zuleica passase me chutando,acontecia sempre que o café estava diferente do que ele não gostava. Zuleica já era adolescente, mas não mexia na colher, sempre sobrava pra mim, ela podia sair a noite, assistir o que quissese, a queridinha da mamãe. Zuleica sempre batia em mamãe, e a besta aqui ia tirar, e mamãe me batia forte e mandava eu ficar trancada naquele quarto, nem podia sentar no passeio para conversar, todas meninas da rua não gostava muito da minha família, nem eu gosto, entendo, qualquer pessoa que sentasse naquele passeio era motivo de xingamentos.
Cheguei em casa, minha mãe com um cinto nas mãos sentada no sofá, e mais uma vez estava eu apanhando e como papai não chegou fui fazer o café na correria. Não conseguia estudar, perdi 2 anos na mesma série pra cuidar de Katrica e Marivalda. Minha máteria predileta é Redação, matemática e física era um terror para mim. Eu sempre gostei de olhar as revistas de modas, quando recebia minhas roupas quais meu pai trazia para eu e minhas irmãs, não era bonitinhas não, e nem se fala minha calça da escola, grandes e eu mesma com 13 anos tinha que fazer bainha. Tomei um banho, fiz minha atividade, e dormir, Katrina deitou ao meu lado e eu a abracei, dormimos agarradinhas.Gente, perdoaa as palavras erradas, beijão.❤😂😂
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Destino?
Teen FictionÀs vezes, só às vezes, a vida nos proporciona coisas boas. É uma história comovente, uma garota que sofreu na infância por falta de afeto. Será que a vida terá um sabor da humildade?