Ágape

Prefácio 11 & 12

Ágape é o amor incondicional, o amor generoso, o amor sem limites; puro, livre!
Estamos acostumados a viver em um mundo em que as pessoas agem na expectativa de Reciprocidade. A ação traz uma reação. Infelizmente, não encontra sabor em relações desinteressadas. A suposta amizade vive de expectativas.
O que o outro pode proporciona?
Que ganho haverei de ter ao ir a tal evento?
Quem é fulano?
O que ele faz?
É filho de quem?
Tempos em que os adornos valem mais do que o essencial. Triste tempos. As amizades interesseiras têm prazo de validade. As relações são inconsistentes. É comum, em un círculo de amigos, cada qual falar de si mesmo como um hobby. Uma geração narcisista. O pronome mais utilizado é o de primeira pessoa; "eu". Triste tempos, repito.
Tempo de escassez de atitudes de misericórdia - descarta uma pessoa é mais fácil do que se desfazer de um objeto de estimação. Falta estima pelo ser humano. Vivemos em uma sociedade em que o consumo coisifica a pessoa. Quanto mais se tem, mais se desejar e, quando não se tem, o desejo também faz questão de ficar.
Falta um sonho de vida e sobram angústia pelas ausências desse sonho.
Conheci Padre Marcelo Rossi e Dom Fernando Figueredo quando eu era secretário de Estado da Educação e pedi que celebrassem missas na unidades da antiga FEBEM de São Paulo. Esse homens de Deus imediatamente aceitaram e, com ternura, levaram Ágape àqueles meninos e meninas. Não se preocuparam com o passado de um homem que marcou a marca da humanidade por sua capacidade se amar aqueles que não seriam escolhidos, nos padrões utilitaristas, para ser amado. Naquele...