As primeiras marcas

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         Capítulo 1

Jordin acordou ás seis da manhã, tomou um breve banho e vestiu um jeans qualquer e a blusa azul do uniforme escolar, calçou botas de montaria e pegou a primeira jaqueta do seu guarda roupa. Quando desceu as escadas e viu o pai arrumado para o trabalho se lembrou, era quarta-feira.

-Bom dia filha. – Ele disse levantando os olhos do jornal e encaminhando-os para a filha.

-Bom dia pai. –Ela tentou sorrir para ele, mas o sono era tão forte que não conseguia.

Uma silhueta feminina e curvínea saiu da sala e caminhou até a cozinha. Era Laura. A mulher sorriu para Jordin com ternura e doçura.

-Bom dia Jordin! –Ela realmente estava de bom humor ás seis da matina?

-Bom dia Laura. –Respondeu Jordin.

Jordin queria entender como aquilo era possível, aliás, queria entender como Laura podia estar com o cabelo preto trançado, salto e um vestido impecavelmente passado, sem estar morrendo àquela hora do dia.

-Seu café já está no copo térmico na sua mochila. –Laura podia ter roubado o pai da garota, mas Jordin era incapaz de odiar aquele anjo chamado Laura Lajos.

-Muito obrigada Laura. –Agradeceu com um leve sorriso.

A campainha tocou e Laura foi até a porta abri-la, era Dantesorridente como Laura. Os olhos azuis topázio reluziam enquanto se aproximava da cozinha. Jordin o olhou de cima a baixo e sorriu aprovando o jeans escuro e a Pea Coat azul marinho acima da camisa horrenda do colégio.

- Bom dia sr. Ourren. – O pai de Jordin foi o primeiro a cumprimentar o garoto.

- Bom dia sr.Adolffus. – Dante respondeu naturalmente. –Bom dia srª.Lajos. –Ele acenou para Laura, que o fez de volta, e por fim se voltou para Jordin. –Oi.

-Oi. –Era só isso. Um oi e uma troca de sorrisos. Jordin só precisava ouvir aquela voz descontraída e doce para seu coração e seu cérebro explodirem em alegria.

-Hoje você vai para a casa de sua mãe? –Perguntou Marcos interrompendo o momento de e sua filha.

-Vou. –Jordin percebeu o olhar triste do pai.

-Você volta sábado à noite certo?

-Na verdade não pai. –Jordin abaixou os olhos e depois voltou-os para ver a expressão confusa do pai. –Sábado é aniversário do Dan e vai ter uma festa...

-E você vai vir no domingo. –Marcos assentiu para Jordin e fechou a cara para o garoto que agora estava pálido e de cabeça baixa. –Dezoito anos não é? –Jordin percebeu pelo silencio que Dante estava praticamente congelado e num ato impulsivo entrelaçou suas mãos nas do garoto.

Mesmo relaxando um pouco o rapaz só conseguiu assentir e desviar o olhar. Um silencio perturbador se espalhou pela cozinha, até Laura começar a falar:

-Jordin, você e o Dan vão se atrasar para a aula querida.

A garota se virou rapidamente para a madrasta e sorriu aliviada.

-Claro! Vamos? – Jordin se voltou para o namorado que concordou com a cabeça.

-Tchau Ourren. – Dante deu um breve aceno á Marcos, que se pôs de pé e andou até a filha. –Tchau filha. –A garota abraçou o pai e antes de se soltarem o pai a instruiu. –Tome cuidado, te amo.

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