O Violeta da Madrugada

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No dia seguinte Jordin pode levantar vinte minutos mais tarde, pois seu metrô era apenas as seis e meia da manhã. A garota levantou e uma dor súbita na cabeça lhe atingiu.

-Ai!

Ela se lembrou do sonho que tivera na noite anterior. Tudo parecia tão real, a queda, a dor, a vizinha morta. Era só um pesadelo e Jordin iria esquecer de tudo até o final do dia, afinal era quinta-feira.

Jordin amava as quintas-feiras. Na quinta ela, Dan e os amigos iam no Café da Meia Noite às vinte horas onde ocorria a Quinta dos Bebedores de Café, onde todos as pessoas que frequentavam o café se reuniam para dançar, beber, conversar, tocar instrumentos musicais e cantar no caraoquê, era o dia onde qualquer briga era esquecida, o dia onde tudo se encaixava no devido lugar.

A garota se levantou, tomou um remédio para a dor de cabeça e um banho demorado, trocou de roupa e correu para o metrô.

Nathan estava esperando pela amiga na plataforma da linha cinza.

-Bom dia Marci! –Jordin saltitou até o amigo com um sorriso divertido.

-Bom dia Dindin, deixa eu adivinhar... –Nathan fez cara de suspense até que finalmente continuou. –Quinta-feira!

-Sim, quinta-feira. Dia dos Bebedores de Café ficarem acordados até as três da madrugada. –Nathan riu e o metrô chegou.

Já dentro do vagão Nathan e Jordin conversaram sobre a roupa que iam usar no café e onde iam se encontrar.

-Vestido azul de novo não Jordin. –Nathan fez cara feia.

-Ele é a melhor roupa que eu tenho Marci. –Jordin tentou argumentar, mas o amigo fez um sinal para que a garota parasse de falar.

-É a melhor, mas não é a única. Você vai com o vestido preto tipo ciganinha e vai calçar aquele coturno horroroso seu, não ouse sentir frio hoje de noite Jordin Françoise Adolffus. – Nathan não aguentava mais ver a amiga usando o vestido azul, a garota ia no café com ele, no Pub, no shopping e na feira com aquele vestido. Hoje era o dia do basta.

-Ás vezes eu me pergunto porque eu não ouço o Dan quando ele fala sobre você. –Jordin sussurrou torcendo para que Nathan não a ouvisse.

- Porque eu sou lindo, bem humorado, inteligente e sou a melhor pessoa que você vai conhecer na vida queridinha. –O garoto piscou para a amiga, que sorriu de felicidade por aquilo ser verdade.

-Eu já disse que amo você Marci? – Jordin encostou a cabeça no ombro do amigo.

-Já, muitas vezes por falar nisso. –Nathan sorriu de volta para Jordin. –Agora parou de melação porque eu odeio esse papo de sentimentos e mundinho cor de rosa. –Jordin estreitou os olhos para Nathan. –Tá bom, de rosa eu gosto. –Disse revirando os olhos. –Satisfeita?

-Sim.

Assim que chegou no colégio Jordin começou a procurar Dan, afinal ele tinha a feito esperar horas e nem tinha respondido suas mensagens. O dia passou e Jordin não encontrou o namorado em lugar algum, perguntou a alguns amigos do garoto, mas nenhum soube falar onde ele estava.

Eram cinco da tarde quando Jordin resolveu se arrumar, ainda não tinha notícias de Dante, mas iria no Café da Meia Noite com ou sem ele. Tomou um banho demorado e se vestiu com o que Nathan a havia mandado vestir, trançou o cabelo de um jeito bagunçado e deu um retoque básico: pó, rímel e um batom escuro. Quando saia de casa a garota esbarrou com o primo.

Grito InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora