Um Irmão Em Minha Vida

Prólogo

Ah, Sophia...

Doce, doce Sophia...

Um amor de pessoa...

Sophia é uma mulher madura, que não foge de nada, que não escondeu nada por dezeseis anos.

Er... De que Sophia estamos falando mesmo?

Bem, quase dezessete anos se passaram desde que Sophia, fugiu. E, justo agora que Amélia havia acabado de superar que sua mãe a abandonou, essa mulher resolve voltar.

Parada na frente de sua mãe, está uma Amélia mais perdida que cego em tiroteio, sem entender nada do que está acontecendo.

— Oi, filha...

Pera, pera, pera. Vou explicar isso melhor, por que começar a história a partir desse ponto não vai dar certo.

Bem, em uma linda manhã, Amélia acorda, dá um beijo na bochecha do Maravilhoso Adormecido, vulgo, Thomas Unchoa, SEU marido. É tão estranho falar isso: marido da Amélia. Mas a gente se acostuma. Continuando... Deu um beijo nele e correu pro banheiro.

Saiu de lá vestida com uma camiseta de manga comprida, uma calça boca de sino e sua marca registrada: saltos agulha.

— Amor, me leva lá na empresa? Preciso resolver uma coisa com meu pai.

Pra quem não lembra, Amélia no volante é quase como o Vin Diesel do filme. E com medo de levar mais uma multa, ela pede carona quase sempre.

— Beleza, eu levo. Vou só tomar banho, tá?

— Tá. Enquanto isso eu preparo o café da manhã. - lê-se "mando prepararem o café da manhã".

Quando Thomas e Amélia se casaram, eles mudaram de casa, por que morar de baixo do mesmo teto que o pai e o marido não seria nada bom pra paciência de Amélia, então os dois compraram uma casa em um bairro chique (Thomas queria em outro lugar, mas Amélia não ia abandonar o precioso luxo dela).

Nossa maluca preferida desce as escadas de dois em dois. Sim, ela fez isso. Não é a idade (vinte anos, tá velha a coitadinha) e nem os saltos agulha que vão a impedir de descer aquela escada. Mas também não vão a impedir de levar um belo tombo no final.

- Ai! — resmunga, levantando do chão, tirando o salto quebrado e limpando a poeira invisível que só ela sabe (acha) que tem alí.

Entra na cozinha e fala pra Janettte:

— Jane, café!

- Sim senhora! - E bateu continência, pelo menos Jane já havia aprendido a lidar com nossa General.

***
Quando Amélia finalmente colocou o pé na empresa e subiu o elevador (ainda receosa de encontrar uma Priscila ali) ela notou que algo daria errado.

E então quando ela parou na frente da porta do escritório de Sr. Gostosão Jonathan ela notou os gritos.

- Como tu ousa vir ver ela só depois de ter 17 anos?! - Amélia tinha a quem puxar, não é mesmo caros leitores?

- Eu tive meus motivos! - Se defendeu a amada (lê-se detestável) Sophia.

- E que motivos são esses tão o
importantes a ponto de largar SUA FILHA DE TRÊS ANOS E IR PRA FESTAS?!

Contra fatos não há argumentos, bebê, engole essa!

- Eu estava...

- NÃO IMPORTA O QUE TU TAVA OU DEIXOU DE ESTAR!! TU É A MÃE DELA!!

Então com isso, Amélia invadiu a sala interrompendo a tal discussão.

- Espera aí! - Soltou, abismada - Mãe?!