O amor do rei

I

A luz é tão clara que ofusca meus olhos, as fissuras de meu corpo doem a medida que a luz as toca.

Jhon esta apreensivo e me observa, noto em seu rosto o sangue escorrendo. Relm está sentado em cima de uma cabeça de orc cantarolando.

Não vejo Julian minha visão está turva e não consigo olhar nada, apenas sinto Jhon me colocando ao chão.

E ali permaneci por algum tempo, a guerra ter acabado era uma dádiva. Algo um tanto que a meu ver era impossível, mas que com o fim o que me esperaria.

Levanto-me devagar e meus olhos se acentuam a claridade, Relm vem ao meu encontro feliz. E me diz.

—Acabou Serafine. Aquilo soa como música aos neus ouvidos, mas Elron me preocupava o que eu poderia fazer era tentar salva-lo e me salvar.

—Pode ter acabado, mas e a mim. Falei quase chorando, Julian me ajuda a levantar e caminhamos em meio aos sobreviventes.

Sento em uma pequena carroça de madeira e ali fiquei, um belo elfo de olhos negros e cabelos loiros da as ordens ao pequeno cavalo para puxar, estou indo bora de tudo o que mais desejo e que Elron esteja bem e que eu possa salva-lo.

Não falo nada e seguimos por um caminho sinuoso e complexo, o tempo parecia agradável e todos felizes menos eu, o motivo todos sabiam.

O caminho era tortuoso e demorado ja estávamos chegando ao reino de Pandora, ali os anões iriam voltar as suas casas e os elfos seguiriam a Alfineia onde iria ter um banquete e muita música para comemorar. Acabei dormindo mais da metade do caminho o cansaço me deixava zonza e se pudesse eu passaria o dia dormindo.

Sonhei com Caius e Gideon os dois estavam sentados perto de uma caverna azul, suas bordas eram cravejadas de cristal puro e eles pareciam felizes com aquilo. Caius vem ao meu encontro e me abraça dizendo.

—Eu sabia que você era mais que os olhos podiam ver, seu destemor e a sua paciência tornaram tudo possível.

Gideon olhava de canto e me deu uma piscada com o olho direito, aquelas palavras de Caius me comoveram, eu tinha provado a todos que era capaz e agora a felicidade poderia reinar entre os reinos e levar a terra media a uma nova era de paz.

—Acho que te devo um abraço. Falou Gideon vindo ate mim e me abraçando. —Acho que você precisa saber, existe um único meio de salvar Elron não pelo sangue como sabe. Mas uma lenda antiga conta sobre as aguas da vida, somente a deusa Ravena as possui e necessário ir ao reino perdido e achar a passagem pelo vácuo e chegar ao tempo dos deuses. Afirma Gideon.

Aquilo me faz pensar e realmente era a melhor maneira de salvar Elron, poderia pedir a Maresia para ir comigo se desejasse e Julian.

Acordo e estamos chegando a Alfineia vários elfos nos aguardam nos portões do reino, vestidos elegantemente alguns com vestes brancas outros douradas, a música entoava por todos os locais. A cidade estado de Alfineia estava decorada com pétalas de rosas brancas e vermelhas pelas ruas, observei mais adiante e vi Elron em pé do lado de um elfo de cabelos vermelhos, seus olhos cansados era a prova de que ele não estava bem, meu coração acelera de ve-lo ali.

Ele sorri para mim e me sinto corada a medida que a carroça chega mais perto desco e caminho até ele, nos olhamos olho no olho e ele me diz.

—Finalmente você voltou meu amor eu lhe amo e sempre amarei. Agora podemos trilhar nosso caminho juntos.

Meus olhos se enchem de lágrimas e um sentimento de satisfação me invade, acabo me aproximando mais e mais dele, nossos lábios estão tão próximos que nos beijamos ali mesmo no meio do povo, que para tudo o que fazem e nos aplaudem.

Aprovavam nosso relacionamento e eu sabia que eram um bom povo, não julgavam as pessoas e foram eles que me acolheram quando ainda pequena.

—Vamos temos muito que conversar. Contou Elron me pegando pela mão, o acompanho até chegar ao salão do reino, la dentro a música estava maravilhosa, suas paredes douradas e o centro com um enorme candelabro de diamante davam um ar de elegância ao local, Elron me tira para dançar e dançamos por muito tempo a medida que a música roda.

Quando ela para,nos paramos também Elron se coloca a minha frente e fica de joelhos, ao nosso redor as pessoas abrem espaço e do bolso de sua túnica vermelha ele retira uma pequena caixa prateada a abre e dentro jazia uma anel tão dourado quanto o sol com um diamante.
Me observa e diz.

—Aceita viver eternamente comigo, ate que chegue ao fim de nosso tempo?