Alfonso – Já passo lá. – Ela assentiu e foi para a sala. Ele trocou de roupa rápido e foi encontra-la. Pra variar ela via "Criminal minds", um seriado que gostava. – Oi Lili. – Sentou e ela pausou o DVD. – O que houve?
Alice – É que... Eu sei que a gente errou e que estamos de castigo, ma...
Alfonso interrompeu – Não poderia estar vendo isso. Sabe né? – Apontou a caixa do DVD.
Alice – Sei! Mas eu não resisti. – Fez bico e ele sorriu de canto.
Alfonso – Ok, continua. – Esperou.
Alice – É que a Ni tá muito triste, pai! Por favor, deixa só ela tentar ligar pro Rafa! Só devolve o celular por um dia, eu tenho certeza que ela vai conseguir falar com ele! Ás vezes ele está ligando também!
Alfonso suspirou – Alice, eu n...
Alice – Pai, por favor! Eu deixo você ficar com o meu até mais dias, aumenta meu castigo, quer o DVD? Eu pego e te entrego, só dá uma chance pra ela!
Alfonso – Não sei.
Alice – Por favor? Ele é legal. E ama ela. – Ela viu a cara dele. – Eu sei que sente ciúmes, mas.. – Levantou os ombros. – Quer que ela fique assim até quando? Nem vim ver comigo ela quis.
Alfonso suspirou – Tudo bem. Eu vou conversar com ela. – A filha sorriu. – Conversar!
Alice – Conversar! – Imitou. – Entendi.
Alfonso riu – Pestinha. – A abraçou.
Alice – Te amo.
Alfonso – Eu também te amo, princesinha. Depois quero ver esse DVD com você. – Beijou sua cabeça. – Onde a Ni está?
Alice – No quarto dela trancada, pra variar.
Alfonso – Vou tentar animá-la.
Alice – Boa sorte. – Sorriu e voltou a deitar no sofá. Ele seguiu pelo corredor, pegou o celular de Nicole no armário e foi até o quarto da filha mais velha, batendo na porta.
Nicole deitada na cama – Alice eu não quero ver nada!
Alfonso – Posso entrar? – Ela sentou e assentiu. – Vim conversar com você. – Sentou na cama.
Nicole – Eu queria não conversar agora.
Alfonso – Eu sei. Mas é importante. – Ela ficou quieta, esperando. – Dói te ver assim, meu amor. – Pegou a mão dela. – Eu sei que no fundo não quis o mal de ninguém, machucar ninguém.
Nicole – Não importa mais.
Alfonso – Tudo que te faz ficar com essa carinha importa. – Enxugou a lágrima dela.
Nicole – O motivo de eu estar assim é o motivo que você fica feliz. Eu sem namorado.
Alfonso negou – Me custa entender que vocês cresceram e sim, eu quero você sem namorado. – Ela assentiu, prendendo as lágrimas. – Mas... – Tirou o celular do bolso e a entregou.
Nicole surpresa – Eu... Por quê?
Alfonso – Porque eu sou um besta que obedece tudo que tua mãe quer.
Nicole sorriu – Ela quem pediu?
Alfonso – Sua irmã fez boa parte do trabalho. – Piscou.
Nicole – Obrigada. – Se jogou o abraçando, escondendo o rosto em seu pescoço.
Alfonso – Não me esconda as coisas. – Beijou a cabeça dela a apertando em seus braços. – Nunca, ok?
Nicole – Tive medo de me proibir.
Alfonso acariciando seus cabelos – A ideia me passou pela cabeça. – Ela o olhou. – Espero estar fazendo a coisa certa.
Nicole – Eu prometo que vai gostar muito dele, papai! Ele sempre quis falar com vocês, desde o começo. Só... – Abaixou a cabeça. – Espero que ele me atenda.
Alfonso – Se ele não atender vai ser o maior imbecil. – Levantou o rosto dela. – Você errou, mas merece que ele te escute. Promete pra mim que vai voltar a comer bem e tirar essa carinha? – Alisou a bochecha dela com as costas dos dedos.
Nicole – Prometo. – Sorriu. – Obrigada.
Alfonso – Eu amo você e só quero teu bem. – Beijou sua testa e ela fechou os olhos.
Nicole – Eu também amo você. – Ele apertou seu nariz.
Alfonso – Então, vai esperar o que pra ligar?
Nicole – É... Você sair? – Falou tímida e apontou para porta.
Alfonso indignado – Além de tudo eu tenho que sair?
Nicole – Pai! – Bateu a mão na testa.
Alfonso – Eu preciso ver se ele te trata como você merece! Se não, nada feito! Trato de mandar ele passear por você! Tem que te tratar como a princesa que você é.
Nicole – Pai. – Carinhosa, acariciou a mão dele. – Eu quem errei, ele sempre me tratou bem. Ok? – Alfonso entortou a boca, em contrariedade. – Eu só... Quero privacidade. Tá?
Alfonso – Não sei se estou pronto pra isso.
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Especial Never Gonna Be Alone
FanfictionDizem que os pais querem sempre manter os filhos perto, no alcance de seus olhos, onde seus braços possam protegê-los e impeçam que a vida lhe deem rasteiras inesperadas. O que fazer, então, quando esses filhos crescem e começam a ter seus próprios...