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O que seria de um livro sem uma música foda e de linha ao fundo?! Acabando com grande estilo e começando com tudo em cima.

Boa leitura e ate a próxima.

~•~

-Ravenna! Você esta grávida...-ela diz ofegante.

Paraliso, me viro lentamente em sua direção e lhe olho, em completo choque.

Ela percebe que estou lhe ouvindo, ou é pelo menos é o que acha.

-Pelas contas, aqui no teste, você já faz um mês amanhã...-ela levanta o papel, totalmente assustada assim como eu.

Lhe olho em choque, do nada tudo desliga, não sinto nem o chão em meu corpo, apago.

Acordo um pouco tonta, olho em volta e vejo que estou na enfermaria.

-Nem que eu tenha que te amarrar nessa cama, você não sai daqui até que Lyra diga que você esta bem.-ouço a voz suave de Cou.

-O que... O que aconteceu?-sussurro sentindo minha cabeça latejar.

-Sua pressão caiu, você desmaiou.-ela diz parecendo aflita.

E como em um filme de terror, tudo que aconteceu antes do desmaio vem com tudo pra minha cabeça.

Sinto meu centro gravitacional rodar.

-Ei...-Cou segura minha mão assim que me vê tonta.

Olho para Lyra, estou assustada, isso não pode ser verdade, isso é loucura.

-Ele não sabe...-sussurra sem sair som nos lábios, só eu vejo.

Respiro um pouco mais aliviada.

Eu estou grávida... Eu... Eu não posso estar grávida...

-Eu... Não...-sussurro trêmula, a temperatura do quarto cai, sinto minhas mãos geladas.

Uma fúria fora do comum me toma, uma mistura de desespero e de raiva.

Tudo esta vindo de uma vez, o medo pela vida de Pietro, Scott terminar nosso relacionamento, o acampamento em guerra com a sede, pessoas misteriosas querendo nos matar a todo custo.

-Cou... Sai do quarto.-rosno sentindo minha garganta queimar.

-Claro que não, você enlouqueceu?-pergunta revoltado.

-Lyra...-digo lhe olhando.

Ela entende o recado.

-Cou... Agora...-ela lhe afasta para fora do quarto.

Ela fecha a porta atrás de si.

Sinto meu peito inchar, minha garganta queima, meu ar parece ácido.

Ouço meu grito agudo explodir pelo quarto, uma onda fria congela em gelo puro todo o quarto, coisas de vidro ou de plástico seco se quebram com a violência na queda de temperatura.

Minhas mãos trancadas e geladas apertam minhas coxas, me inclino para baixo e aperto os olhos, os vidros das janelas estouram com o frio cortante.

Controlo minha respiração, essa explosão me deixou um pouco mais leve, menos carregada.

Deus... Mãe... Eu? Co... Como pode?

Eu não sou mãe, eu não sei ser nem humana, quanto mais mãe...

Meu Deus... Scott... O que... O que ele vai fazer? Ele vai saber?

Ele é o pai. Mas ele é ele, ele não é pai, ele não nasceu e nem parece ser capaz de ser pai... Ele vai aceitar?

Eu nasci para ser Bworny {2°} ·Hiatos·Onde histórias criam vida. Descubra agora