Kimberly nunca foi de fato uma pessoa agressiva, ao contrário, suas qualidades eram tão puras que fazia inveja à todos ao seu redor. Vivia junto de uma família desequilibrada e traiçoeira, que não faziam questão de esconder isso, por isso tratavam tão mal a Kimberly, que se recusava à ficar do lado de seus parêntes quando algo não saia como planejado — Como algum dos familiares era pego na verdade.
Mas dessa vez toda a implicância que sua familia mostrava em respeito à ela foi enfim, como resultado, a fuga da Kimberly que após ser espancada pelo pai bêbado não aguentou à tal humilhação, e resolveu fugir. Não como nas outras vezes que sempre era pega e sua familia psicopata, matava o seus ajudantes na fuga, não dessa vez. Agora vai ser diferente. Pensava ela.
— O que vai querer senhorita? — um rapaz loiro e sorriso contagiante à perguntou.
Aquela pergunta lhe fez ter várias repostas diferentes, entre elas, a liberdade de poder escolher, não ser um psicopata, um serial killer, ou até mesmo um traficante, que eram as únicas "profissões" que seus pais aceitariam de bom agrado e orgulho.
— Um café. — respondeu ela cabisbaixa. — E uma vida nova. — completou ela por fim, sem notar que ele continuava alí.
Ele à olhou com os olhos verdes intensos e sorriu com sinceridade.
— Eu também. — respondeu ele. — Mas não acho que à encontre em uma cafeteria.
Kimbelly, levantou seu rosto lentamente e o encarou com os olhos inchados de tanto chorar e, na primeira vez do dia, ela realmente conseguiu sorrir. E aquele gesto encheu o coração do rapaz, que passou o expediente à observando chorar silênciosamente à tarde inteira.
— Desculpe. — pediu ela. Se endireitando na cadeira. — Não notei você aí. — disse ela erguendo à mão. — Prazer, sou kimbelly Everdenn.
O rapaz ficou olhando um pouco confuso para a mão da garota, não era todo dia que um cliente cumprimentava um simples funcionário, em uma cidade tão corrida como recife.
A garota continuou com à mão erguida, mesmo que estivesse passado um tempo duradouro para um simples gesto, como o apertar das mãos, mas ela continuou. Deve ser tímido. Pensou ela. E de alguma maneira o entendia, seus melhores amigos sempre foram os livros velhos e rasgados que escondera debaixo da cama por medo da família descobri-los.
— Perdão… — Se apressou à dizer se dando conta do tempo passado. — Prazer, eu sou Pedro Mellarck. — disse depois de tê-la cumprimentando.
Ela sorriu com sinceridade e Pedro logo se perdeu em pensamentos, Por que ela estava chorando? Por que está aqui? Por que café?
— Acho que aquela mesa está te chamando. — Disse ela com um sorriso.
Ele olhou à direção à qual ela apontava e viu um casal com raiva.
— Eu quero falar com os gerentes! — gritavam eles, apressados para entregar um relatório urgente. — Estamos à meia hora aqui! — continuaram eles, sem ligar com a mentira que acabará de contar, em relação às horas.
Pedro se despediu de Kimberly e saiu apressado sem querer se esbarrando em uma das mesas que não tinha visto à sua frente, escultou um risadinha de Kimberly e sentiu seu rosto corar em vergonha. Ele não queria nunca mais vê-la, pelo seu mico. Na verdade ele queria enfiar à sua cabeça no chão.
Mas ela por outro lado se encantou pelo rapaz, ele foi o único que à fez sorrir naquele fatídico dia. Teria palavras melhores para definir seus sentimentos em relação àquele dia que não fosse, Tristeza?
E em questão de segundos ela não conseguiu se conter e repassou todos os acontecimentos do seu triste dia.
Kimberly estava triste, e então resolveu ir até à biblioteca pública, que para ela, era uma verdadeira casa, a bibliotecária, Gigi, como Kimberly à chamava, já estava acostumada, às visitas diárias de Kimberly e havia separado vários livros à entretendo à manhã toda, quando ela se deu conta da hora se apressou-se para chegar em casa. Chegando lá encontrara seu pai bêbado, e agressivo. Kimberlly ficou muito assustada.
— Papai, o quê aconteceu? — perguntava ela tentando reerguer o pai do chão. — Papai, tem que parar com isso.
Seu pai à olhou com raiva e lhe deu um tapa no rosto, o Sr. Bernado estava cego de raiva pelas pessoas alheias e queria descontar em alguém, e se esse alguém é a sua filha, que seja. Pensava ele.
— Papai, se acalme.
— Cala boca! — gritou ele e começou a chutar a barriga de sua filha.Enquanto apanhava e a dor tomava conta de sí ela apenas chorava, lágrimas de tristeza, e não de dor, de desgosto. Ele era o único que, ainda, se importava com ela, que mesmo com tantas diferenças, à via como filha. E agora estava batendo nela, e à ofendendo. Seu pai era à única coisa que à impedia de fugir, que sentiria saudades, e que lamentava todas às vezes que fugia, e agora, estava dizendo que não se importava e não ligava para ela. Aquilo foi a gota d'agua.
Depois de seu pai se cansar, parou, e Kimberlly teve a chance de fugir, dessa vez sem ajudantes, dessa vez era definitivo, correu escondida até o quarto e pegou um pouco de dinheiro que guardava para à sua fuga. Pegou um casaco, para resistir ao frio, e fugiu, andou sem rumo por muito tempo, só parou quando encontrou a cafeteria, que lhe pareceu bastante acolhedora. E agora estava alí, pensando na sua vida.
— O café, senhorita. — Entregou Pedro ainda envergonhado.
— Kimberlly, por favor. — Disse ela pegando o café. — Sem formalidades. — ela ofereceu um sorriso. — Está um pouco envergonhado, nisso? Pois não fique.Ele olhou para ela um pouco assustado por sua abordagem e sorriu.
— Eu não estou. — Mentiu. — E para provar isso, gostaria de saber se você quer sair?
— Acabei de te conhecer! — Falou ela.
— Eu também. — concordou ele esperando resposta.Ela não queria ninguém à acompanhando, não quando à sua família psicopata mata todos seus amigos. Mas como dizer não aqueles olhinhos suplicantes?.
— Tudo bem. — disse ela se rendendo.
— Às seis?
— Às seis.O tempo passou rápido, e já era seis horas.
— Me desculpe, à demora. — disse ele se desculpando. — É que os clientes são muito exigentes.
— Não tem problema.
— E então aonde vamos?
— Sei lá, não conheço aqui muito bem.
— Se mudou recentemente?
— Náo é exatamente isso, é complicado. — disse ela por fim.
— Vamos à ponte. Lá tem um restaurante.
— Sem restaurantes. — pediu ela. — A ponte parece ser uma boa ideia.O rapaz ficou um pouco surpreso pela escolha de Kimberlly, garotas na idade dela prefeririam um restaurante à ficar olhando uma ponte sem graça. Mas ela não era uma adolescente de 16 anos qualquer. Ele já havia notado isso, ela era diferente. Quando chegou à ponte eles ficaram em silêncio. Mal sabia ele as intenções suicidas dela.
— Estou com sede. — disse ela. Ele estranhou o ato.
— Eu vou comprar água. — disse ele desconfiado.Ela olhou ele sumir de seu campo de visão e murmurou adeus sem que ele ouvisse. Se apoiou contra à ponte e se preparou para se jogar.
— Adeus! — gritou ela ai mundo antes de se jogar.
Mas quando ela menos esperou dois braços a enlaçou na cintura e puxou para o chão. ela se debateu pedindo para que pedro deixa-se ela ir, deixa-se ela morrer.
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Kimberlly e seu mundo infernal
Short StoryKimberlly e seu mundo infernal fala de pessoas que tem depressão,alucinações psicopatas e situações suicidas. que narra em terceira pessoa, o ponto de vista de algumas pessoas com problemas em se definir como ser normal à sociedade.