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Metam a musica que esta na multimedia
Ia a responder quando o Niall apareceu, fui ter com ele, peguei-lhe por um braço mas ele sacudiu-me, fui atrás dele e peguei outra vez mas ele limitou-se a murmurar um “Deixa-me” e a ir embora. Senti um aperto no peito.
Emma – Que aconteceu?
Eu – Boa pergunta. - Virei costas e comecei a andar rapidamente até chegar ao bar. Comprei um sumo de romã e de seguida fui à procura dele outra vez. Ele sabia perfeitamente que eu gostava dele, embora não fosse muito grande, era um sentimento, tão válido como qualquer outro. E eu também sabia que ele gostava de mim, aliás ele devia gostar mais de mim que eu dele. Era o que costumava acontecer quando conhecia rapazes, eu sabia que tinha algo que os atraía. Tinha um corpo bonito, com curvas bem definidas e os rapazes gostavam disso. Além disso tinha uns olhos verdes grandes e cintilantes. E o meu cabelo era loiro de pontas arruivadas, quase que parecia pintado. Sabia perfeitamente o efeito que tinha nas pessoas ao passar por elas. Avistei-o, acabei o sumo e comecei a correr para ele. Puxei-o pela manga do casaco e ele virou-se bruscamente.
Eu – O que é que se está a passar?
Niall – Nada. - Continuou e eu segui-o sempre a perguntar o que se passava. Saímos da escola e enveredámos por uma rua estreita.
Eu (gritos) – Fogo Niall, eu preciso de saber o que aconteceu!
Niall – Queres saber o que aconteceu? O que está a acontecer neste preciso momento? - Encostou-me à parede e deixei cair os livros e os cadernos no chão e engoli em seco.
Eu (murmuro) – Sim.
Niall – Estás só a brincar comigo e com os meus sentimentos! Sabes perfeitamente que gosto de ti! Sabes que estou aqui à espera de ti! Obviamente que não te amo mas preciso de saber se tu queres algo comigo ou se estás só a usar-me para esquecer o teu ex-namorado! Não posso andar por aí desamparado, preciso de saber se gostas de mim, nem que seja só um fraco! Preciso de saber se devo lutar por ti ou se devo esquecer!
#MemóriaOn#
Corri pelo hospital. Conseguia ouvir alguém a tossir ao longe e via pessoas a chorar, outras a sair dos quartos felizes. Vi uma enfermeira.
Eu – Desculpe pode dizer-me onde é o quarto 232?
Enfermeira – É já ali à direita. Vai encontrar uma grande sala de espera, pergunte se pode visitar o paciente, pode não poder.
Eu – Obrigada. - Continuei a correr e virei à direita, abri uma porta e dirigi-me à receção.
Eu – Quarto 232.
Senhor da receção – Tem 30 minutos. É a primeira porta à esquerda. - Corri até lá.
Eu – Jo! - As lágrimas vieram-me aos olhos e começaram a escorrer pela minha cara. Aquela imagem matava-me por dentro: a face estava como que deformada, o lábio rebentara-lhe e estava inchado, tinha um braço partido e respirava ofegantemente. Sentei-me numa cadeira ao seu lado e agarrei-lhe a mão. Ele acordou.
Joel – Oi.
Eu (chorando) – Desculpa, lamento a sério.
Joel (sorrindo) – Eu sempre te disse que era forte. - Soltei uma risada. - Ele começou a tossir, o “bip” da máquina tornou-se inconstante, entrei em pânico e comecei a gritar pela enfermeira. Ninguém apareceu. Saí a correr aos berros, acabou por aparecer uma mulher magrinha que veio a correr atrás de mim. Pegou nu telefone que estava em cima da secretária e disse para mandarem três pessoas para reanimação provavelmente. Assustei-me.
