1º Capítulo

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1º Capítulo

Oh boa, universidade! Londres, woooooow estudar e tirar boas notas para dár orgulho aos pais que trabalham por nós. O que ? Que estou a dizer! Festas, noites fora e não ir ás aulas, isso sim é aproveitar a vida dos 19 anos.

A minha mãe pega nas minhas malas e leva-me ao meu dormitório.

“Não desperdices esta oportunidade que eu e o teu pai te demos para a vida, filha.” –ela sorri para mim e eu sem saber o que fazer respondo com outro sorriso falso.

“A tua companheira de quarto não esta aqui, mas espero que te des bem com ela, agora vou ter de voltar para Littlehampton. Espero mesmo que aproveites Caitlin” –afff odeio quando ela me chama Caitlin! É dificil para ela entender que gosto mais que me chamem Cait! Faço força no meu punho para não tratar mal a minha mãe e a por na rua. Ela sai do quarto depois de me abraçar e se despedir chamando novamente á atenção.

Omg a melhor parte disto tudo da universidade, é que há festas todas as semanas e novas pessoas mais interessantes que em Litllehampton. Arrumo as minhas roupas nos armários e gavetas que me pertencem.

Saio do quarto á procura das casas de banho. NÃO! Que horror estas casas de banho femininas são pirosas. Vejo as raparigas todas vestidas com roupas de marca e ridículas. Uma delas olha para mim e faz uma cara de “quem é aquela”, vejo-a comentar com a amiga do lado mas apenas ignoro e entro num banheiro.

Que raio, porque não têm casas de banho mistas? Sempre era mais divertido ver os rapazes nus pela casa de banho. Deixo passar os meus pensamentos perversos e acabo o meu banho.

Embrulho o meu corpo margro numa toalha e saio da casa de banho para o quarto. Qundo chego está uma rapariga sentada no cadeirão a ler um livro que dizia Física.

“Quem és tu?” –digo pegando numa saia preta com um cadeado em volta e num top bem curto que aperta os meus seios.

“Mia, e tu deves ser a minha nova parceira de quarto.” –ela firma e fecha o grande livro que lia, devanta-se e vem até mim. Não pude deixar de reparar nas suas calças de ganga largas e a sua camisola azul clara com um casaco de lã por cima. É setembro, não esta frio que ideia é a dela?!

“Sou a Cait” –digo e quando ela estende a mão eu tento sorrir e aperto a mão dela. Woow ela é uma...como digo..é uma croma. Se não é parece mesmo, estava a ler um livro com milhoes de paginas e tem livros iguais a esse na estante.

“É o teu primeiro dia na universidade Cait?” – ela atira. Espero que ela não meta muita conversa, eu não sei se vou aguentar.

“Sim é, bem tu sabes onde posso ir buscar os horários?” –tento apenas saber o que me interessa.

“Claro, tens de ir á secretaria e dizer o teu curso” – ela responde. “Vou voltar aos meu livro, qualquer coisa diz” –ela até que foi simpática e não parece tão chata quanto eu ia prever.

Sigo o concelho que a Mia me deu e vou á secretaria buscar os meus horários. Quando mos entregam eu tento encontrar a aula que diz ‘Literatura’, porque apenas essa aula me interessa. Vejo que é uma das ultimas e não tenho como ficar chatiada, assim posso passar o dia em paz e nem tenho de acordar sedo.

Volto para o quarto e a Mia ainda esta no cadeirão.

“Olha sabes onde posso encontrar um café por aqui? Talvez até fora do espaço da universidade, não quero ter muito haver com isto de ser estudande” –pergunto-lhe rindo da minha ultima frase.

“Perto da universidade tens um café chamado ‘Escape’, ah e o ‘espaço da universidade’ chama-se campus.” –ela diz sem tirar os olhos do livro.

“Esta bem, obrigada” –digo levantando as sobrancelhas, ela não perguntou nada sobre mim, estou impressionada! Normalmente as pessoas fazem perguntas sobre o meu visual, sobre os meus pircings e sobre as minhas tatuagens nos pulsos e nas pernas. Perguntam-me o porque de não fazer tatuagens em outros sitios e porque é que eu me visto assim..tão radical. Eu apenas os mando para o caralho porque não dou esplicações para ninguém. Os meus pais apenas olhavam para mim com uma ponta de desilusão nos olhos quando eu chegava a casa cada dia com mais uma pequena tatuagem no pulso ou nas pernas.

Saio do campus e olho em redor á procura do café Escape. Por fim o vejo e entro, as paredes são vermelhas e a mobilia é preta com velas e o ambiente é muito o meu estilo mas também é agradável, parece adaptar-se a todos por isso ter tanta gente a frequenta-lo.

Sento-me num sofá ao fundo e aprecio um rapaz que não pude deixar de reparar. Os cabelos encaracolados e o livro que me era familiar.

...

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