7º Capitulo
Eles vão conversando de assuntos que não estou a par, como aquele assunto do jogo que eles fazem á noite. Mas posso ficar já a saber, basta pedir ao Zayn para me dizer. Ele está um pouco distraído na conversa com os colegas e vai passando a mão na minha perna, deixa-me louca só a forma de ele falar e passar a língua pelos lábios. Parece que está á espera que o beije! Não esperes mais então! Dou uma pequena gargalhada e apenas ele se dá conta.
“Do que te ris princesa?” –ele vira os seus olhos brilhantes para mim e interroga-me. E agora que digo!! Digo que estava a rir-me porque o quero beijar, ele até que compreendia não é.
“Nada, nada. Olha podes dizer-me uma coisa?” –eu disfarço e aproveito a onda para perguntar o que me interessa. Mas como vou fazer a pergunta!!
“Claro diz amor.” –ele diz e eu fico paralisada com a ultima palavra a ser largada pelos lábios carnudos dele. Amor!! Mas nós não vamos ter nada definitivamente.
“Ãhh...podes-me dizer que jogo é aquele que vocês fazem todos os dias á noite aqui?” –eu tento ser direta ao que quero chegar.
“Bem, é o Verdade ou Consequência.” –ele responde com insignificância. Mas que raio, verdade ou consequência?! Mas eles são uns adolescentes com hormonas aos saltos!? Juro, ás vezes custa-me pensar como eles por mais que tente!
“Obrigada.” –eu digo confusa.
“Que cara foi essa?” –ele pergunta olhando-me nos olhos. Ele parece saber o que acho, mas sei que não. Ele não é capaz de ler a minha mente. Ninguém o é!
“Acho estranho vocês jogarem a isso! Vocês não têm propriamente quinze anos.” –eu respondo simples.
“Só o fazemos por diversão, vais ver que gostas.” –ele diz com um riso interior e passa a mão no meu queixo e aproximando-se para tentar dar um xoxo, eu êxito e ele pega na bebida dele.
Ele pode estar a pensar mil e uma coisas por eu ter excitado mas não ficava de consciência livre se o beijasse em frente ao Harry. Ele entrou no momento em que o Zayn passava a sua mão em mim, a imagem do Zayn á minha frente e o Harry mesmo por detrás dele. Queria fazer com que o Harry parece de entrar na minha mente. É constate, tão presente em mim. Sinto-o na minha pele mesmo sem ele alguma vez me ter tocado. Quero estar ali a ter uma conversa com ele mas sei que o meu subconsciente é tão poderoso que me faz estar aqui. A minha mente é fraca e os meus pensamentos são os grandes vencedores.
“Olha o Harry!” –a Mia diz. O Niall revira os olhos e eu dou um riso interior.
“Deixa lá Mia.” –o Zayn diz e sorri para ela. Coitados, mas....o que eles têm contra ele?! Não percebo.
Levanto-me involuntariamente e passo pelo Harry, o sentimento de que ele me está a tocar aparece e eu sinto-me estranha. Saio do Escape e para mesmo ao lado.
Porque saí lá de dentro?! Tenho a sensação de que me feriram por causa de não quererem estar com o Harry. Ele não é má pessoa e eles.....a verdade é que o conhecem melhor! Mas ás vezes estão com ele. Talvez por causa da Mia ter aquela atração por ele.
Vou ver uma lojas da avenida e acabo por comprar certas roupas que nunca esperei comprar.
O relógio dizia 16:10, estava na hora da aula de Literatura, e talvez do Harry! Essa imagem dá-me arrepios e uma grande vontade de estar dentro daquela sala. O meu passo começou a ser apressado e estava prestes a chegar ao campus. O corredor está vazio! Será que a aula já começou?! Odeio chegar atrasada. Não gosto dessa ideia de dar nas vistas.
Entrei e olhei para a professora.
“Pode entrar menina.” –a professora diz com ar simpático.
“Obrigada.” –eu entro pela sala com uns 500 alunos a olhar para mim enquanto subia para as cadeiras quase vazias lá de cima.
“Atrasada a menina?” –o Harry fala baixo.
“O que tens a ver com isso Harry.” –digo seria, mas não tinha intenção. Saiu.
“Calma, só estava a brincar. Mas tu não te importas.” –ele diz.
“Vamos continuar a avaliar Romeu e Julieta!” –a professora avisa e todos abrem os livros.
“Estou entusiasmado com esta obra.” –o Harry diz, sinto ele a olhar para mim.
“É......” –sou interrompida.
“......perfeita.” –ele completa-me. Ele sabe....sabe o que penso.
“Sim, é isso.” –eu fico a olhar para ele. Ele é atento e sabe quase sempre o que dizer. Não faço a mínima do que ele pensa, mas ele parece saber sempre o que quero, o que penso. Parece ser a minha mente, mas se assim fosse ele era o fraco. Não o vejo assim.
“No final da aula vem comigo.” –ela quase ordena, mas eu sei que quero ir. Porque não.
“Está bem.” –eu respondo e ele mete a mão no meu pulso e dá festinhas. Estou a senti-lo, este sentimento não me é estranho.....é igual aos meus pensamentos, estou sempre a senti-lo. É sempre isto que sinto.