Capitulo um

159 4 0
                                    







Prazer, eu sou a Madison, Mad, como preferir, eu tenho 15 anos e vivo em Stratford Canadá, essa é a história de como eu morri. Calma, isso não é o fim de tudo, talvez você entenda isso logo, logo.

Era inicio de março, o inverno estava presente ainda, mas como uma boa cidadã canadense isso não me abalava muito. Levantei as pressas como sempre, colocando todo material que eu havia deixado jogado no chão do quarto dentro da mochila, inclusive pouco me importando em não amassar o trabalho de história. Escovei os dentes enquanto calçava as botas, praticamente tropeçando em meu próprio pé, terminei de me vestir e desci as escadas dando de cara com meu irmão Noah, ele era o irmão mais chato do mundo, se ele tivesse uma pequena brecha para me ferrar pros nossos pais ele faria, apenas revirei os olhos tentando me desviar dele

- ei, vai com calma ai sua anã – Noah me dizia entre risadas – ta atrasada de novo Mad? Vou contar pro papai que você perdeu o ônibus outra vez

- vai pro inferno moleque! – sai batendo a porta logo em seguida

Ele tinha o prazer de me estressar logo cedo, eu não acredito que eu tenho que tolerar ser ameaçada pelo meu irmão mais novo, pode falar ai, quantas pedras eu joguei na cruz pra ter que aguentar isso? Fora meu irmão e ser a menina mais ignorada daquela Bosta's School, minha vida era aceitável até.

Fui caminhando até a escola, olha não vou mentir que muita das vezes perdia o ônibus de propósito, eu estou no segundo ano do colegial, qual é? Ter que ir no ônibus junto com toda aquela molecada que não ficava quieta um segundo, fora que nem era tão longe assim, meus país é que são protetores demais.

-x-

Como inglês é besta, eu domino essa matéria, se eu quiser entrar na sala, dormir e só acordar para ir para a próxima aula, eu posso, sem querer me gabar, mas quem tem a proeza de se dar mal na sua própria língua? – Coloquei meu cotovelo apoiado na mesa e a mão segurando o queixo enquanto observava a professora falar, abaixei por fim minha cabeça pro caderno e escrevi:

Porque a minha vida é uma droga

1-       Meu irmão é chato

2-       Gosto do Henry e ele nem nota que eu existo

3-       Não tenho amigos de verdade (não vale aqueles que viram meus "amigos" por interesse, por querer saber respostas de prova etc)

4-       Eu sou a nerd esquisita ok, não sou tão esquisita assim

5-       Fui rejeitada para ser uma lider de torcida desde o primeiro ano por ser baixa demais

6-       NENHUM GAROTO ME OLHA

7-       Já fui motivo de risada no começo do último verão (acho que esqueceram, afinal ninguém nunca mais me olhou rindo).

Eu parei de escrever e comecei a pensar, por que eu ainda insisto em tudo? Insisto em agradar o pessoal que me zomba, só para ver se eles mudam o tratamento comigo...

- Espero que suas anotações sejam sobre a aula Madison, não quero ter que pega-las e dividir com o restante da turma – a professora me olhava com jeito desafiador – guarde e olhe para frente.

Porra! Eu já sei essa matéria de trás pra frente, eu sou ignorada pela turma já, o que custa os professores ignorarem também?

Bateu o sinal e todos saíram as pressas para a próxima aula, e eu como vocês devem imaginar, a última a começar a arrumar o material, enquanto ajeitava tudo, um garoto que eu nunca vi mais lindo, quer dizer, nunca vi na minha vida, apareceu na porta chamando a professora, ele tinha uma expressão de perdido, eu até pensei na possibilidade de perguntar se ele precisava de ajuda, mas eu não estou afim de ele pensar que sou louca, ou perceber que sou estranha, e o pior de tudo, ele descobrir depois através daqueles idiotas, tudo o que me fazem aqui.

Sentei na mesma mesa de sempre e abri meu caderno, o mesmo menino estava na porta, cheguei a pensar que ele estava me seguindo, mas seria muito iludido da minha parte pensar que um garoto daquele tipo ia olhar pra mim, eu evitava olhar mas sabe quando isso é mais forte que você? Eu não conseguia não olhar aqueles olhos castanhos cor de mel e aquele cabelo castanho claro jogado no olho, ele era uma gracinha, mas eu tinha que tirar isso da cabeça, ninguém nunca olha pra mim, nem amigos eu tenho, quem dirá um "admirador". Não demorou muito para que o menino entrasse na sala e se sentasse na ultima cadeira da fileira do canto, completamente longe de mim af! Eu fiquei a aula inteira fingindo que caia meus materiais, so pra eu ter que abaixar pra pegar e aproveitar e dar uma olhadinha pro menino novo, eu tava me sentindo uma idiota, até porque ele já tinha começado de papo com os idiotas da turma, agora já era, o dia que ele vier falar comigo agora, vai ser para pedir respostas de algum exercício.

Fiquei meio chateada com isso, não vou mentir. Deu a hora do intervalo, peguei minha mochila e sai da sala pela primeira vez, na frente de todo mundo, sim um milagre. Sentei em uma mesa na parte descoberta do pátio e fiquei lá comendo meu lanche de presunto e queijo. Abri minha mochila no intuito de me decepcionar com minha organização, mas eu me impressionei, eu deixei meu trabalho de história dobrado bonitinho na aba do meu caderno, estava mordendo meu lanche feliz da vida por não ter que refazer meu fodendo trabalho e senti a presença de alguém atrás de mim, por reflexo virei com tudo deixando cair do meu colo minha mochila.











Ps: Gente eu sou horrível em edição, minha capa ficou uma droga, em breve tentarei mudar. <3

fame price - Justin BieberOnde histórias criam vida. Descubra agora