Capitulo 4

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- Vou pro quarto - foi a primeira coisa que falei quando coloquei os pés dentro de casa. Conheço minha mãe, se eu der uma brecha ela vem com interrogatório.

- A gente precisa conversar antes mocinha - ela ficou parada na beirada da escada olhando pra cima e cruzando os braços.

Legal. Agora vou ser interrogada como uma criminosa, só porque nunca apresentei Justin ou qualquer outro amigo para minha mãe, certamente ela vai vir com seus discursos dramáticos, minha cabeça estava explodindo, o nervoso e verdadeiro micão que passei hoje me ajudaram muito nisso.

- Tudo bem - falei enquanto descia as escadas com cara de despreocupada. Quem sabe assim ela desistia de pegar no meu pé.

- Por que nunca falou de seus amigos para mim? Você tem vergonha de mim Mad, é isso? - não falei. Revirei os olhos bufando e ela franziu a testa.

- Eu achei que não fosse necessário, hoje você o conheceu, não tá bom? - dei de ombros o que fez ela ficar com uma cara nada boa. Sinceramente, tanta coisa para se preocupar, como o jantar pois já estou varada de fome, e ela quer me repreender por algo completamente sem nexo?

- Eu vou falar mais nada - devo agradecer? pensei comigo mesma

- Vou poder ir no show de talentos que ele me convidou? - tentei soar indiferente mas falhei, demonstrando total entusiasmo na minha voz

- Se vire com seu pai. - Respondeu secamente indo para a cozinha me deixando plantada na escada. Revirei os olhos e subi novamente para o meu quarto.

Minha cama. Sorri ao vê-la e me joguei nela. Preciso pensar em como pedir para o meu pai, certamente tenho que inventar a desculpa mais convincente desse mundo. Suspirei ao lembrar da cena de hoje. Bieber de olhos fechados cantando a música do meu ídolo. Que voz. Chacoalhei a cabeça tentando me livrar desses pensamentos, ia dar merda.

- me recuso - sussurrei para mim - que voz linda - coloquei a mão no peito e sorri como se um cupido tivesse acertado a flecha em mim - eu vou fazer de tudo para ir nesse show de talentos. Estou decidida - suspirei, virei para o outro lado e fechei os olhos

-:-

- Filha? - meu pai acariciava meu cabelo no intuito de eu acordar. Pensei até em fingir que ainda dormia só para ele não parar. Eu amo cafuné.

- Que horas são? - eu dizia ainda de olhos fechados

- hora da janta - eu abri os olhos como se tivessem trocado minha pilha - só falar em comida você acordar né sem vergonha? - ele ria e eu percebi que era a hora perfeita de pedir pra ele.

- Pai - o chamei antes que ele cruzasse a porta - você é lindo, tirei 9,5 em geografia e...

- desembucha, o que vai me pedir? - ele arqueou a sobrancelha. Direto ao ponto do jeito que gosto

- Eu tenho um amigo

- Sua mãe me falou que encontrou um amigo seu que canta naquele teatro lá, prossiga - ele tentava parecer paciente mas percebia que não estava

- Ele vai participar de um show de talentos e me convidou para assisti-lo, eu posso ir? - disse o mais rápido possível e rezando para não levar um belo "não".

- Eu não sei. Não conheço esse menino

- A mamãe o conheceu

- Não sou sua mãe - ele deu de ombros e eu queria jogar um prato no chão que nem faziam em filmes quando o personagem fica muito estressado e começa a quebrar tudo

- beleza - foi a única coisa que preste que saiu da minha boca - eu já vou descer - virei para o lado oposto da porta e fiquei lá até ele sair do quarto.

fame price - Justin BieberOnde histórias criam vida. Descubra agora