Capítulo 15

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  Às vezes eu paro e penso na vida. Paro e penso como a vida é engraçada.
Logo quando a gente se apaixona pela primeira vez, a gente sempre pensa que vai durar pra sempre. Que a pessoa vai ser única, que não existiria mais vida sem ela. Que você nunca vai achar alguém que te complete tão bem quanto essa tal pessoa. Ninguém que te faça sentir como ela faz.
Mas aí o tempo passa. As circunstâncias separam vocês, e você pensa que seu mundo vai acabar. Você pensa que vai ser infeliz pra sempre, que todo mundo te odeia e fica se perguntando "O QUE EU FIZ?" Bom, talvez você não tenha feito nada. Só não era pra ser.
Não que eu seja uma pessoa muito experiente no assunto, mas eu já passei por isso, e eu tenho um recado importante pra te dar: vai passar. O tempo cura. Novos ventos chegam e você vai ser feliz de novo.
Porém esse não é o foco do texto.
Depois disso, depois da primeira, segunda, terceira decepção a gente começa a se questionar sobre a existência do amor. Mas uma vez me falaram uma frase, e ela fez muito sentido.
O amor é pros distraídos.
O amor é aquele bichinho birrento que quando mais você querer ele, mais ainda ele vai se esconder. Mas quando você deixar as coisas acontecerem, ele vai aparecer.
Menina, o amor é do contra.
Ele aparece quando você vira uma esquina errada, quando você esbarra numa pessoa sem querer, quando você segura a porta do elevador pra um desconhecido. O amor não gosta de ser procurado.
Então se você tá pensando "qual é o meu problema?" "Porque eu não tenho ninguém?"
A resposta é a mais clara possível; para de procurar, que ele vai te achar e vai ser melhor do que você sonhou (vai por mim).
Então levanta esse rosto, vai ler um livro, jogar um jogo, sair com seus amigos. Não deixe um relacionamento que não deu certo acabar com a sua vida. Um dia vai dar certo.
Respira fundo e grita bem alto "Um dia eu ainda vou ser muito feliz, pode escrever aí".  

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