Capítulo Único

65 3 0
                                    

Já anoitecia no vilarejo Ravikalhi que se localizava próximo a floresta esquecida e todos os moradores seguindo ordens das autoridades entravam em suas respectivas casas e passavam chave em tudo.

Acontece que Ravikalhi era um vilarejo tranquilo sem indícios de crimes ou assassinatos porém vinha acontecendo muitos assassinatos sem algum motivo eminente, onde todas as vítimas eram crianças e o assassino as matava com apenas um golpe fatal na jugular, enquanto elas dormiam inocente e profundamente.

- Clara vá deitar. Já passou da hora de criança dormir. - um homem magro, tragando um cigarro e com uma lata de bebida na mão larga e grossa a advertiu rude e com a expressão dura.

- Papai eu tenho medo, eu senti que ele me olha pela janela do quarto. - a garotinha loura marejou os olhos e como consequência sua voz ficou fraca.

- Vá deitar. Não me faça repetir. - sua voz estava mais áspera e dura, ele se levantou da sua poltrona impaciente tirando o cinto de seu calção mole fazendo menção de que iria bater na inocente menina, logo após ela seguiu ao seu quarto com medo.

Pobre Clara, tinha um pai desnaturado, bêbado e condenado à morte por fumar constantes cigarros e uma mãe oprimida e medrosa do marido.

Antes de deitar, Misha, mãe de Clara resolveu dá uma última olhada na sua joia mais brilhante e preciosa, ela andou até o quarto da sua pequena tocou a maçaneta, abriu a porta e observou-a dormir, ela era tão inocente e pura, Misha olhou ao redor do quarto e percebeu uma sombra atrás da cortina da janela, além da janela está aberta. Um sopro gélido percorreu o quarto e inevitavelmente sua espinha gelou, Misha andou vaga e cuidadosa até a janela e em um impulso rápido levou a mão até a cortina e a puxou e não havia nada lá, ela fechou a janela e andou até o aconchego de Clara, depositou um pequeno e singelo beijo em sua testa e deixou o quarto.

Na calada da noite, um homem alto e másculo forçou a janela do quarto de Clara e entrou a observando dormir inocente, ele sorriu a agraciando.

- Uma presa fácil - ele a olhou frio ficando a altura de sua cama - Slender vai gostar de você. Acorde doce criança.

Clara abriu lentamente os olhos preguiçosos e observou assustada um homem mascarado em sua frente, ela puxou o ar de seus pulmões pronta para gritar.

- Shhh - ele pousou seu indicador cuidadosamente sob seus lábios delicados e rechonchudos - Não faças barulho criança se não seu pai vai acordar e magoar-te com o cinto.

Clara continha seus olhos arregalados e medrosos observando a figura mascarada em sua frente.

- Não sintas medo docinho - ele passou seu polegar desenhando o queixo de Clara - Não irei fazer-te mal. Quer dizer - sorriu maquiavélico reformulando sua frase - Irei apenas aliviar-te. Diga ao Slender que eu Jeff mandei lembranças.

Jeff, seu nome era Jeff.

- Não assuste-se criança. - ele então levantou-se e retirou sua máscara revelando sua face.

Um rosto totalmente pálido e opaco coberto de finas e grossas cicatrizes, em seus lábios havia um grande sorriso que não se desfazia nunca, um sorriso mutilado, seus olhos totalmente vazios, não os possuía apenas duas órbitas assustadoras e fundas. Clara se cobriu não querendo mais olhar o rosto sem vida que à fazia companhia, Jeff andou até a janela e puxou uma bolsa grande e pesada e veio até Clara que estava coberta, ele deu um sorriso mortal e puxou bruto a coberta, a menina chorava aflita, porém baixinho.

- Vamos brincar um pouco criança - e novamente o seu sorriso fez-se presente.

Jeff abriu sua bolsa e pegou uma cola forte e derramou-a com violência sob os lábios rechonchudos de Clara e em seguida os pressionou.

- Agora você pode gritar o quanto quiser doce criança.

Seu rostinho assustado cheio de lágrimas, ela fazia barulhos e tentava freneticamente abrir a boca, mas quanto mais ela forçava seus lábios se rasgavam.

- Slender vai cuidar bem de ti. Não se desesperes.

Ele levou sua mão novamente à sua bolsa e retirou uma lâmina que emitia um brilho surreal, mirou no seu pescoço quente.

- Go to sleep

E em um golpe tirou mais uma vida inocente.

Agora o corpo de Clara permanecia imóvel na cama. Seus olhos outrora medrosos agora de uma incrível forma sorriam.

Slender veio buscá-la.

Doce CriançaOnde histórias criam vida. Descubra agora