O que fazer? O que fazer? O que fazer?
O meu amor não poderia ser um mafioso. Ele era o meu Hannie, anjo, lindo, que me alimentava de cafés americanos e me fazia dividir sorvete. O que eu faria, com toda a informação? Eu queria encontra-lo, jogar na cara dele que era um enganador de uma figa. No entanto, ao mesmo tempo, meu lado mais que apaixonada, queria fingir que nunca tinha visto nada e que o Cheolie-coração-S.coups, nunca tinha acontecido.
O ditado de mamãe sempre foi claro, quem procura acha, e ela dizia no sentido, procure mesmo, entende? E eu, sempre segui ao pé da letra, procurando até onde não tinha, com meus ex's. Mas não com meu Han. Ele era meu amor, e nunca questionava quando eu perguntava onde ele iria e que horas iria voltar para sua casa. Muito menos, recusava minhas ligações ou me escondia com quem falava.
Maldita quinta feira!
Kwan resmungou olhando o celular. Descobri que ele tinha conseguido, a tão sonhada roupa cara, para seu Pou e agora tinha outro jogo favorito, PokemonGo.
— Bel não se mexa. — ele gritou para mim. Mexeu em algo no celular e praguejou um palavrao baixo — eu perdi o meu Pokemon. Essa sua cara chorando espantou ele.
Olhei para ele com um bico gigante, enquanto ele me apontava uma vitrine de loja, e lá no fundo pude ver meu rosto. Mamãe insistiu tanto, que acabei passando lápis e rímel, e ambos estavam borrados pelo meu rosto, o que me fez parecer um panda muito triste. Seokmim me apertou contra ele pelos ombros, na tentativa de controlar meu choro, que só pareceu aumentar, devido aos comentários que Kwan soltava rude para mim, e por estar me sentindo três vezes mais derrotada.
Logo depois de ver Jeonghan entrando no salão, carregando aquela maleta como se sua vida estivesse ali, levantei e andei um pouco sem rumo, chorando. Meu Hannie não poderia estar fazendo coisas erradas. Não quando eu já havia o apresentado minha aliança, decoração e vestido favorito no pinterest. E ele havia concordado comigo, que tudo era lindo. Ele não poderia frustrar meus sonhos de princesa, como o príncipe Hans frustrou a Anna, e só queria o dinheiro dela. O que Jeonghan queria de mim? Na real, a história só poderia ser ao contrário, a família dele tinha muito mais condições que a minha. Então o que Yoon Jeonghan, queria de mim?
Estávamos andando a pé, no caminho do meu apartamento, porque no auge da choradeira, eu quis fazer meu próprio clipe triste e ir sofrendo noite a fora.
Minha casa era longe, e mesmo que o centro não fosse movimentado aquela hora da noite, eu preferia chorar parecendo uma embriagada nos ombros de Seokmim, do que ouvindo mamãe gritando comigo. Já os meninos, movido ao PokemonGo de Seungkwan, concordaram comigo que andar seria bom. Aproveitando intervalos do choro, onde ninguém falava o nome do meu namorado mafioso, pensei bem o que faria dali em diante. Só a ideia de passar o resto da minha vida, indo a encontros de mafiosos, me arrancaram o ar. Se bem que Jeonghan ficava ótimo de terno. E eu poderia me acostumar a isso.
Chorei um pouco mais alto, soluçando logo no fim, fazendo os meninos me encararem como se eu fosse louca, e em seguida, bater a mão para as pessoas na rua, informando que aquele ponto rosa choque ambulante, não faria mal na sociedade. Eu estava tão triste, que não me importava com o que iriam dizer. Queria chorar abraçada a minha louca interior, que chorava mais ainda.
— Mabel, isso tudo pode ser um grande mal entendido — Soonyoung tentava me convencer. Enquanto Seokmim, no auge do seu próprio desespero, esfregava meu braço com tanta força, que poderia o esfolar.
— Hoshi você mesmo disse. Eu acho que... — funguei, formando um bico.
— Acha, o que? — Hoshi insistiu.
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Meu Namorado Mafioso
RomantikPerto do segundo aniversário de cem dias de namoro, Mabel se encontra em um grande mistério. Jeonghan, seu namorado, parece esconder um segredo, que o faz atender ligações estranhas e sair à noite para lugares nobres da cidade. Depois de pedir ajuda...