Prólogo

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Londres,  junho de 1845

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Londres,  junho de 1845

O Sol se infiltrava de maneira tímida entre as nuvens naquela manhã. Normalmente, as pessoas preferem os dias ensolarados,  aqueles em que nada contrasta com o azul do céu. Lilian sempre gostou mais dos dias em que as nuvens eram tingida pelos raios do sol. Naquela manhã de junho em Londres, elas estavam perfeitas; enchiam o céu de um brilho recatado, sobremessaíam-se entre o dourado, o amarelo e o prata. Cintilavam como o vestido de noiva rosa claro de sua irmã mais velha,  Kathelyn, usava. Entre tules e sedas e uma cauda de três metros com flores bordadas em um efeito degradê, Kathelyn parecia uma criatura mística ou uma rainha. Lilian olhou para a irmã,  que estava parada em frente a porta da igreja de Sr. George,  em Hanover Square; Kathe esperava o momento certo para entrar,  enquanto todos se acomodavam para assistir à cerimônia.  Nas ruas, havia uma enorme fila de carruagens, e uma multidão de pessoas se acotovelava e se espremia a de conseguir espiar o vestido da noiva, da futura duquesa de Belmont, ou a fim de espiar qualquer coisa que pudesse do casamento mais esperado e comentado de todas as temporadas.
    
    - Está pronta? -  perguntou Lilian,  tentando passar força e confiança para Kathelyn.
     -  Nervosa -  Kathe afirmou com um meio sorriso. - Você sabe,  ele está aí dentro -  ela apontou com a cabeça para a porta - ,  no altar.
     - Sim,  claro, o famoso duque de Belmont.

Lilian arrumou o céu da irmã.
    
     - Na verdade -  continuou com tom de voz sereno -,  quem o viu agora há pouco na sacristia poderia jurar que ele é o homem mais nervoso e inseguro do mundo,  e não o duque mais arrogante e controlador da Inglaterra.

      Os lábios de Kathe esboçaram um sorriso.
  Lilian queria descontrair a irmã.
    
      - Também, pudera, depois do que você o fez passar durante meses até aceitar se casar com ele,  é  natural que ele pense que você pode evaporar e sumir antes de entrar na igreja.  Juro que cheguei a ter pena dele em diversas ocasiões.
     - Eu também,  mas não conte isso a ele -  Kathelyn sussurrou com um sorriso mais visível.
    - Vocês esperam há cinco anos por este momento, kathe.  Foram idas e vindas,  filho antes do casamento até chegarem aqui. -  Lilian suspirou -  Vocês merecem toda felicidade do mundo.
   
      Kathe sacudiu  a cabeça em afirmativa. 

 - E vamos concordar que ele fez um excelente trabalho. - Ela ajeitou as saias do vestido da irmã, que abriam em finas camadas sobrepostas. Não descansou até conseguir que as mesmas pessoas que a rechaçaram anos atrás lhe prestassem reverência. Conseguiu restabelecer sua imagem...E até mesmo a rainha confirmou presença no almoço após a cerimônia.

     Ouviu os murmúrios das pessoas que gritavam "Felicidades ao casal!" e "Viva a futura duquesa!" ao passar na rua. 
     Kathe acenou para um grupo de pessoas.

    - Afinal, ele é um duque, e um daqueles muito teimosos, na verdade.
    - Acho que ele tem um enorme poder de persuasão. - Lilian estava com o filho de quatro anos, Paul, que cochilava em seu colo. Ela o aconchegou. - Ele se aproximar da rainha, que ama as óperas, e sugerir que nada poderia ser mais encantador do que uma futura duquesa com um talento de soprano profissional. - Paul se  mexeu um pouco e ela colocou a cabeça do filho no ombro. - Meu Deus, ele está um chumbo! - exclamou e deu alguns tapinhas nas costas do menino, soltando o ar pela boca de uma vez. - Convencer a rainha em pouco tempo de que você enriqueceria o baile de aniversário dela com uma apresentação exclusiva foi incrível. Volto a repetir: ele é um homem indubitavelmente convincente - Lilian terminou em tom de voz descontraído.
    - Ou irresistivelmente atraente. Pelo menos eu não consigo me concentrar em metade das palavras que meu futuro marido diz quando ele usa o seu tom persuasivo. - Kathe afirmou com um olhar malicioso.

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