Chapter Three - Angel ou Demon ?

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April Portman P.O.V

Ashton : Se diverte April . – Ashton beijou minha bochecha.

April : Vai ser impossível não me divertir. – Ironizei

Isso continuava a ser COMPLETAMENTE desnecessário. Quem me mandou aceitar também ir? Talvez meu espírito de filha solidária para com um pai carente. Já no colégio muitos achavam que eu era “princesinha do papai” era só o que me faltava agora os sócios da academia também acharem que eu o seria.

Com minha alegria entediante entrei no carro de meu pai e coloquei meu fone de ouvido para escutar Avril Lavigne em vez daquela patética música que ele passava TODA a vez que eu ia no carro com ele. Lá por April ter gostado dela quando tinha 5 anos não queria dizer que eu gosta-se agora, mas também não lhe ia dizer isso na cara, seria ser muito grossa a esse ponto.

Pai : Você vai ver April como meu trabalho é completamente árduo. Talvez um dia seu irmão herde meu lugar.

Quer dizer EU vou no patético dia do “pai leva o filho no trabalho” e o Ashton que ficou fazendo a coisa mais fácil para ele – fazer nada – é que vai herdar tudo? Tudo bem que ser dona de uma academia de boxe não era meu sonho mas eu me arrumava BEM melhor que meu irmão lá, embora sejamos gémeos e agimos sempre da mesma maneira.

April : Ashton ia adorar mesmo. – Forcei um sorriso que virou uma careta parecendo que eu estava querendo morrer.

Meu pai continuou dirigindo até a academia. Eu já havia passado lá algumas vezes para saber o que o meu pai estava fazendo mas nunca entrava lá. As portas eram revestidas de um vidro translucido com a inicial P gravada a uma cor prateada, do lado das mesmas tinha um género de maquineta que não deixava você entrar se não tivesse o tal cartão de sócio. E era isso a única coisa que eu sabia sobre a “Portman” de resto seria uma aventura para mim. Uma aventura entediante.

O range rover preto de meu pai estacionou mesmo na frente da porta principal. Uma funcionária vestida de azul o esperava, provavelmente seria a secretária dele, ou amiga colorida. Sinceramente eu sou uma filha muito estranha, afinal qual é a filha que pensa que o pai tem uma amiga colorida? A resposta certa é os gémeos Portman.

Pai : Se cuida April . Depois mando alguém ver se você está bem.

April : Certo .

Me sentei numa das cadeiras com os fones ligados e Flappy Bird modo On . Eu não iria entrar lá para ser atingida por um deles. Posso fazer a vontade ao meu pai e vir, MAS não sou maluca de todo ao ponto de ir a sala de ginásio.

Depois de uma hora esperando que meu pai se lembra-se de mim , decidi começar a dar um passeio por isso já que meu querido e doce irmão que herdaria isso um dia e eu teria que vir com ele lhe mostrar tudo.

- ACABE COM ELE STYLES !  - uma voz conhecida por mim soou por uma sala . Meuconverse começaram a se fazer soar no soalho branco .

No mínimo tinha uns 1000 homens fazendo uma barreira redonda torcendo por qualquer coisa . Me infiltrei no meio daquilo e o que vi foi meu pai torcendo por uma luta.

April : MAS QUE PORRA É ESSA ?! – todos pararam e me olharam , mas na verdade não me intimidei eu estava chateada mesmo.

Pai : April ? O que você vai aqui princesa ?

April : Princesa uma ova . ME TRAZ PARA AQUI SABENDO QUE EU ODEIO PLENAMENTE ESSE SITIO, ME DEIXA NO TÉDIO COM BALCONISTA? EU PODIA ESTAR EM CASA OUVINDO MÚSICA OU ATÉ COM A TESSA E COM A LIZ PORQUE HOJE É MEU SABADO, O ÚNICO DIA EM QUE EU NÃO TENHO ANDAR NAQUELA PORRA DE COLÉGIO QUE VOCÊ ME INSCREVAPRIL SERVIU PARA ISSO? PORQUE NÃO TRAZ O ASHTON TALVEZ ELE QUEIRA LUTAR COM ALGUÉM.

Pai : April …

April : Quer saber eu estou fora disso.

Pai : Styles toma conta dela.

- QUE ? – o tal a que meu pai apelidava de Styles gritou

Pai : Eu sou o dono da academia se minha filha se machucar hoje ou sair daqui sem alguém , você não vai entrar nas internacionais.

- Agora vou ser baba de uma garotinha mimada.

Parei em frente a porta mal ouvi o que ele tinha acabado de dizer. Me virei e encarei um garoto com o corpo coberto de tatuagens e um piercing no lábio, um estilo meio punk me tinha deixado assustada embora não o estivesse demonstrando. Meu pai vendo que eu estava explodindo já ria e foi nesse ambiente que eu dei uma valente tapa na cara desse Styles que apenas ignorou e me continuou seguindo. É eu tenho uma sorte de merda.

- Para uma menina de 15 anos você corre mais rápido que uma raposa.

April : Vamos estabelecer uma coisa. Primeiro eu tenho 16 anos, segundo se você não me chatear pode ir brincar de soco soco com os seus amiguinhos que eu falo com meu pai sobre isso.

- Desculpa mas as internacionais são mais importantes para mim do que cabeleireiro é para você.

April : Então é essa a imagem que meu pai deixa para vocês. Que eu sou uma garota patricinha . Está certo começo a odiar ter dito que sim a essa palhaçada.

- Hey espera . Não queria te machucar.

April : Me deixa okay ? Só me deixa.

Abri a porta do banheiro e me atirei para uma parede fazendo meu corpo deslizar pela mesma. Era essa a imagem que todo o mundo passava de mim, uma garota mimada pelo pai . Nunca ninguém disse que ser rico era fácil, por mim eu preferia ser uma garota normal ilustrada pelo que é e não pelo o que o pai diz. Eu nunca tinha ido num cabeleireiro como ele dizia, se ia uma vez por ano era sorte. Minhas unhas andavam sempre pintadas da mesma cor e minha roupa não era de griff , era apenas uma blusa de uma banda com uns jeans destroyd . Mas queriam entender isso? Não, não queriam.

- Abre a porta , Portman . – os punhos do garoto , que eu ainda nem sabia o nome , bateram com força na porta.

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