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"Durante tudo isso , meu pai continuou a ama-lá e  apoia-lá."
Quando eu estava com onze anos , minha mãe me contou que ela e o papai iriam ter um bebê.Muito depois , eu soube que seus  médicos tinham insistido para que ela fizesse um aborto (Terapêutico)- uma opção  á qual ela resistiu veementemente .Logo,éramos mães juntas , já que virei mãe adotiva de minha irmã,Mary Therese. Em pouquíssimo tempo aprendi a trocar fraldas ,banhá-lá  e alimentá-lá.
Ainda que mamãe tenha mantido a disciplina maternal,pra mim foi um passo gigantesco além da brincadeira com bonecas.

Um momento se destaca mesmo hoje em dia: o dia em que mary therese , na época com dois anos ,caiu e esfolou

O joelho ,abriu-se em prantos e passou correndo pelos braços estendidos de minha mãe para os meus. Tarde demais ,eu vislumbrei a faísca de dor no rosto de mamãe ,mais tudo o que ela  ela disse foi:

—É natural que ela corra pra você,pois você toma conta dela tão bem

Como minha mãe aceitava sua condição com tanto otimismo,raramente me senti triste ou ressentida.mais nunca irei esquecer o dia em que minha complacência foi destruída. Muito tempo depois da imagen de minha mãe em salto agulha ter se dissipado da minha consciência,houve uma festa em nossa casa .
A essa altura eu era adolescente , e vi minha sorridente mãe sentada na lateral,olhando seus amigos dançarem, e fui atingida pela cruel ironia  de suas limitações físicas.Subtamente ,fui transportada de volta  a época de minha primeira infância e a visão de minha mãe dançando radiante estava novamente diante de min...   
  

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