Donatários

PRÓLOGO

VEJO-OS. Vidas rasas, almas vazias. "Bom dia, boa tarde, boa noite". Isso soa tão mecânico. Já parou para pensar que somos algum tipo de ser mecanizado, prontos para acordar, levantar, escovar os dentes, ir para o trabalho, escola e assim por diante?
  Conhece alguém que jogou tudo para os ares e disse: "Já chega. Não vou fazer mais nada"? Pode até existir, mas que é raro é.
Acredita em destino? Ou que temos um caminho já traçado e que não há escapatória, sabe, essas coisas. Vou explicar algo: Estamos nesta Terra por algum propósito, certo? Mas será que é justo ter que seguir um trajeto que não lhe serve?
  Tudo bem, muitas perguntas, nenhuma resposta. Apenas quero que saiba, antes de tudo, que pode ser difícil a compreensão, entretanto, é isso o que vejo. Pessoas classificadas como gados,  enquanto outras indicam as coordenadas (talvez eu seja uma delas)... mas não deixa de ser injusto. Está entendendo? Me perdoe se eu falhar.
  Precisávamos de um futuro, voltamos ao passado.
   3500 ou 1500? A diferença é que as pessoas de 2 séculos atrás já se decomporam, mas trouxeram o mesmo sistema, o mesmo terror. Sempre há uma divisão, até quando dizem que não. Muitas destas pessoas só conhecem o que lhe foram mostrados, mal sabem o quanto isso é depravado e maçante.
Lacaios: Pessoas comuns, famílias simples, de modo, servos
Burgueses: Comerciantes com dinheiro, pupilos, mas sem títulos.
Então tem os senhorios, os Grandes Chefes das Casas, que por algum momento no passado seus antecessores tiveram sorte em serem privilegiados (não tanto) por tal responsabilidade. Como todos sabemos, passa de pai para filho, a famosa "Capitania Hereditária".
Somos os Donos.
Somos os Donatários.

NOTA: Talvez tenha ficado um pouco confuso, mas é que a ideia veio do nada e senti de publicar. Não sei se vou prosseguir, já que não tenho um enredo... Mas minha cachola vai me atormentar e vou acabar escrevendo mais, então... se você está lendo isso, até logo.