prólogo

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Eu sempre tive uma certa facilidade em me apaixonar, ou ao menos era isso que Niall me dizia. Mas de certa forma eu sabia que ele estava certo. Era verdade, afinal. Talvez eu fosse aquele tipo de pessoa com sentimentos à flor da pele. Porém eles não duravam muito tempo.

Eu tinha uma certa coisa que eu gostava de chamar de 'encanto'. Deixe-me explicar; eu olhava a pessoa e pronto, eu já a queria. Meu coração acelerava por estar perto ou simplesmente por vê-la. Mas quando eu finalmente tinha a pessoa para mim, eu não a queria mais. E então o meu "encanto" acabava, e eu não sentia mais nada, nada mesmo.

Leve o exemple de meu namorado. Oh, sim, eu tinha um namorado. Digamos que eu passei minha infância apaixonado por ele e acabei transformando aquilo em um amor platônico, mas então um dia ele me quis, e adivinhem só o que aconteceu depois que eu poderia chamá-lo de meu? Isso mesmo! Eu não o queria mais.

Porém em um certo dia, se não me engano era uma quarta-feira, primeiro dia de aula, eu acabei vendo os olhos verdes mais lindos que já havia existo nesse planeta. E adivinhem novamente? Isso mesmo! Eu me apaixonei.

Mas diferente de todas as outras vezes, não havia o encanto. Não havia mágica. E eu queria morrer por conta disso.

Se eu o tive? Oh, sim, o tive. Porém não havia sido da forma exato como eu queria. Pela primeira vez eu havia me entregado por completo. Eu me entreguei à ele de corpo, coração e alma. E nunca seria o suficiente.

De todas as vezes em que eu tocava seu corpo, eu queria mais, eu me entregava mais. De todas as vezes em que eu tocava sua boca com a minha, eu queria mais. Eu queria mais de seu sabor, eu queria mais dele. Mas era eu quem me entregava. Era eu quem dava tudo de mim.

Eu o entreguei meu amor, afinal eu não precisava, ele podia levá-lo. Eu o entreguei o meu coração, afinal já era dele desde o primeiro momento, ele podia quebrá-lo. E eu me entreguei. Meu corpo, minha alma, minha vida.

Eu amei pela primeira vez na vida, e continuo amando até hoje. Por que afinal, nunca é o suficiente.

Never Enough [l.s]Onde histórias criam vida. Descubra agora