A Noite Em Que Tudo Começou

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29 de Novembro de 1998

Jade Meira de Albuquerque

A sirene soava e minha cabeça doía, havia uma moça ao meu lado, pela sua feição, parecia bem preocupada. Eu enxergava com dificuldade, pois estava sem meus óculos e eu era, completamente, dependente deles. Ela segurava minha mão com força e conversava com um rapaz que estava ao seu lado, eu pude ouvir eles dizendo que eu estava tendo uma hemorragia, aquilo me desesperou. Pois eu não fazia idéia do que estava acontecendo, foi quando a moça se deu conta de que eu havia despertado. Ela sorriu pra mim e disse gentilmente:
- Está tudo bem querida, você já foi socorrida.
Foi ai que consegui identificar onde estava, era uma ambulância. E então, algumas lembranças vieram a minha mente.
Eu estava voltando da faculdade e era relativamente, cedo, por volta de nove da noite. Fui até um ponto de ônibus que havia próximo a faculdade, logo o ônibus chegou, desci no mesmo ponto de sempre. Um ponto que havia na esquina da rua de minha casa. A rua estava deserta e bem escura, pois estava frio e bastante nublado.
Havia um homem, aparentemente, bêbado, vindo em minha direção, fiquei com medo e apressei o passo. De repente, alguém, que presumo que tenha sido um homem, me agarrou pelas costas e me deu um soco na cabeça, adormeci. Pouco depois acordei, estávamos dentro de um carro. Eu estava somente com o sutiã e ele por cima, penetrando em seu membro nojento em mim, eu estava tonta e com o corpo imobilizado. Minha vagina parecia estar sendo massacrada por uma serra elétrica, a dor era imensa, tanto que adormei novamente e depois só acordei na ambulância.

Ao lembrar de tudo isso comecei a chorar, a enfermeira ao ver me medicou para que eu dormisse. Poucos minutos depois peguei em sono profundo, desejando para que quando acordasse nada disso passasse de um pesadelo.
Mais tarde, quando acordei minha mãe estava ao meu lado, eu só consegui reconhecer por causa do cabelo ruivo.
- Graças à Deus! - disse minha mãe, assim que percebeu que eu havia despertado. - Oi amor, já esta tudo bem. Já cuidaram de você.
Por um momento, fechei os olhos e me lembrei de tudo o que havia acontecido.

*

29 de Novembro de 1998

Matthew Manford Elliot

Já eram quatro da manhã e eu estava dirigindo feito um louco, minha cabeça girava e parecia ter abelhas nos meus ouvidos. Eu não parava de pensar no que eu havia acabado de fazer, eu acabara de estuprar uma mulher, cometi um crime imperdoável. Ainda estava sobre o efeito do álcool e da maconha.
Parecia que os gemidos de dor e as expressões dela ainda estavam diante de mim. Me sentia sujo, estava com nojo de mim mesmo, uma vontade imensa de tomar um banho frio.
Cheguei e fui logo para o chuveiro. Tomei um bom banho frio, ainda lembrando daquela mulher. O que eu fiz da vida dela ? Como será que ela está depois disso?
Eu sou um estuprador de merda, um estuprador que fica preocupada com sua vítima. Como fui capaz? Nem mesmo eu sei o que passava pela minha cabeça quando fiz aquilo, tentava explicar para mim mesmo o que me motivou. Eram tantos porquês na minha cabeça, tantas explicações, mas nada justificava, foi um ato desumano.
Me vesti e, em seguida, me deitei para dormir, mesmo sabendo que não conseguiria.

Consegui dormir por mais ou menos cinco horas, fiquei deitado pot mais um tempo, na esperança de conseguir dormir novamente, mas sem sucesso. Olhei os recados no fax, havia vários recados de minha secretária, foi então que eu me lembrei que eu tinha uma reunião marcada, mas já era tarde e eu não estava com cabeça para nada naquela momento. Estava exausto, aquela energia ruim ainda estava em mim, eu me sentia muito, muito, muito mal.
Eu ainda estava me perguntando onde aquela garota estava e como estava. Eu tive a capacidade de deixá-la em uma esquina, somente de calça jeans, desmaiada. Saí logo de lá, para que ninguém me visse.
Sempre tive atração por sexo selvagem, fazia isso com prostitutas, fingia estupra-las. Mas eram prostitutas, eu pagava para que elas fizessem o que eu quisesse. Na noite passada, sob o efeito da maconha.
Ela estava andando rápido, me lembro bem de sua aparência, elaera ruiva, um ruivo forte, quase laranja, longos , mais ou menos na cintura, bastante ondulados. Ela devia ter um e sessenta de altura, magra e pele alva.
Meu carro estava na esquina Parado, eu estava fumando quando a vi, ela me chamou atenção e eu senti um desenho estranho e perverso, algo que nem as prostitutas causavam. Eu saí do carro disfarçadamente, estava atrás dela e ela distraída, foi o momento perfeito para o bote. Eu a agarrei pela cintura e coloquei minha mão sobre sua boca para que ela não gritasse, em seguida, dei uma coronhada. Agora, ela estava desacordada e eu a arrastei até o carro.
Lá , eu tirei sua calça, blusa e calcinha, e penetrei nela como em uma prostituta, eu penetrava com força, muita força. Alguns minutos depois ela acordou, não tentou se soltar, pelo contrário, permaneceu imóvel. Ela soltava alguns gemidos de dore isso só me empolgava mais.
Depois de me satisfazer, a vesti de novo, coloquei somente sua calça e depois dei partida no carro.
A deixei numa esquina, longe de onde eu a encontrei, largada no chão.
A bolsa dela ficou na rua onde a encontrei.
Naquela altura já deviamestar atrás dela, me certifiquei de que ninguém havia me visto, a rua estava deserta por ainda ser de madrugada.
Eu não conseguia esquecer, estava atordoado, minha cabeça estava prestes a explodir. Lembrei que tinha que lavar o carro, para tirar os rastros.
Fui até um lava rápido, distante de casa, pedi para que limpassem tudo, cada canto.
Mais tarde, depois de voltar do lava rápido, fui até a casa de minha irmã. Eu precisava contar aquilo pra alguém e seria pra ela.

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⏰ Última atualização: Jun 18, 2017 ⏰

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