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"Você tem algo contra o passado da minha esposa, Eduardo?" Pergunta meu pai, depois do silêncio constrangedor que surgiu.

"Não, claro que não. Só fiquei surpreso."

"Se você realmente quiser namorar com a minha filha, tem que estar ciente da onde você está se metendo."

"Pai por favor não." Eu o advirto. Não queria perder o Eduardo.

Eduardo me dá um olhar tranquilizador "Mariana, tá  tudo bem. Seu pai só está preocupado."

"Você não entende." Choramingo.

"Você ama a minha filha?"

"Ela chamou muito a minha atenção."

"Não quero ver a minha filha, chorando por um idiota qualquer se você fazer ela chorar, você é um cara morto."

"Por favor pai, Não." Eu ja imaginava onde ele queria chegar com isso.

"Mariana, ele tem que saber. Ele ainda tem tempo de sair por aquela porta, vivo."

"Desculpa, mas to ficando confuso. Do que eu tenho que saber?" Eduardo olha para todos na mesa, até que seu olhar para  mim. Minha vontade era de chorar, quem em sã consciência iria namorar a filha de um mafioso, que todos temem?

"Meu rapaz, você Não conhece a Fama da família Vidal?" Meu tio se intromete na conversa. "Todos temem a nossa família, mas acima de tudo nos respeita e sabe que se pisar no nosso calo, Ta muito ferrado."

"Familia Vidal!? Porque você não me disse quem era sua família?" Eduardo se vira pra me olhar melhor, vejo medo em seu olhar.

"Eu... tive medo de você, desistir de mim quando soubesse quem era a minha família, por isso que inventei mil desculpas para que você não viesse pra cá, não queria te assustar." Sinto meus olhos marejados

"Você tem vergonha da gente?" Minha mãe pergunta

"Não é vergonha. Mas quem em sã consciência iria namorar comigo sabendo que o meu pai é um mafioso, que toda a minha família é maluca."

"Se um cara gostar de você de verdade, ele enfrenta qualquer coisa." Minha mãe tenta me consolar, mas simplesmente levantei da mesa, e sai pra fora, tomar um pouco de ar. 

Eduardo veio logo atrás de mim;

"Não fica triste."

"Eu só não queria que você se assustasse com isso tudo, e fosse embora. Já é difícil enfrentar uma família normal, imagina a minha."

"Eles parece ser pessoas legais. Você é uma garota legal, especial e é por isso que a gente tá namorando." Eduardo entrelaça nossas mãos. "Mesmo seu pai sendo um mafioso que me da muito medo, seu tio sendo um esquisitão não vou te deixar."

"Eu fiquei com medo. Eu não sei muito bem como lidar com isso, é tudo novo pra mim."

"Eu te ajudo, e você me ajuda." Ele me da um selinho, e me leva de volta pra dentro.  Meus pais continuavam na mesa comendo, ja meu tio tinha saído, ele não conseguia respeitar nem a hora da comida.

"Parece que você é duro na queda, rapaz." Meu pai diz, com a boca cheia.

"Ele gosta da nossa princesa, isso é uma coisa boa. Você é muito bem vindo nessa casa, mas cuida bem dela, ela é a minha única filha e não quero que essa experiência com o primeiro namoro seja frustrante pra ela."

"Não se preocupe." Eduardo tenta tranquiliza-la, sua mão continua entrelaçada na minha, me acalmando. 

A campanhia soa, me fazendo dar um pulo na cadeira.

"Ah que ótimo, o resto do pessoal chegou." Minha mãe se levanta e vai correndo atender a porta.

"Que pessoal?" Olho para meu pai, confusa.

"Sua mãe ficou feliz em saber que você esta namorando, então resolveu chamar o resto da familia."

"Como que é?"

"Qual é o problema?" Já podia ouvir as vozes se aproximando.

"Se até agora você não quis sair correndo, depois que você conhecer o resto da família, ai sim, você vai querer fugir daqui." 

Fim!

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