Capítulo 5

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        **** POV MAXWELL ****

      Tinha acabo de passar da linha de chegada, 2º lugar, aquele desgraçado do David, revirei os olhos e desci do carro, não​ levou 5 minutos até ouvir as sirenes e a confusão ser formada, Valentina estava perto, completamente confusa, e bêbada, pensei duas antes de fazer isso, puxei ela pelo braço, a peguei no colo e coloquei dentro do carro, entrei, e dei partida, não fazia a mínima ideia onde era a casa dela, também não sabia onde estava Alaylah, resolvi levá-la pra casa.

       - Onde está me levando? Tá me sequestrando? Olha, eu assisti Salve Jorge! -ela disse quase gritando e eu ri-

       - Vou te levar pra casa, se você ainda estivesse lá, estaria presa!

       - Não posso ser presa, minha mãe me mataria! Ela estava lá? Ah meu Deus!

       - Sua mãe é policial? -perguntei-

       - É, ela é a nova superintendente...

       - Sua mãe é a superintendente Rose?! -perguntei a encarando surpreso-

       - É sim, conhece ela? -perguntou encostando a cabeça no vidro do carro-

       - Meu pai é advogado, falou muito sobre ela. -eu disse rindo fraco e estacionei na frente de casa e desci do carro-

        Ela desceu do carro, meio cambaleando e caminhou até mim, nunca tinha reparado o quanto ela é linda, se Ashley me ouvisse falando isso, cortaria meu pescoço, pra ser sincero não sei por que ainda estou com ela...Passei o braço por volta da cintura da Valentina, a ajudando a caminhar, adentrando a casa, o carro da Alaylah não estava na entrada, então ela deve estar na casa de alguma amiga, Jesus, vou ter que cuidar dessa garota sozinho! Subi ela até meu quarto, e comecei a procurar uma roupa que servisse nela.

      - Quarto legal. -ela disse se jogando na cama, murmurei um "valeu", peguei uma camiseta que provavelmente ficaria grande nela, me virei e ela já estava adormecendo-

      Tá, agora eu vou ter que dormir no sofá, maravilha! Suspirei tirando seus sapatos, a enrolei, desliguei a luz e sai do quarto, desci as escadas e encontrei Alaylah, pobrezinha, vai ter uma ressaca daquelas!

       - Lay, aquela sua amiga tá no meu quarto, a Valentina, tem com...

       - Tá, tá, usem camisinha! -ela disse subindo as escadas-

       - Eu ia perguntar se tem como emprestar uma roupa pra ela...esquece. -revirei os olhos e me joguei no sofá-

      Seria uma longa noite naquele sofá, coloquei um filme e fiquei pensando na vida, até adormecer.
                              ...

         **** POV VALENTINA ****

       Acordei atordoada, com uma puta dor de cabeça, me sentei na cama e demorei alguns minutos até perceber que não estava no meu quarto, me desesperei, que horas eram? Onde eu estava? O que aconteceu na noite passada? Essas eram perguntas que rondavam minha cabeça naquele momento, me levantei rapidamente, olhei no relógio que estava em cima do criado-mudo, 6:15, ótimo, 45 minutos antes da minha mãe chegar em casa! Procurei meu celular e meus sapatos até ouvir uma voz familiar.

      - Sua bolsa está em cima da mesinha.

      Levantei o olhar, e era o Maxwell, saindo do banheiro, descamisado, com o cabelo molhado, meu Deus, ganhei meu dia, que dizer, por que ele me trouxe pra cá?

      - Ah sim, obrigado Maxwell, mas, o que aconteceu na noite passada? Por que me trouxe pra cá?

       - Me chame de Max. -ele disse se aproximando- Você foi pra festa da rua 13 com mi...

      - Essa parte eu lembro.

      - Tá, você bebeu demais, aí a polícia chegou, você não sabia pra onde ir, e como também não sabia onde era sua casa, te trouxe pra cá. -ele sorriu-

      - Entendi, obrigado, sério mesmo, onde está Alaylah? Vou pedir pra ela me levar em casa. -disse caminhando até a porta, mas logo ele me puxa pelo pulso, cuidadosamente-

      - Eu te levo, ela não vai acordar tão cedo, enfim, não acha que eu mereço um agradecimento especial?

     - Anh? -perguntei confusa- Já te agradeci, obrigado de novo!

     Ele riu fraco, se aproximou mais de mim, e me beijou, ELE ME BEIJOU, eu não sabia o que fazer na hora, retribui, praticamente paralisada, mas retribui, foi um beijo rápido, por que logo a imagem da Ashley passou pela minha cabeça e eu o empurrei.

    - Qual o seu problema? -perguntei semi-cerrando os olhos-

     - Meu problema? -ele disse confuso-

     - Hello, Ashley, Sra Tucker, namorada. -eu disse estralando os dedos na frente do seu rosto-

     - Ah, Sra Tucker? Que merda. -ele rio fraco- Enfim, ela não vai saber sobre isso né?

     Já era de esperado, revirei os olhos e desci as escadas correndo, ele veio atrás de mim, mas apenas o ignorei, abri a porta no intuito de sair, mas novamente, ele me puxa.

      - Olha meu querido, você tem que parar com essa mania de me puxar! Não é legal!

      - Onde está indo?

      - Pra casa talvez. -olhei no relógio do celular, faltavam exatamente 32 minutos até que minha mãe chegasse em casa- Se eu caminhar agora, talvez chego antes da minha mãe.

      - Onde mora? -ele perguntou me encarando-

      - Normandy Park, 203.

     Ele riu fraco, e caminhou até o carro abrindo a porta pra mim, suspirei e entrei.

       - Nem correndo chegaria em menos de meia hora. -ele disse entrando no carro, deu partida e dirigiu até minha casa-

       - Está brava? -ele perguntou concentrado na estrada- Foi só um beijo.

       - É, mas você namora, isso é errado Max!

       - Eu sei, mas é que... Eu não gosto da Ashley... -ele deixou a frase no ar-

       - Por que namora com ela então? -o encarei-

      - Status.

      - Ah, tá explicado o motivo da aposta do Elliot. -eu disse sem perceber, um pouco alto-

      - Aposta?

      - Eu disse aposta? Eu quis dizer nota, Elliot é muito inteligente, olha minha casa é aquela, para ali! -disse rápido-

       Ele estacionou na frente de casa, suspirei aliviada, o carro da minha mãe ainda não estava lá, desci do carro, agradeci a carona, ele apenas sorriu, e Jesus, que sorriso, já disse que ele foi o caminho todo descamisado? Se eu contar isso pro Star ele enlouquece! Entrei dentro de casa, tomei um banho rápido, tirei o resto da maquiagem, e desci pra cozinha, preparando algo pra comer, minha mãe logo chegou, deixou sua bolsa no sofá, e caminhou até mim.

      - Acordou cedo. -ela disse beijando minha testa e abriu a geladeira pegando um copo de suco-

      - Como foi o trabalho? -perguntei colocando algumas panquecas no meu prato-

      - Cansativo, recebemos denuncia de um racha, em uma tal rua 13.

      - Jura? Meu Deus! -eu disse fingindo surpresa-

      - Chegando lá, maioria eram jovens da sua idade, esses pais irresponsáveis, de onde já se viu, deixar os filhos frequentarem lugares assim?

       - Realmente. -concordei prendendo o riso, tomando um gole de suco-

      - O que fez a noite? -ela perguntou pegando um pedaço da minha panqueca-

      - Estudei, e vi um filme. -disse terminando de comer e ela sorriu-

             Sabe de nada inocente.

Meu mundo de cabeça pra baixoOnde histórias criam vida. Descubra agora