a bela e a fera

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Há muitos anos, em uma terra distante, viviam um mercador e suas

três filhas . A mais jovem era a mais linda e carinhosa, por isso
era chamada de "BELA".
Um dia, o pai teve de viajar para longe a negócios. Reuniu as
suas filhas e disse:

— Não ficarei fora por muito tempo. Quando voltar trarei
presentes. O que vocês querem? - As irmãs de Bela pediram
presentes caros, enquanto ela permanecia quieta.

O pai se voltou para ela, dizendo :

— E você, Bela, o que quer ganhar?
— Quero uma rosa, querido pai, porque neste país elas não
crescem, respondeu Bela, abraçando-o forte.

O homem partiu, conclui os seus negócios, pôs-se na estrada para
a volta. Tanta era a vontade de abraçar as filhas, que viajou por
muito tempo sem descansar. Estava muito cansado e faminto, quando,
a pouca distância de casa, foi surpreendido, em uma mata, por
furiosa tempestade, que lhe fez perder o caminho.
Desesperado, começou a vagar em busca de uma pousada, quando, de
repente, descobriu ao longe uma luz fraca. Com as forças que lhe
restavam dirigiu-se para aquela última esperança.

Chegou a um magnífico palácio, o qual tinha o portão aberto e
acolhedor. Bateu várias vezes, mas sem resposta. Então, decidiu
entrar para esquentar-se e esperar os donos da casa. Ointerior,
realmente, era suntuoso, ricamente iluminado e mobiliado de
maneira esquisita.

O velho mercador ficou defronte da lareira para enxugar-se e
percebeu que havia uma mesa para uma pessoa, com comida quente e
vinho delicioso.
Extenuado, sentou-se e começou a devorar tudo. Atraído depois
pela luz que saía de um quarto vizinho, foi para lá, encontrou uma
grande sala com uma cama acolhedora, onde o homem se esticou,
adormecendo logo. De manhã, acordando, encontrou vestimentas
limpas e uma refeição muito farta. Repousado e satisfeito, o pai
de Bela saiu do palácio, perguntando-se espantado por que não
havia encontrado nenhuma pessoa. Perto do portão viu uma roseira
com lindíssimas rosas e se lembrou da promessa feita a Bela.
Parou
e colheu a mais perfumada flor. Ouviu, então, atrás de si um
rugido pavoroso e, voltando-se, viu um ser monstruoso que disse:
 — É assim que pagas a minha hospitalidade, roubando as
minhas rosas? Para castigar-te, sou obrigado a matar-te!

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