I Capitulo_Uma luta interior.

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Londres_ 1999

_Droga...Droga,droga,droga...DROGA!!! Pra que insistir tanto, Caralho... Já disse que não vou!!!
Que inferno...agora entendo o papai!

Havia gritado com minha mãe, um pouco depois de  eu surtar completamente.
Ela não merecia ouvir aquelas palavras  pesadas, era minha mãe. Mas a mulher falou tanto na minha cabeça, que eu não me aguentei.

Quando morava com papai, antes de ele vir a falecer, ele me tratava tão bem, sabia conversar comigo  e ela não tinha o costume de gritar  tanto comigo, como nesses tempos pra cá. Eu não suportava que alterassem o tom de voz  comigo...eu sempre falava tão baixo, Talvez pela timidez ou por que era tão oprimida em meu meio.

E minha mãe depois de 17 anos de convivência ainda não entende que quem fala mais alto, simplesmente não tem moral comigo, por mais simples que seja o motivo. Acho que tudo se resolve com uma conversa, Um bom diálogo claro, calmo e certo.

Ela queria se mudar, por causa de Kristopher,Esse era seu motivo, meu irmão, aquilo me queimava por dentro...ela era a mãe. Sei que tentará de tudo para ajuda-lo, mas ele só complicava as coisas...ele já veio ao mundo de modo errado, e agora está na perdição completa. O dinheiro que ele ganhava trabalhando honestamente ou que seja contrário disso...desperdiçava com jogos, mulheres, e bebidas. E agora nem isso, faz mas. Todo seu dinheiro e para drogas...drogas da pesada mesmo, ele se tornará um dependente...e a última vez que o vi, que foi semana passada, chorei. E difícil para mim dizer que chorei, mas sim, eu chorei. Kristo parecia um morto vivo em pé, no vão da porta, pedindo para entrar, dizendo que estava morrendo de fome, que precisava de um banho e um lugar para dormir, e na manhã seguinte, não havia vestígios de que ele havia dormido em casa, e sempre sumia algo. Mamãe deixará de mandar dinheiro para o sustento de seu vício, e ele não nos deixava dormir em paz e depois que o pai morrerá é um tormento sem fim. Ele sabe, ele quer dinheiro... Mas mamãe se recusa a ajudar, sabe que ele vai comprar drogas...indo naqueles lugares imundos... Fazendo aqueles serviços imundos, tirando a única dignidade que ainda o resta, e falando com aquelas pessoas imundas, que junto com ele vão direto pro inferno, se não melhorarem de vida.

Ela não só quer mudar de casa mas também, de cidade. E isso para mim e demais...me apeguei tanto, desde pequena moro lá...quer dizer, desde que nasci...já não é muito, terem me tirado meu pai?!
Ir para uma cidade, um colégio, e uma casa desconhecida, por causa das atitudes de kristo, meu pai simplesmente me apoiaria, aquela casa está na família a muito tempo.
Mas como mudar a cabeça dela, está tomada pelo despero...sua cabeça está processando muita coisa, eu não a incômodo com nada...mesmo...será tão difícil, me entender...
Minha vida está um inferno...
E eu não acho um culpado, para tudo isso...Pois Kristo não está no mundo das drogas por que ele quer, minha mãe sabe muito bem por que ele saiu de casa, por causa daquela horrível  depressão, não podíamos  simplesmente culpa-lo. Ela conviveu com todos esses problemas que ele vinha tendo todo esse tempo... Eu acho que ela e que não queria compreende-lo, eu tenho alguma dúvida que ele tenha feito algo a ela bastante imperdoável para que ela o temesse tanto... Pode ser que isso seja remorso pela morte do pai de seus filhos. Ela se tornou uma mulher bastante amarga, depois de tantas mágoas a aniqüilando aos poucos.

Um dia meu pai acordou no meio da noite desesperado, disse que teve um pesadelo horrível. E que iria atrás de Kristopher, ele se mostrou bastante preocupado, mamãe não conseguiu o deter e estava caindo uma chuva terrível, daquelas que não se pode de baixo caminhar calmamente, a chuva enlameava todo o chão sem piedade alguma. Papai pegou a chave do carro e saiu, depois de algumas horas o telofone havia tocado, mamãe atendeu e ficou muda, as lágrimas começaram a rolar em seu rosto cansado.

_Mamãe, oque houve?!

-ela colocou o telefone no gancho da cozinha e abaixou a cabeça-

_Mãe, aconteceu alguma coisa?! _Perguntei novamente já sem paciência-

_Nada, não aconteceu nada Trish...

Ela disse e depois saiu, sem dizer mais coisa alguma.

No dia seguinte, recebi a notícia.
Ele havia falecido.
Seu carro em alta velocidade havia derrapado ao tentar frear impedindo um choque com um caminhão que transportava soja, uma barra de ferro extremamente grosa e pesada, atravessou sua cabeça na região da testa. Eu acho que ela culpa Kristopher, pois depois do acidente, ela mudará radicalmente o modo de tratá-lo, o tratava com tamanha diferença, que até eu me sentia ora rejeitada, ora ofendida.
Kristo, também ficou mal pra caramba, isso eu notava em seu olhar...e até seu modo de se comportar, todos nos estávamos sofrendo, sem diferença mínima, ela não entendia isso, achava que suportava a dor maior, era como se tivessem tirado toda a sua Família, Mas ainda estava aqui...Eu e Kristo, estávamos aqui. Éramos seus filhos...sangue do seu sangue...estava cega de  angústia, Mamãe se apegará demais ao passado, e disso nós sabemos bem...

Tipo...moohh...dramático... Neh,nan...kk

Eaeh...galerinha do mal...
#_#

Espero que tenham gostado, ainda acho que o capítulo seguinte será um pouco melhor, promessa de dedo mindinho...OK?!
Peço que não reparem nos erros ortográficos, São verdadeiros crimes para os leitores críticos...É um dos  meus primeiros livros publicados, peço compreensão... Talvez eu não seja uma boa escritora...Mas a gente tenta...

Só tem pouco tempo e eu já curto vocês de montão... Continuem acompanhando!!!
Beijo na bunda...

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⏰ Última atualização: Jun 04, 2017 ⏰

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