two - narration [the pen]

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— Pra que demorar uma eternidade pra abrir a porta? — O mais velho perguntou, rindo, enquanto o mais novo abria a porta.

— Oi, meu amorzinho. — Sorriu, irônico. — Eu me questiono do porquê de resolver morar sozinho, e ainda por cima, em frente a sua casa.

Jão, você me pergunta como se eu soubesse, e, sim, eu estou bem.

— Ah... Que bom, eu também. - Sorriu, irônico, de novo. Finalmente pronto para ir. — Tá, agora vamos.

~

Chegaram lá, recebendo — de novo — um olhar da professora, que resmungava algo sobre "se vocês chegarem atrasados na minha aula mais uma vez no mês, vocês não entram mais, e ficam de recuperação no bimestre, por faltas".

Sentaram-se nas cadeiras ao fundo — sendo que o lugar era marcado, logo, Taehuyng sentava três cadeiras na diagonal de Jeon, que sentava na penúltima.

~

E, o sinal bateu, trazendo consigo o que? Isso mesmo, aula de filosofia. Que maravilha, não é mesmo? Não, não mesmo, não para nosso Jeon.

 
— Bom dia, pessoas que não sabem amar o próximo. — Riu, ajeitando as coisas na mesa e olhando a turma.

— Mas você não era ateu? - Algum idiota perguntou.

— Ainda sou, mas a diretora é católica. — Respondeu, o olhar ainda brincalhão. — Sabe como é, né.

Tudo bem que ele não era o melhor professor, ou com a melhor aparência, ou com a melhor paciência, mas ele explicava a matéria como ninguém. — Então, hoje será um debate, certo? — Parecia que as coisas estavam indo de acordo como, talvez, Taehuyng queira.

— Jeon... Jungkook. O que é amor pra você? — Perguntou, anotando as coisas no quadro.

— Uh...? Amor? Amor é... Amar é botar a necessidades do outro acima das suas, fazer das preocupações dele, as suas. É estar presente, não dar presentes. É... Amar é entender o outro, é ajudar, é... Amor é uma coisa inexplicável.

 
Sorriu ao ver a expressão de seu professor. E... No final, quem diria, Jeon Jungkook, o que não se abala, mas que abala tudo, achar que amar é isso? Kim Taehuyng — Ele, ele sim achava, e, talvez, tivesse comprovado.

— E... Alguém contra o que ele disse? O professor soou, tendo plena certeza que ninguém levantaria a mão.

— Eu tenho. — Um garoto, de cabelos esverdeados disse. — Mas, é perda de tempo, então não tente me fazer falar. — Completou.

— Tudo bem, não fale. Aqui é para se expressar, se você não quer, tudo bem. Deu de ombros. "h... Vamos copiar umas coisas, é importante... Na verdade, é o calendário desse bimestre." Pegaram seus cadernos e material que escreviam. E, como o mais velho não trouxera nenhum pirulito, era a caneta, não?

— E, lá vamos nós. — O mais novo sussurrou, enquanto via o castanho pegar a caneta; e, é claro que sabia o que o mais velho iria fazer, já reconhecia todos os seus movimentos. Então, tentaria ao máximo não pensar em Taehuyng, ou na caneta que o mesmo estava segurando, ou algo do tipo.

— Uh, senhor Minhyun? — Chamou o professor, claramente ansioso.

- Sim, Jeon, você pode ir ao banheiro. 

É, o professor depois de um tempo até sabia do porquê de Jeon sempre ir no banheiro em suas aulas, mas, ainda assim, deixava-o sair.

— Oh.. Obrigada?

E saiu dali, meio atrapalhado com as mesas, ou até mesmo com o ar. "Mas que ar?" É isso mesmo, Kim Taehuyng havia tirado o ar do mesmo, logo, respirar ficava difícil.

E, o engraçado, é que ninguém daquela turma enxergava, mas talvez, o universo queria que esse jogo fosse só deles, tanto como Jeon Jungkook queria, nesse exato momento, gritar para o mundo que Kim Taehuyng era um filho da puta... O filho da puta, porém, era o seu filho da puta; E Jeon iria deixar isso o mais claro possível.

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amo vcs xoxo

bran, janeiro de 2018: eu percebi que amo muito esse "debate" que rola ness capítulo, mas não tem nenhum motivo específico.

enfim, felizmente esse capítulo tá ajeitado, amém. 

bran, março de 2021: concordo. amo esse debate e amo filosofia. agora sim tá betado. 

focus [➶] taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora