Capítulo 3 - Fita 1

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"[...] Achei que nunca iria falar comigo,
nos sempre nos víamos na escola, não tinha como você ter esquecido de mim. Afinal, você correspondia meus olhares."

Finalmente tinha chegado em casa; o caminho nunca tinha sido tão longo como hoje. Tive que cair na cama assim que cheguei, não aguentava mais um segundo se quer acordado.

QUEBRA DE TEMPO

Acordei desesperado, tive um sonho... Prefiro não lembrar mais. Só sei que o peso dessas fitas nas minha costas é muito grande.
"Max, já está na hora, levante!!" - Meu pai me chamou.
"Já vou, só vou tomar banho" - Respondi, pegando a fita pra escutar mais um pedaço.

"Então, começamos a conversar, todos os dias nos falávamos no intervalo, eu adorava isso. Até que um dia você me chamou pra sair, óbvio que aceitei, um passeio no parque às 20:30 com um dos astros de basquete, que menina ia resistir a isso?"

Olhei no relógio já era tarde, então resolvi parar a fita e me arrumar.
Quando terminei, desci correndo e passei na cozinha apenas para tomar um suco, logo depois me despedi dos meus pais e sai para escola.
"Oi Max, sei que está muito chateado com a..... você sabe, com o acontecido." - Lauren disse, se aproximando de mim.
"Oi Lauren, e estou, todos nós estamos." - Respondi
"Bom, estou preparando um memorial em nome dela, se quiser ajudar....." - Ela falou enquanto me entregava em papel com seu telefone.
"Okay, pode deixar".

QUEBRA DE TEMPO

A aula acabou, vou dar uma volta pra ver se organizo meus pensamentos e pra escutar as fitas.

"Então finalmente chegou, às 20:30 hrs bateram a minha porta, era ele. Saímos e começamos a caminhar até o parque.
Conversamos um pouco e fomos para um bar, onde tudo começou[....]"

Parei a fita e fiquei imaginando o que poderia ter acontecido de tão sério para ser uma das consequências de seu suicídio. Perdi a paciência pensando e voltei a escutar a fita.

"[...]então começamos a beber, algumas bebidas aqui, algumas ali, quando eu de repente estava praticamente bêbada, mais ele não, ele estava bem.
Entramos no carro para ir pra casa, estava tão mal que logo que entramos cai no sono. Você deve estar pensando se é isso que tenho a dizer, mais não, não é. Foi assim que tudo começou, foi assim que comecei a sofrer, e cada vez que sofria, um pedacinho de mim morria [...]".

TH1RTEEN R3ASONS WHY ?Onde histórias criam vida. Descubra agora