AFINAL O QUE É SER DE DIREITA E O QUE É SER DE ESQUERDA?

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Uma pesquisa recente do Datafolha mostra que a maior parte dos brasileiros é de direita. O resultado da enquete é importante no contexto atual ao mostrar que definitivamente a direita "saiu do armário". Durante anos, as pessoas tinham vergonha em dizer que eram de direita devido à "demonização" que as pessoas promoveram do termo na mídia e nas escolas. É comum professores associarem "esquerda" à justiça e à bondade, enquanto promovem uma associação do termo "direita" a pessoas gananciosas que obtêm lucro por meio da exploração dos mais pobres. Esse tipo de definição é fruto da lavagem cerebral marxista que domina a cultura nacional e o modo de pensar e de sentir dos brasileiros desde meados dos anos 70, quando começou no Brasil uma intensa campanha de "marxismo cultural".

Marxismo cultural é o projeto e a ação de infiltrar ativistas marxistas em todos os postos que controlam e influenciam a opinião pública, que são as cátedras universitárias, os cargos de professores de cursinho pré-vestibular, editoras de livros didáticos, produtoras musicais, programas de TV diversos, programas de rádio, jornais, revistas, sites de notícias, telejornais, peças de teatro, novelas, e o mercado editorial, onde dominam boa parte das editoras (as maiores, as tradicionais, as mais famosas), e lhes determina o que pode ou não pode ser publicado, ou como deve ser publicado. Isso, no conjunto, controla a forma de pensar do brasileiro menos avisado.

Esse é o motivo pelo qual nossos estudantes passam por tal doutrinação alimentada por alguns docentes que não agem como profissionais do ensino, mas sim como militantes de partidos comunistas, ao demonizar o capitalismo, exaltar o socialismo e o comunismo, elogiar Cuba e idolatrar Che Guevara. É claro que se definirmos "esquerda" como o monopólio das virtudes e direita como a execração do ser humano, todo mundo vai se considerar de esquerda. Acontece que, de um tempo para cá, os clichês, os jargões e a desonestidade intelectual começaram a cair.

No Brasil, uma incômoda e inconveniente confusão foi semeada e se fortaleceu no período da Ditadura Militar, onde quem apoiou o golpe dos militares era considerado da direita, e quem defendia o regime socialista, de esquerda. Um erro histórico, já que, por definição, devido a seu notório caráter estatizante, o regime militar estaria economicamente enquadrado mais perto da esquerda do que propriamente da direita.

De fato, o pilar central para distinguir a direita da esquerda é o papel que o Estado deve exercer sobre a sociedade. Enquanto a esquerda favorece o controle estatal da economia e a interferência ativa do governo em todos os setores da vida social, colocando o ideal igualitário acima de outras considerações de ordem moral, cultural, patriótica, psicológica ou religiosa e acreditando que a redução da pobreza e a representatividade de cada um ocorrem pela maior participação do Estado na vida social, a direita, ao contrário, defende a liberdade de mercado, os direitos individuais e os poderes sociais intermediários contra a intervenção do Estado e coloca o patriotismo e os valores religiosos e culturais tradicionais acima de quaisquer projetos de reforma da sociedade, priorizando a redução estatal como forma de tirar as pessoas da pobreza, respeitando a liberdade individual, dentro das regras estabelecidas pela sociedade.

Para a esquerda, o Estado deveria ser forte o suficiente para organizar a sociedade na esfera política, cultural, social e econômica em busca de uma igualdade entre os indivíduos. Em tese, o Estado deveria ditar os valores de uma nação e corrigir as injustiças econômicas, extraindo riqueza dos mais afortunados e distribuindo para os mais pobres; a premissa óbvia para sustentar este argumento é que as pessoas pertencentes ao Estado deveriam ser mais sábias e mais bondosas ("anjos", nas palavras do economista Prêmio Nobel, Milton Friedman, ou "a alma mais honesta do país" numa versão tupiniquim recente e bem conhecida) do que todos os outros indivíduos na construção da sociedade ideal. A princípio, para o bom funcionamento do regime, é imprescindível que os membros pertencentes ao Estado ajam em nome do coletivo e nunca na busca de seus próprios interesses. Além disso, mesmo afrontando todas as evidências que demonstra inequivocamente o quanto " o Poder corrompe" , pressupõe-se que os seres humanos aceitem trocar sua liberdade individual em nome do benefício coletivo. Afinal de contas, para a esquerda, o homem é o "bom selvagem de Rousseau" e é a sociedade que o corrompe. Não é à toa que as "esquerdas" e as muitas ONGs por elas influenciadas tratem os bandidos como vítimas da sociedade, minimizando toda a sua liberdade individual (a escolha) no ato criminoso.

AFINAL O QUE É SER DE DIREITA E O QUE É SER DE ESQUERDA?Where stories live. Discover now