RAIOU A LIBERDADE

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RAIOU A LIBERDADE

Lá na África foram escravizados

Arrancados da sua Pátria Mãe

Sem ao menos chance de defesa

Em navios negreiros foram jogados

Fazendo assim uma travessia de sangue

Onde quem se rebelasse ao mar era jogado.

Ao Brasil foram trazidos e em terras trabalharam

De quatorze a dezesseis horas por dia

Sob os açoites do feitor, que aos mandos do Sinhô

Trabalhavam com dor, e o alimento não tinha sabor

Mas após muitas lutas e fugas

E tantos que morreram na busca

Pela liberdade que almejavam

Veio a Lei Aurea que lhes trouxe

Em meio a muito sangue

O alívio da tão sonhada liberdade

Mas a soltura veio assim, nas ruas sem nenhum recurso

Buscavam em algum recanto, um meio de se alimentar

Eram tempos difíceis que só

Com a ajuda de Deus pudessem sobreviver.

Mas ainda nos tempos atuais, uma parcela da sociedade

Resiste em aceitar os filhos, que trazem em suas veias o mesmo sangue

Dos pais que muitos tempos atrás, vieram lá da África tirados da sua paz.

Mas vai chegar um dia, nesse século ou no outro

Ou quem sabe no Céu de Meu Deus, onde brancos, negros, amarelos e vermelhos

Cantaram a mesma melodia

De mãos dadas um canto de Paz.

ADRIANO FERRIS

MEUS POEMAS - PARA LER ANTES DE DORMIROnde histórias criam vida. Descubra agora