Contos

Why are you gone?

"Eu acho que tenho medo da felicidade, porque sempre que eu fico muito feliz alguma coisa ruim acontece."
Me lembro que você foi uma das pessoas que mais marcaram minha vida, quando fiz alguns amigos você veio junto como um presente, um brinde no pacote. Mas para mim você era muito mais, você não veio somente como um brinde, mas sim como alguém que fora enviado para me trazer calma, paz e esperança e sinceramente essas três coisas para mim antes de te conhecer já estavam extintas.Não sei nem como descrever nossa amizade éramos como dois loucos que não faziam nada o dia todo só conversávamos. A e como eu era grata a essas conversas, elas para mim eram especiais, quando conversava com você eu sentia como se o mundo e todas as pessoas sumissem, não só isso como se elas parassem para escutar nossa conversa, como se se importassem. Por isso todos os dias de aula as 7:00 da manhã uma das minhas rotinas favoritas era vir sentar do seu lado e conversar, eu adorava o jeito como, mesmo não se importando, sempre me escutava enquanto eu falava e falava e depois de tudo você me dizia o que achava de minha opinião e dessas conversas surgiram altas reflexões, discussões e pensamentos de melhorar ao mundo. Mas parece que eu não era tão importante para ti como você era para mim, na verdade nunca entendi isso, como sempre as pessoas se afastaram, por mais estranho que pareça você só mudou de lugar, mas não era isso que eu sentia, para mim você não tinha só apenas mudado de lugar, tinha mudado de vida, agora não conversava comigo era como se tivesse me abandonado, e todos os meus momentos bons começaram a ser questionados será que tudo que passamos não significava nada a você? Nem as brincadeiras? Os conselhos amorosos? As musicas estranhas? As risadas? Porque diferentemente de como você pensava, aquilo era tudo para mim, era um dos motivos de eu me levantar e ir para a escola e quando você se foi senti como se não fosse apenas você que tivesse ido, mas também uma parte de mim, junto com a esperança, a paz e a calma. E a partir daquele dia ninguém mais parava para escutar minha conversa, na verdade ninguém se importava.