Bati na porta, Lilian abriu a porta.
- Oi Will, que prazer! Entre.
- Obrigada Lilian. Meu pai está?
- Está sim, vou chama-lo, aguarde ai sentado no sofá.
Sentei no sofá e fiquei observando as fotos no quadro, olhando bem eu percebi que tinha uma foto minha com o meu pai, achei aquilo gentil da parte dele.
- Oi meu filho, desculpa a demora.
- Sem problemas.
- Quer um suco? Um refrigerante?
- Não, obrigado. Vim passar o tempo mesmo, daqui a pouco vou para a oração.
-Ai que bênção! Fico feliz Will.
- Pai, podemos conversar?
- Sim. Qual o assunto?
- Como você conheceu a minha mãe?
- Bom, um assunto delicado, mas vou contar. Estávamos em uma festa de aniversário da amiga dela, eu era amigo do namorado dessa amiga dela. Eu me interessei por ela, falei com esse meu amigo para me apresentar. Fomos apresentados um para o outro. Ela tinha 15 e eu 30, porém eu tinha uma "família" que ninguém sabia porque eles moravam em outra cidade e eu sempre ia a trabalho nessa cidade onde conheci ela. Nessa festa ficamos, eu via ela todo final de semana até que fomos pra cama. Fomos bastantes vezes e depois de alguns meses ela me contou que estava grávida. Eu não queria ter aquele filho eu simplesmente transei com ela de novo e nunca mais voltei. Ela sempre achava que eu ia voltar, mas nunca voltei. Essa família que eu tinha morreu em um acidente de carro, minha ex mulher e uma menina de 5 anos, eu não tinha muito contato com elas porque sempre ia nas outras cidades curti a vida.
Eu ouvi toda essa história e me deu uma vontade de gritar, chorar, eu senti tanto ódio do meu pai que não tinha dimensão,eu estava chateado.
- Me perdoe meu filho, eu não queria ter feito isso- continuou
- Eu preciso ir embora, tchau-falei
Eu estava sem reação, sai correndo no meio da rua, entrei no carro e sai dirigindo em alta velocidade.
Por que aquilo tinha acontecido com a minha mãe? Por que eu me sentia tão mal ao extremo de querer morrer?
Fui para a praia e comprei muitas bebidas, bebi até não conseguir me levantar, eu chorava de amargura, me sentia tão sozinho. Não tinha mais nenhum amigo, estava pobre e descobri a verdadeira história dos meus pais.
Eu me recordo de alguém ter me pegado e me levado embora.- Está melhor Will?
- Lara?
- Sim, sou eu. Te vi jogado na areia da praia.
Lara é uma antiga amiga minha da faculdade. Foi na festa dela que eu toquei pela última vez.
- Obrigado Lara, fico grato. Quer tomar café?
- Acabei de comer, Maria veio aqui e trouxe para mim- ela riu.
- Minha mãe está aqui?
- Não, ela saiu ontem. Quando eu cheguei aqui ela já não estava.
- Que estranho.
Eu olhei para Lara e me deu um desejo tão enorme pelo corpo dela, e não por ela. Não sabia explicar o que eu estava sentindo.
- Vai tomar um banho, vou pedir Maria para fazer um café para você.
Me levantei e fui para o banheiro tomar um banho.
Era como se tivesse saido um peso enorme de mim junto com a aquelas águas.
Eu ainda estava meio bêbado, meio tonto.
Sai do banheiro e Lara estava deitada na minha cama.
- Oi Will, seu café está aqui. Ainda quer alguma coisa?
- Não Lara, obrigado.
Tomei meu café, e percebi que Lara me olhava.
-Will, lembra quando a gente ficou? 2 anos atrás?
- Mais ou menos, por quê?
- Poderíamos repetir.
Lara veio em minha direção e me beijou.
Eu estava muito tonto, enquanto beijava Lara eu me lembrava do rosto de Agatha.
Quando eu acordei estava deitado na cama nu com um cobertor em cima. O pior tinha acontecido! Havia transado com Lara, e o pior, pensando na Agatha.
- Lara?- perguntei
- Oi meu anjo.
- Por que você fez isso? Eu estava bêbado!
- Achei que você queria.
- Como vou querer algo bêbado? Eu estava sem a noção de tudo Lara. Você não deveria ter feito isso.
- Não se preocupa- ela saiu do meu quarto.
Me levantei e tentei chamar pela minha mãe, mas ela não estava em casa.
Tomei um banho e me deitei novamente e dormir.
- Bom dia meu filho. Hora de acordar, hoje é o seu primeiro dia de trabalho.
- Que horas são? -perguntei
- 6:30
Me levantei da cama e fui tomar um banho.
Coloquei uma roupa legal para ir trabalhar e arrumei meu cabelo.
- Mãe? Preciso falar com você.
- Estou indo ai.
- Fala Will -continuou
- Eu soube a verdade do que o pai fez com você. Eu não consigo acreditar.
- É meu filho, isso aconteceu mesmo.
- Por que você o perdoou?
- Como seria nós sem o perdão? Eu errei tantas vezes e as pessoas me perdoaram. Não seria justo eu não perdoar seu pai. Como você descobriu isso?
- Fui atrás de respostas, e achei. Fiquei muito abalado e acabei bebendo, e sofri um estrupo- ri
- Estrupo? Como assim William?
- Lara me viu na praia bêbado e me trouxe para casa, acho que transamos.
- Você acha William?
- É mãe, não sei muito bem. E afinal, onde você estava?
- Isso não vem ao caso agora. Vamos tomar café
Comi só um biscoito, estava sem fome.
Fiquei pensando como seria possível está com outra e pensar em outra menina. Senti uma vontade enorme de beijar Agatha, não tinha explicação do que eu estava sentindo. Agatha tinha se tornado uma pessoa muito especial para mim.
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Para sempre
RandomWilliam Carter sempre foi popular, baterista da banda em que ele formou, sempre foi "popular", mas tudo muda depois de um grave acidente.