Com amor, Julie.

01.12.2016

01.12.2016, quinta-feira.

Uma semana se tornou duas. E a minha felicidade se tornou em tristeza.

Não de você, mas por não ver você.

Eu nunca tinha ficado tão mal por um cara, eu estava morrendo de saudade Caspian. E ainda olhava pelo Campus pra ver se você aparecia.

Esse tempo todo um monte de garotos começaram a falar comigo, pedindo encontros que nunca iam acontecer.

Olha só o que você fez.

Em todos eu negava ou ignorava. Eu já estava apaixonada por você. E você disse que voltaria.

Mesmo que não tivéssemos nada, eu devia isso a você.

" Como você está?" Natália perguntou quando chegou na mesa.

Eu olhei pra ela e dei de ombros.

" Bem" eu respondi.

" Você não parece bem, será que a rejeição do Hunter fez você piorar?"

Ela continuava a mesma coisa. Me provocando dizendo coisas pra tentar me atingir e fazer com que eu esqueça você.

Eu não contei da carta, pra ninguém.

Então era meio óbvio que ela ainda pensasse que você me deu bolo.

Só Marcus sabia, e eu vi ele algumas vezes no Campus olhando pra mim de longe. Era como se ele estivesse me vigiando pra você.

Ou talvez fosse coisa da minha cabeça.

" Para de encher o saco dela Natália, ele vai voltar um dia ou outro" Lara resmungou levantando a cabeca da mesa.

Natália revirou os olhos castanhos claros.

" Só estou dizendo, ficava andando de um lado para o outro com ele e agora está aí sozinha" ela disse inocentemente.

Eu a olhei com a sobrancelha arqueada pronta pra dizer umas poucas e boas quando ouço gritos de comemoração.

Lara vira a cabeça para o lado e arregala os olhos.

" Julie" ela acena freneticamente fazendo Natália virar e abrir um sorriso.

Eu viro pra trás vendo uma roda em torno de uma pessoa, mas quando finalmente consigo ver quem é a pessoa ergo as sobrancelhas surpresa.

E no mesmo instante você olha pra mim empurrando as pessoas da sua frente e erguendo os braços. Eu levanto da cadeira e corro até você pulando em seu colo o abraçando com toda força que eu tenho.

" Oi linda" você murmurou.

Eu passei minhas pernas pela sua cintura e coloquei meu rosto em seu pescoço sentindo seu perfume mentolado.

Meu Deus como eu tinha sentido sua falta.

" Caspian" sussurrei.

Você me apertou e beijou meu ombro. E começou a caminhar até uma mesa me sentando em cima dela e ficando no meio das minhas pernas.

" Morreu de saudade?" Você perguntou passando os dedos no meu rosto tirando o cabelo da frente.

Eu assenti e apertei os labios com medo de chorar na sua frente. Oh, eu não estava acreditando que eu virei uma manteiga derretida.

" Não chora linda" você disse voltando a me abraçar quando percebeu " me desculpa por ter demorado"

" Eu senti tanta saudade " murmurei com a garganta travada " nunca mais faça isso"