De madrugada

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Lu

Quando acordo vejo que não estou mais em cima  do Gui mas seus braços continuam contra minha cintura, olho para o relógio na minha cabeceira 3:32, puta merda. Tento dormir durante muito tempo, sem sucesso, me levanto e vou em direção da cozinha para pegar um pouco de água.

Sinceramente queria conseguir dormir, amanhã, na verdade , hoje tenho aula e não consegui descansar nada. 

Está tudo escuro e bemm difícil de ver mas nos últimos degraus bato em algo que me faria cair se não me segurasse, Guilherme.

"Calma sou eu" ele diz parecendo segurar a risada e me ajudando a subir os degraus.

"idiota" digo sorrindo.

"eu né?" ele diz rindo leve e correndo para meu quarto novamente parecendo uma criança me fazendo sorrir ainda mais.

"Aaaaaa não, xoo da minha cama, agora você vai dormir embaixo" digo ao ve-lo jogado na minha cama novamente e fecho a porta para não acordar meus pais.

"Hmmm deixa eu pensar.... não" ele diz virando de barriga para cima e percebo que agora está de camiseta.

"Vaiiii por favor Gui" digo implorando, mas ele continua em silêncio. "Vou me trocar". Sim vou me trocar de novo estou com muito calor com essa blusa ok? Coloco meu pijama curto novamente, pode ser um pouco curto demais mas está escuro certo? Ele não vai conseguir ver, eu espero.

Ao sair do banheiro me deparo com o Gui na porta me olhando de cima a baixo, a luz ainda estava acesa então sim ele conseguia me ver, merda.

Meu corpo está próximo ao seu, muito próximo, seus lábios rosados, seus olhos brilhantes e seu cabelo bagunçado são as coisas que mais amo nele, chamam atenção não amo

Estico o braço rapidamente apagando a luz e sinto suas mãos na minha cintura, é como se tivesse algo me puxando para ele, algo muito difícil de ir contra e sei que um toque vai me fazer perder o controle.

Sinto seus lábios tocando levemente os meus e uma energia toma todo meu corpo me fazendo suspirar e sentir seus lábios se abrirem em um sorriso e logo intensifica o contato.

Seus lábios contra os meus, parece que faz tanto tempo se tocaram, passo meu braço ao redor de seu pescoço o trazendo mais para mim e logo sinto sua língua em contato com a minha me causando uma sensação inexplicável, ele começa a me empurrar me fazendo andar para trás até sentir a pia contra meu corpo, sinto sua boca se afastar da minha me fazendo sentir falta do contato mas logo sinto seus lábios quentes contra a pele sensível do meu pescoço me fazendo jogar a cabeça para trás e puxa-lo mais para mim, o que tecnicamente seria impossível devido a força que nos tocávamos, seguro seus cabelos e ele ainda deposita leves chupões no meu corpo, puxo seu rosto para mim fazendo nossos lábios se encontrarem novamente e sua língua entrar em contato com a minha trazendo o sabor de menta para minha boca. Suas mãos seguram minhas pernas me levantando me fazendo sentar na pia e rio da situação mas agora com seu corpo entre minhas pernas ele cola com mais intensidade os lábios nos meus, nosso beijo era mais que perfeito, impossível de explicar.

Sou a primeira a se afastar e ele resmunga o que me faz sorrir, nossas testas ainda estão encostadas mas nossos olhos continuam um no outro, sinto meus lábios dormentes mas com uma sensação muito boa, nossas respirações se misturam me confundindo em relação aos meus próprios sentimentos e sensações com ele por perto muita coisa perde o sentido.

"O que você ta fazendo comigo?" ele diz em um quase sussurro, mas não respondo apenas desço da pia e dou um leve beijo em seu nariz antes de ir correndo para minha cama, com um sorriso o encaro ainda parado na porta do banheiro me encarando, agora a luz do Sol nascente batia de leve em seu rosto mostrando sua expressão de quem vai aprontar algo.

"Perdeuuuuu" digo mostrando a língua. Já sabendo o que viria depoispego um travesseiro me escondendo atrás, o que é inútil já que ele o arranca da minha mão o jogando para longe e literalmente senta em cima de mim me enchendo de cocegas me fazendo rir, muito, ficando quase sem ar tento falar, "Pa...paaaa.....raa" ele sorri.

"Como é? Não entendi" e volta a me fazer cocegas, meu deus do céu vou morrer aqui. Ele finalmente para e se joga ao meu lado rindo, alto. Rapidamente coloco minha mão em sua boca, tapando-a.

"Meu deus ri mais baixo você vai acordar meus pais, tonto" ele levanta uma. sobrancelha e sinto algo molhado contra minha mão, ah não. Quando retiro minha mão de seu rosto ela está molhada, ou melhor, babada.

"Não acredito que você lambeu minha mão idiota"

"Pois é eu também não.... tem um gosto ruim" ele diz sorrindo me fazendo dar um tapa nele.

Se acontecesse...Onde histórias criam vida. Descubra agora