Chegando a Espanha

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Não utilizaram as caixas, não necessitaram. O único que foi de viagem, para além dos sete elementos da família, foram as poucas roupas que tinham e algo de comida que arrumaram numa mochila para poderem comer durante a viagem.

A viagem durou oito horas de Lisboa a Madrid, oito horas feitas de autocarro. Fazia sol, mas estava frio, foi cansativo por ter de se controlar os bebés de modo a que não se lhes permitisse chorar para não incomodar aos outros passageiros, mas com alguns momentos de sono, se lhes permitiu fazer uma viagem menos demorada e quando deram por si, ali estavam todos na estação com o pai e uma senhora esperando. De seguida entraram num táxi que lhes levou até ao destino. Ao chegar, Kaya deu-se conta que entravam numa casa já habitada, nada do que se imaginou enquanto fazia a viagem de autocarro. Imaginou uma casa sem móveis, inabitada, completamente sem nada, ao contrário de esta que tinha tudo, incluso, duas pessoas mais. Assim que entraram pousaram as coisas e os ruídos que se ouvia, chamou-lhes a atenção e dirigiram-se, Kaya e as duas irmãs, para a janela da sala que estava por de cima de um sofá pequeno e negro. As mais pequenas treparam-se no sofá e colocaram a cabeça de fora gritando eufóricas.

- Foguetes! Haaa… tão giro… Olha, mãe, foguetes!

Ter chegado num dia em que no céu explodiam fogos de artifício, foi levado para Kaya como o inicio de uma nova vida. Para ela, parecia que Espanha estava do seu lado então cresceu-lhe uma esperança de que ali a sua vida mudaria. E começou a ver as coisas com positivismo.

Só quero os DezoitoOnde histórias criam vida. Descubra agora