Capítulo 1: Filhos do fogo

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Estava tudo calmo ao cair da noite, todos já estavam dormindo, mas algo aconteceu.

-Alice... Alice? Ei acorda. Ei...- Ouvia-se gritos por todos os lados.

-O que foi?- Falou a garota sem saber o que estava acontecendo.

-Levanta logo.- Falou o jovem olhando perplexo para todos os lados.

-Por quê?

-O ORFANATO TA PEGANDO FOGO! - Ouviram os dois o grito de desesperado de outro colega.

-Isso responde sua pergunta?

-Responde sim.- Disse Alice levantando rapidamente da cama.

-Okay, então vamos sair daqui o mais rápido possível.

Mais uma vez a garota acorda assustada e ofegante de outro pesadelo, ficava desconfortável sentada a beira da cama pois já havia tido aquele pesadelo durante um mês inteiro. Levantou da cama e foi se banhar ainda aterrorizada com aquele pesadelo que a muito tempo vinha a atormentando.

Ela ouviu a porta do quarto se abrir e olhou para lá rapidamente

-O que houve? Outro pesadelo?- Perguntou uma senhora olhando pela brecha da porta.

-Sim. O mesmo, já faz um mês que tenho o mesmo pesadelo.- Respondeu ainda meio ofegante.

-Pobre criança, tente se acalmar um pouco, depois desça para tomar café.- Falou a senhora com um olhar preocupado para Alice.

Depois de 15 minutos já estava mais calma, então saiu desceu para tomar café e depois foi procurar um emprego de meio período para de alguma forma retribuir a hospitalidade da velha senhora que lhe ofereceu abrigo e alimento. Era tudo que ela podia já que não tinha nenhum parente ou conhecido na cidade.

Andando por Nova York, ela procurou horas e horas por trabalho sem sucesso, então deciciu voltar para casa. Chegando num cruzamento ficou parada a beira da pista longe das outras pessoas esperando para atravessar, quando de longe percebeu que vinha um grupo de 5 homens se aproximando dela.

Logo que o semáforo ficou vermelho ela atravessou rapidamente e andou até uma esquina e lá parou por um instante. Pensando com si mesma:

-"Estou com uma sensação tão estranha. Como se alguém estivesse me observando."

-Se apresse e sai daqui.- Falou um homem de capuz preto que passou do seu lado.

-Por quê?- Perguntou ela enquanto o sujeito ia se afastando.

Então ele parou de andar e sem virar para ela disse:

-Você viu aquele de grupo com os 5 caras né?- Perguntou ele.

-Sim, eu vi, por que?- Respondeu e logo em seguida perguntou ela desconfiada.

-Não sei se percebeu, mais eles estam lhe seguindo desde que você colocou o pé para fora do restaurante. Sei que sua vida não é da minha conta mas... eu achei que poderia ajudar.- Respondeu ele e continuou a andar.

Alice ficou meio pensativa por causa de suas palavras. Ficou se perguntando se o que ele havia dito era verdade ou não. Então decidiu olhar para trás e se assustou ao ver o grupo logo atrás dela.

Então começou a andar o mais rápido que podia e sem perceber entrou num beco sem saída. Quando foi dar meia volta eles já a tinham cercado.

- Olá senhorita, por que está andando por aí sozinha?- Perguntou um deles sorrindo.

- Quem são vocês e o que vocês querem? -Perguntou ela aflita.

- Apenas queríamos saber se a senhorita não queria companhia!- Exclamou o outro num tom sarcástico.

-Não, eu não quero, me deixem em paz.- Falou ela indo em direção a saída.

-Já está de saída? Por que não fica mais um pouco e brinca um pouco com a gente? - Falou o terceiro homem enquanto a puxava pelo braço.

-O que você acha que está fazendo? Me larga! - Falou ela tentando se soltar.

Então o homem que a estava segurando o seu braço a joga no chão e começa a rir.

-Ai! -Gritou ela depois de cair no chão.
-Você pediu para te largar não foi. Hahahaha! Então não reclame.- Falou o segundo homem enquanto os demais riam de Alice.

-SUMAM DAQUI E ME DEIXEI EM PAZ!- Gritou ela enquanto chorava no chão e os homens riam dela.

Não sabendo o que eles iriam fazer com ela apenas fechou os olhos esperando pelo pior, não adiantaria de mais nada gritar já que ninguém iria ouvi-la. Então sentiu um deles lhe tocar e depois ouviu o homem que a tocou gritar de dor.

-AAAH! MINHA MÃO ESTA QUEIMANDO! ME AJUDEM POR FAVOR!- Gritou o homem.

Ela decidiu levantar a cabeça e ver o que estava acontecendo.

-O que... o que você fez sua bruxa?- Perguntou um deles com a voz tremula.

-O que é você? - Perguntou outro vendo o corpo de Alice emitir chamas e seu amigo queimar rolando no chão para tentar a pagar o fogo.

-Eu não fiz nada. Eu sou uma pessoa normal assim como vocês.- Respondeu ela tentando entender o que estava acontecendo.

Depois de muito tempo tentando conseguiram apagar o fogo e tentaram atacar Alice.

-Você vai pagar sua bruxa! - Falou o homem que havia se queimado pelas chamas que saíam do corpo de Alice.

-Se quiser... pode tentar encostar nela, mais se fizer isso infelizmente vou ter que te dar uma surra. -Falou alguém vindo na direção deles. -Se bem que essa garota pode acabar com vocês num piscar de olhos.

-Ninguém te perguntou nada! Melhor sair daqui antes que você se machuque também.- Falou o quarto homem.

-É, alguém vai se machucar. E esse com certeza não serei eu.- Falou o homem estranho.- Vocês não tem chances nem contra ela imagine contra mim.

-Seu convencido! Vou te dar uma surra.- Falou o quinto homem do grupo. - Vai se arrepender de ter vindo até aqui.

-Haha! Cara você é bem engraçado, mais não tem como você me vencer.- Falou o estranho sorrindo.

-AH É?! VAMOS VER ENTÃO! - Gritou o quinto homem enquanto corria em direção ao estranho. -ME MOSTRA DO QUE VOCÊ É CAPAZ!

-Okay.- Falou o estranho enquanto seu corpo começava a emitir chamas como o corpo de Alice.

-O que? Ele está em chamas também. Vamos sair daqui! - Falou o primeiro homem.

Depois de presenciar aquilo os 5 homens saíram correndo.

-Você está bem?- Perguntou o rapaz estendendo a mão para Alice.

-Sim, estou obrigada.- Respondeu ela enquanto levantava.

- Por quê não saiu logo daqui eu te avisei que eles estavam te seguindo!- Exclamou o rapaz.

- Então você é aquele homem de capuz?

-Sim, sou eu.

-Qual seu nome? E por quê estava em chamas?- Perguntou a garota curiosa.

-Meu nome é Erick. Porque eu estava em chamas? Bem, é uma longa história. E estou sem tempo, a gente se vê por ai. Tchau. - Falou o rapaz que logo após saiu correndo e entrou em um carro.

Ela correu para tentar agradecer mais o carro já estava muito longe. Então foi para casa.

Elementary's: As Chamas AzuisOnde histórias criam vida. Descubra agora