My Best Friend (Yoonkook)

Cap. 11

Mais tarde na aula eu estava sentado na minha cadeira lendo um livro

- E como está o seu relacionamento? - Jimin pergunta.

- A mesma coisa de ontem. - Digo ainda lendo meu livro.

- Não precisa ser grosso comigo... Eu só queria saber...afinal somos amigos, não? - Ele pergunta e se senta do meu lado.

Nunca tinha parado para pensar nisso...o que Jimin era para mim?

- Não sei, somos? - Pergunto marcando a página do meu livro e o fechando, logo desviando minha atenção para ele novamente.

- Somos... claro que não somos amigos - Ele se aproxima de mim, quase me beijando - Como você e o Yoongi são... mas... - Estava esperando ele terminar até que alguém o corta.

- Acho que "colegas" é a palavra apropriada - Yoongi interrompe Jimin - Jungkook eu preciso falar com você.

- Ok, depois. Agora eu tenho aula de Física. - Digo tirando meu livro da mochila e mostrando para ele.

- Não. Eu preciso, tem que ser agora. - Ele diz preocupado, olho para Jimin de canto de olho e ele não parecia nem um pouco alegre.

Pego minhas coisas as colocando dentro da mochila. Os inspetores estavam conversando, distraídos. Fomos até até biblioteca na ponta dos pés.

Entro na biblioteca fechando a porta atrás de mim.

- Pronto, Yoongi. A sós.

- Jungkook. Sinto que tenho sido um idiota, infantil e que te devo explicações.

- Vamos... lá para trás primeiro. - Digo indo para o fundo da biblioteca.

Pego uma cadeira e me sento, Yoongi se senta na minha frente me olhando. Ele parecia sério e meio desesperado, sua expressão perdida fazia meu coração doer como se alguém tivesse dando um soco ou um chute nele.

- Jungkook... eu.. preciso falar com você sobre muitas coisas e eu não sei por onde começar... - Ele diz e eu seguro a mão dele

- Comece por onde você acha que é necessário.

- Você... sabe como a gente se conheceu? - Ele diz levantando a sobrancelha, balanço a cabeça negativamente. - Então é por ai que vamos começar. Bem, você não percebe algo que parou quando você começou a andar comigo?

- Hum... acho que eu apanhava de um valentões que ficavam na porta da escola.

- Bem um dia você estava apanhando.. E eu vi você, te defendi mas a verdade é que senti algo diferente quando te vi, uma sensação boa, você me trazia paz e então eu decidi te defender deles. Você desmaiou naquele dia, e eu queria continuar sentindo aquela sensação boa e não queria te deixar apanhar todo dia. Eu passava por aquele lugar e via eles batendo em alguém, mas quando vi você com a camisa suja de sangue e eles continuavam batendo em você mesmo você quase inconsciente ali e decidi naquele momento que não ia deixar mais ninguém te fazer mal, Jungkook eu queria ser o seu melhor amigo.

Fiquei encarando-o por alguns segundos ali, estático, sem saber o que fazer e muito menos o que falar. Apenas fiquei esperando ele continuar.

- Bem, e eu gostava tanto de você, gostava do jeito que você falava, gostava do jeito que você andava, gostava até do jeito que você ficava quando eu te encarava por muito tempo... acho que gostava de tudo em você, gosto de tudo em você. Eu sempre te amei Jeon Jungkook... E a cada momento que conhecia você um pouco mais, eu confirmava isso, cada vez mais. E quando você disse que me amava também eu me senti o homem mais feliz do mundo... e quando o seu pai proibiu você de falar comigo eu senti que tinha perdido você para sempre. Eu não poderia imaginar que seu pai veria nosso primeiro beijo, imaginei que ia ficar tudo bem mas eu precisava confimar de qualquer modo, e posso confirmar que ver o seu pai bater em você foi... a pior coisa que eu poderia presenciar. Quero dizer que... eu..te amo e quero te proteger a qualquer custo. - Parecia que a cada palavra dita ele retirava um peso enorme dos ombros eu sentia que era verdade o que ele dizia.

- Se você me ama tanto... por que você começou a ficar com a Tiffany? - Olhei para os olhos dele, ele estava com os olhos cheios de lágrimas.

- Porque eu sou um idiota, infantil. Ela queria status e eu dei a ela, eu queria provocar ciúmes em você e o magoei. Eu juntei o útil ao agradável, mas acabei me sentindo péssimo com isso tudo. Até falei com a sua irmã como eu me sentia e ela me ajudou muito inclusive, mas eu precisava falar isso com você.

- Por que me provocar ciúmes? Eu nem falo com ninguém direito.

- Eu queria que você sentisse o que eu sinto quando vejo você com o Jimin... mas a que preço? - Ele solta a minha mão e se debruça na mesa, escorando seus braços nela e deitando sua cabeça encima deles. Ele chorava e eu me sentia culpado, doía ve-lo assim.

Pego minha cadeira e coloco ela do lado da dele, coloco minha mão nos seus ombros, o que faz ele levantar e me olhar, limpo as lágrimas dos olhos dele e encaro-o.

- Eu te amo, Min Yoongi, te amo como nunca amei ninguém na minha vida.  Dói tanto te ver chorando e a única coisa que eu quero fazer agora é te abraçar e nunca mais te soltar. - Sinto minha visão se embarçar e minhas bochechas ficarem molhadas.

Escuto o sinal da segunda aula tocar.

- Vá para a aula Jungkook... - Ele diz ainda chorando.

- Não vou te deixar aqui. Muito menos ir para a aula.

A segunda aula era da mesma professora e ela ia encher o meu saco se eu entrasse na segunda aula.

- Então... o que pretende fazer - Ele para de chorar aos poucos.

- Vamos para casa? Sei lá, contando que eu esteja com você... nada mais importa. - Ele enxuga suas lágrimas e eu percebo que também parei de chorar.

- Jungkook, você me perdoa por eu ser um completo idiota?

- Você não é um completo idiota, Yoongi, eu te amo, claro que te perdou. - Ele sorri e me abraça apertado.

- Vem. - Ele pega minha mão e sai correndo para uma porta que tem no final da biblioteca com o vidro quebrado, apenas com o papelão tapando o vidro que algum dia existiu ali. - Fica vigiando para ver se não vem ninguém.

Ele rasga o papelão e abre tenta arrombar a porta. Olho de volta para ele que acabou de abrir a porta.

- Vem rápido. - Ele me puxa para fora. Ele fecha a porta. - Temos tanta sorte dessa escada de incêndio existir. - Saímos nos fundos da escola, numa escada de incêndio...

- Depois daqui... saímos por onde? - Pergunto

- Pulamos o muro - Ele diz, indiferente, como se fizesse isso todos os dias. Enquanto isso eu me sentia culpado por estar fazendo algo tão errado quanto fugir da escola... sentia a culpa me remoendo por dentro, sentia vontade de voltar. Ele termina de colar o papelão de volta com... uma fita adesiva que ele tinha na mochila.